sábado, 19 de janeiro de 2013

Caridade Verdadeira


Todos nós sabemos o que é sofrimento, pois já vivemos, uma ou outra vez, situações dolorosas e complicadas, quando não, as temos como companheiras constantes... Sabemos, portanto, perceber o sofrimento alheio, com facilidade. Porém, há situações em que o sofrimento não é tão explícito, ou sendo mais específica, chega até a ser confundido com verdadeira felicidade...

Vou tentar explicar melhor, com exemplos, que talvez alguns de vocês, até se identifiquem... O poder é um bom tema para começar, quase todo mundo deseja possuir poder, seja ele verbo ou substantivo... sim, porque poder enquanto verbo, sugere ação, ou seja, quem não quer ter liberdade para fazer e realizar o que desejar??? Mas se perguntem, quantas pessoas vocês conhecem que, de fato, têm esse poder? O poder de ir e vir, de trabalhar com o que ama, de fazer somente o que gosta, de viajar, de falar o que pensa. Com certeza, vocês se lembraram de alguém que possua esse poder tão desejado e, provavelmente, não se percebem dotados desse poder...

O poder substantivo é uma realidade física, sem ação, ou seja, poder de título, de cargo, sem ação, eu mando, e me obedecem, mas não necessariamente sou respeitado... Ele é efêmero, muitos vivem diariamente para obter esse poder substantivo, deixando de viver o poder de ação. Muitos nunca o obtém, mas outros, quando atingem esse poder, se percebem vazios, tristes, solitários, percebendo que não era exatamente o que imaginavam... por exemplo o poder de reinar sobre outros seres humanos, ser invejados por quase todo mundo, mas não poder se casar com quem ama, não poder se sentar no chão com seus filhos, não poder fazer loucuras naturais, que todos nós fazemos todos os dias, e não damos o valor verdadeiro ao prazer que essa liberdade proporciona, enquanto os poderosos do reino não podem se dar a esse luxo...

Outro bom exemplo é a riqueza, quem não quer ter dinheiro sobrando? Mas ninguém se dá ao trabalho de perceber que os ricos são adulados e não amados, também se casam por interesses e sem amor, também têm que cumprir protocolos desagradáveis, sem opção de recusa, e não conseguem comprar tudo como imaginamos, pois há coisas de muito valor, mas que não encontramos nas lojas, como o amor, a amizade sincera, a saúde, a alegria e a leveza do coração...

A beleza é outro exemplo muito bom, quem não deseja ser lindo e perfeito? Muitos gastam fortunas para se manterem lindos e jovens, e eu pergunto, para que e para quem? Conheço muita gente feia feliz, e vocês, com certeza conhecem também, aliás, conheço muita gente feia, que eu até me assustei quando conheci, mas que hoje, conhecendo melhor, eu amo tanto, que nem acho mais tão feia assim, porque a beleza verdadeira vem de dentro e trás felicidade, enquanto a externa é vazia, e muitos são infelizes no amor, justamente por serem tão bonitos e desejados, mas não são aceitos e compreendidos por serem quem são, em essência, de fato... Quem não conhece alguém lindo, mas que acha chato, arrogante, metido, vazio...

Se você chegou até aqui, é porque está acompanhando meu raciocínio, e já se pegou refletindo em diversos aspectos em sua própria vida. E é sobre isso exatamente que estou querendo abordar, nem toda felicidade aparente é real, e é aí que está a possibilidade de exercitarmos a verdadeira caridade. Sim, porque é fácil compreender alguém que está chorando, quando enxergamos a fome, a pobreza, a doença, o defeito físico, a perda de alguém querido, quase que imediatamente nos sensibilizamos e desejamos ajudar, nos colocando à disposição por caridade. O difícil é exercer a caridade para aquele que julgamos mais felizes do que nós, pois é muito difícil, percebemos o seu sofrimento, aonde vemos só motivos de alegria! E é dessa caridade a que estou me referindo, quando falo em caridade verdadeira...

Não estou desmerecendo a outra, tão válida quanto essa, mas muito mais fácil de ser exercida. É fácil dar dinheiro à alguém mais pobre do que nós, é fácil ajudar uma pessoa que está doente, quando estamos saudáveis, é fácil secar a lágrima de alguém que perdeu um ente querido, quando os nossos estão felizes e saudáveis ao nosso lado!
Porém, como agimos quando somos humilhados pelo arrogante que tem tudo o que o dinheiro pode comprar? Muito raramente, pensamos: coitado, ele é arrogante porque é tão infeliz, vou orar para que ele encontre a paz em seu coração!

