terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Pai Nosso na Umbanda

Pai Nosso que estais nos céus, nos mares, nas matas e em todos os mundos habitados. Santificado seja o Teu nome, pelos Teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos.

Que o Teu reino, reino do Bem, do Amor, da Fraternidade, nos uma a todos e a tudo que criastes, em torno da Sagrada Cruz, nos pés do Divino Salvador e Redentor. Que a Tua vontade nos conduza sempre para o culto do Amor e da Caridade.

Dai-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e úteis aos nossos semelhantes. Dai-nos o pão do corpo, o fruto das matas e a água das fontes para o nosso sustento material e espiritual.

Perdoai, se merecermos, as nossas faltas e dai o sublime sentimento do perdão, para os que nos ofenderam. Não nos deixei sucumbir ante a luta, dissabores, ingratidão, tentações dos maus espíritos e ilusões da matéria.

Enviai Pai, um raio da Tua Divina complacência, luz e misericórdia para os Teus filhos, pecadores que aqui labutam pelo Bem da Humanidade.

Assim seja,

Saravá a Umbanda!

Prece de Cáritas

Deus, Nosso Pai, Vós que sois todo poder e bondade,
Dai forças àqueles que passam pela provação,
Dai luz àqueles que procuram a verdade,
E ponde no coração do homem, a compaixão e a caridade.

Deus! Dai ao viajor a estrela guia,
Ao aflito a consolação e ao doente o repouso.

Pai! Daí ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade,
À criança o Guia e ao órfão o Pai.

Senhor! Que a Vossa bondade se estenda sobre tudo que criastes.

Piedade, Meu Senhor, para aqueles que não Vos conhecem,
Esperança para aqueles que sofrem.

Que a Vossa bondade permita aos espíritos consoladores
Derramarem por toda a parte a paz, a esperança e a fé.

Deus! Um raio, uma faísca do Vosso amor pode abrasar a Terra!
Deixa-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita,
Que todas as dores se acalmarão.

Um só coração, um só pensamento subirá até Vós,
Como um grito de reconhecimento e de amor.

Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos.
Oh Bondade! Oh Beleza! Oh Perfeição!
Queremos de alguma sorte Senhor, merecer a Vossa misericórdia.

Deus! Dai-nos a força de ajudar o progresso, a fim de subirmos até Vós.
Dai-nos a caridade pura, a fé e a razão.
Dai-nos a simplicidade, Senhor, que fará de nossas almas,
O espelho onde se refletirá a Vossa Santa e Misericordiosa imagem.

Desperta irmãos!


O que buscas?

Se buscas o teu conforto material ou um ambiente que te permita dar expansão às tuas vaidades pessoais, teu lugar não é num terreiro.

Não tentes comprar com dinheiro os primeiros lugares num terreiro. Jamais poderás comprar com dinheiro os poderes mediúnicos, nem valores espirituais, e será o mais infeliz dos seres, pois que muitas decepções te aguardam. E sem que percebas, descerás às profundezas do ridículo, e verás que por mais que te esforces, não convencerás aos que pretende doutrinar.

Quando fazemos parte de um terreiro e como médiuns praticamos os rituais, buscamos algo que não sabemos bem o que seja, ansiamos por apoio, por uma resposta que nos tranqüilize a alma.

Na incontida ânsia do saber, sentimos que algo maravilhoso e indescritível nos impulsiona em alguma direção. Sentimos que buscamos alguma coisa maior, melhor e mais durável do que tudo que até agora temos encontrado.

No princípio todas as nossas preocupações desabrocham no ambiente, em forma de lamentos, tristezas e ansiedades. Contamos nossos problemas como se fossem os piores e mais cruéis do mundo.

Os espíritos de sabedoria, de amor e de justiça nos ouvem atenciosamente e por vezes choram conosco a nossa dor e assim, sem que se perceba, começa a nossa aprendizagem. À medida que somos orientados pelos mensageiros do Bem e da Luz, a nossa matéria se molda a nosso Orixá.

Nossas preocupações diminuem, nossa atenção volta-se para nossos semelhantes em nossa alma e mais seguros e positivos, passamos a raciocinar com lógica. Já não nos agrada condenar, ao contrário, buscamos sempre um motivo para todos os males da vida. Preocupamo-nos com nosso semelhante como se eles fossem nossos próprios irmãos.

A luz se fez e já podemos divisar com mais clareza o que buscamos, começamos a sentir que penetramos num mundo diferente, onde a dor não existe e a felicidade é eterna. O MUNDO DA ESPIRITUALIDADE.

Nina de Oxum