Descobrir o sofrimento na alegria aparente é um dom! E é aí que podemos exercer a verdadeira caridade. Perceber o sofrimento em meio a ilusão do poder, da riqueza, da beleza, da fama é uma tarefa de amor. Se nos dispusermos a procurar corações em desespero em meio a fartura, nos brilhos das festas, na soberba do poder, nas rodas de jovens, no auge da beleza e da força física, vamos nos chocar deveras, isso se vocês mesmos já não se identificaram como esses próprios corações doloridos.

Se olharmos para os outros sempre com amor, e com a vontade de exercer a verdadeira caridade, iremos encontrar corações frustrados por falta de atenção e amor, pela frieza da disciplina a que são obrigados a viver e/ou a exercer e exigir, por necessitarem se misturar com pessoas que julgam inferiores, falsas, hipócritas, invejosas, interesseiras, por estarem distantes de seus familiares por necessidade, ou por abismos irreversíveis, pelas obrigações rotineiras e massacrantes. E por viverem dentro dessas situações de sofrimento interno, se protegem, desenvolvendo dentro de si mesmas, os piores sentimentos, os quais transformam seus corações doloridos em verdadeiras rochas, sem perceberem que aumentam a própria solidão e dificultam ainda mais a aproximação de pessoas amorosas, que poderiam minimizar seus sofrimentos.

A caridade verdadeira sabe identificar esses corações, e com humildade, paciência e amor, consegue quebrar essas rochas, resgatando os corações amorosos daqueles, que antes poderiam ser seus inimigos, passando a serem seus amigos fiéis, que sempre lhes serão gratos. A caridade verdadeira é a luz no caminho daqueles que só conheceram a escuridão!


sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Justiça Divina


Não cai uma folha de uma árvore sem a permissão de Nosso Pai Maior! Logo, nada acontece sem que Ele assim o permita! Não existem injustiças, existem situações de muito sofrimento, as quais ainda não temos condições de compreender, mas todas elas tem um por quê, e esse por quê encontra explicação na Lei de Ação e Reação. Podemos esconder um erro de muitas formas, enganar muitas pessoas e driblar a justiça dos homens, mas jamais conseguiremos enganar a nós mesmos, ou enganar à Deus...

Em todas as injustiças que observamos, mesmo as mais assustadoras e aterradoras, podemos ter a certeza, de que há por trás delas, a ação da Justiça Divina, que propicia uma oportunidade para aquele que errou no passado, recente ou remoto, nessa vida ou em outra anterior, e que por consequência desse erro não se encontra em paz com a própria consciência, necessitando reparar a própria falta, para resgatar o equilíbrio de seu espírito.

Devemos, de todas as formas, tentar minimizar as nossas dores, ou as dores de outras pessoas, que cruzem o nosso caminho, mas devemos sempre procurar mantermos a calma, sem nos revoltarmos, ou nos sentirmos injustiçados, porque isso seria falta de fé em Deus, na medida em que nossa revolta parte da pressuposto de que acreditamos, que Ele nos tenha esquecido, ou permitido uma injustiça para conosco, e isso seria inadmissível, já que Deus é onipresente e justo!

Devemos sempre agir com fé, honestidade e integridade, tentando aproveitar a lição que nos é oferecida, através do sofrimento, para nosso próprio crescimento. Precismos evitar a blasfêmia, a revolta, a depressão, o desespero, pois esses sentimentos, em nada ajudarão a alterar qualquer situação deplorável em que nos encontremos, e dificultarão nosso aprendizado, que é o maior objetivo da dor.

Lembremos do ferro, que para ser moldado, formando lindas peças, precisa passar pelo imenso calor, do diamante bruto, que precisa ser lapidado para virar uma linda peça de valor. Assim somos nós, precisamos passar pelas duras lições e provas na escola, durante anos, para podermos assumir qualquer profissão dignificante, precisamos praticar por anos, qualquer modalidade de esporte ou qualquer instrumento musical, para nos destacarmos, ou atingirmos um ideal. Assim também ocorre com a nossa alma, precisamos reparar todo o mal que provocamos, se quisermos ter paz no coração e equilíbrio espiritual, escalando novos degraus nos sublimes planos de luz!

Acreditemos na Justiça Divina, que tudo vê e permite que a dor exista para nossa própria evolução! Sendo assim, aproveitemos todas as oportunidades para fazermos o bem, e não rejeitemos as lições dolorosas, que se apresentem em nossas vidas, pois elas também são oportunidades de aprendizados e/ou de reparo de faltas antigas, que nos desequilibram o espírito, nos impedindo de alçar aos planos mais elevados, que tanto desejamos!

Temos a oração para nos fortalecer nos momentos mais dolorosos, onde obtemos a ajuda de amigos invisíveis, que desejam a nossa vitória! Busquemos sempre burilar a nossa alma, adquirindo valores como a calma, a serenidade, a paciência, a paz, a perseverança, a piedade, o perdão, o amor, a caridade, a fé, a resignação, enfim a pureza de coração!

Lembrem-se sempre, de que nunca estamos sozinhos, e que a Justiça Divina permeia todas as situações que vivemos, sejam elas de alegrias, ou de tristezas. Fiquem em Paz!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Médium Responsável


Médium responsável é aquele que não utiliza sua sensibilidade mediúnica em troca de favores e de dinheiro. Jamais também, utiliza-se de sua percepção mediúnica para espalhar a mentira e iludir aos que lhe procuram a ajuda. Agindo dessa forma, semeia muito sofrimento a sua volta, revertendo para si mesmo, muita dor em seu futuro.

A mediunidade séria exige muita pureza no coração e desinteresse de poder. Quem se utiliza dos mecanismos da mediunidade para atingir objetivos não dignos, ainda que se lhe paguem por esses serviços, colherá muito sofrimento, bem como aquele que lhe solicitou e pagou por isso, porque todo aquele que prejudica o próximo, responderá por isso com grossas e doloridas lágrimas...

O trabalho mediúnico requer seriedade e desprendimento, isenção e desinteresse para que seja abençoado, protegido e amparado por espíritos de luz, para que assim possa distribuir esperança, amor e paz aos necessitados. Esse deve ser o verdadeiro objetivo do Médium Responsável!

Para todo e qualquer processo mediúnico, ou seja, qualquer intercâmbio entre o mundo material e o mundo espiritual, é imprescindível uma dedicação com total desprendimento, sem falar no sacrifício dos interesses humanos, pois esses poluem e desvirtuam os canais sutis de ligação entre os dois planos de vida.

Quando atuamos como médiuns responsáveis, combatemos em nós mesmos, falhas adquiridas em nossas outras encarnações. Assumimos, integralmente, o compromisso selado por nós mesmos, antes dessa vida, compromisso esse que nos impõe o trabalho, sem reclamação e, principalmente, sem tirar vantagens pessoais do mesmo.

Quando a mediunidade é praticada com o objetivo de ganhos financeiros, abre-se uma brecha perigosa para a influência de energias negativas e perniciosas, que nos afastam do roteiro salutar, que nós mesmos nos responsabilizamos antes de nascer. Em vez da doação absoluta a que nos comprometemos, nos vemos envolvidos pela obsessão mais perigosa, a fascinação...

A fascinação ocorre através de inúmeros recursos mentais de convencimento, de formas hipnóticas leves, de sugestões interiores, que encontram força e base nos próprios defeitos do médium desatento de suas reais obrigações. Essas energias perniciosas, se revestem do papel de trabalhadores do bem, enganando o médium, que perde, aos poucos, por completo, seu bom senso e auto-crítica, já que deixou de atuar com humildade, sendo esta, a fonte mais poderosa de proteção na Luz!

A mediunidade sem responsabilidade fortalece a vaidade, que é um grande foco de força dessas energias negativas, que fazem com que, qualquer auxílio externo de luz, se perca. Essas energias perniciosas fazem com que o médium irresponsável se sinta vítima de inveja, de perseguição pessoal injusta, sentindo-se foco de antipatias gratuitas, impedindo dessa forma, qualquer ajuda com intuito em trazê-lo de volta a razão!

Qualquer pessoa com boa intenção, que se aproxime do médium irresponsável, no intuito de alertá-lo, provoca no mesmo, uma leitura inadequada de que o mesmo está obsediado, influenciado por energias do mal, e de que é perigoso, provocando um afastamento natural, que elimina assim, qualquer possibilidade de auxílio em seu favor. Com certeza, isso é consequência de uma influência nefasta, mas que o próprio médium é responsável, na medida em que exalta sua própria personalidade, afagando sua vaidade, pois que se sente portador da verdade mais indiscutível e lógica possível...

Qualquer trabalho mediúnico sério precisa constantemente estar sendo reavaliado por si próprio e pelos companheiros de jornada, com base nos ensinamentos da Doutrina Espírita, através do exercício salutar da auto-crítica, sempre baseada no exemplo do Maior Mestre - Jesus, que é modelo de desprendimento e coragem em enfrentar qualquer dificuldade.

Esse exercício é a melhor garantia de um caminho sadio para aqueles que pretendem trabalhar na espiritualidade com o apoio constante dos amigos de luz, fortalecendo o intercâmbio com eles, através da elevação e da pureza no coração, enfrentando com humildade, e sem queixas, qualquer situação que se lhes apresente! Essa é a postura que nossos amigos da luz esperam de nós, a do Médium Responsável, para que juntos com eles, trilhemos o caminho da verdadeira caridade!

Desejo Paz e Luz para todos nós!


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Escolhas


O Bem jamais se impõe ao Mal. Seu poder é tão soberano e tão compassivo, que procura sempre ensinar ao ignorante o caminho da luz, desde que este esteja aberto para aprender.

Muitas vezes, quando nos impomos ao outro, acreditamos estar agindo no Bem, de forma correta, mas normalmente estamos apegados ao nosso orgulho e obrigando o outro, de maneira tirânica, a aceitar as nossas imposições, quando esses estão sob nosso comando, e o que é pior, verbalizamos que estamos agindo dessa forma, por amor, quando essa imposição é dirigida aos filhos, por exemplo.

Quando não ouvimos o outro e não nos dispomos a analisar melhor os fatos, revendo constantemente nossos critérios, conceitos ou condutas, sofreremos as consequências de nossas escolhas, assumindo a responsabilidade de quaisquer constrangimentos e/ou problemas que porventura venham a explodir em nossas vidas.

Precisamos estar abertos para perceber e aceitar as escolhas dos outros, assim como para captarmos as inspirações sutis de nossos amigos espirituais. Sim, pois eles não nos impõem, nem nos exigem que ajamos no Bem... apenas nos alertam de que este é o melhor caminho, mas nos deixam livres para escolher entre o Bem e o Mal, deixando que pratiquemos nosso livre-arbítrio, com todas as consequências que advenham dessa livre decisão.

Quando o ser humano coloca seu interesse pessoal voltado para as coisas materiais ou para a manutenção de seu poder, acima de seus valores éticos, pensando com isso, levar vantagens sobre os outros, está, sem dúvida, cavando seu próprio abismo. Está optando pelo Mal, em detrimento do Bem.

Muitos, infelizmente, cavam seus abismos tão profundamente, que chegam a negar a amizade àqueles a quem muito devem, sem querer se exporem. Em momentos críticos, deixam de defender pessoas que contam com seu apoio, de maneira justa, mas nas veredas do poder, essa ética se inverte, levando-os a rejeitar a verdade, a integridade, a honestidade para se manterem no poder... para esses, o caminho será bastante sofrido, começando pela própria consciência, que lhe cobrará sempre a atitude sem caráter, mesmo quando já tenha sido perdoado pelo amigo abandonado na hora crítica, pois como já disse, o Bem não se impõe ao Mal.

Talvez esse ato de repúdio ao querido amigo, não possua testemunhas, mas a consciência sempre lhe gritará que abandonou aquele a quem possuía dívidas morais, normalmente impagáveis, mas que, em função de se manter no poder, preferiu abandonar, deixando que os valores transitórios da matéria se sobrepusessem aos valores imorredouros da alma... Ou seja, apesar de agir no Mal, sua consciência sempre lhe cobrará o Bem e lhe pedirá que retome ao caminho correto.

Todo homem é digno de suas escolhas e haverá colheita de frutos para todo o tipo de sementes que forem semeadas. A tortura moral de escolhas erradas começa imediatamente após a escolha pelo Mal. Outra companheira constante, que se ganha ao agir no Mal, é a angústia no coração, angústia de que seu comportamento leviano possa ser desmascarado, pelo próprio prejudicado, ou por qualquer um que tenha consciência de seu ato insano e vergonhoso, em negar apoio a um amigo fiel e íntegro.

Quem escolhe o caminho do Mal vive com o coração em frangalhos, sentindo o vazio do dever não cumprido e o peso da vergonha pela inexplicável conduta, para a qual, a única justificativa é a própria fraqueza de caráter. Quanto mais nos deixamos levar por interesses menores, caprichos pessoais, desejos mesquinhos, sentimentos vis, descumprindo deveres elevados, mais nos afastamos do Bem, porém não conseguiremos escapar de enfrentarmos a nós mesmos, enfrentando nossa consciência cheia de culpas, que passa a ser o maior algoz que o ser humano possa ter...

Toda vez em que, por fraqueza de caráter, ou por apego às coisas materiais, ou por desejo de se manter apegado ao conforto, não hesitarmos em romper com compromissos mais nobres, renegando convicções sinceras, ferindo afetos santificados pela dedicação e pela sinceridade, estaremos escolhendo o Mal, e assim elegendo o reino da mentira ou da dissimulação como o ambiente de nossos pensamentos constantes, e nosso comportamento trará, em si mesmo, a amargura e o peso do dever não observado, nos mostrando que a escolha foi a pior possível, e ficamos a mercê das nossas próprias escolhas, colhendo seus frutos desagradáveis... Não é o Bem que se impõe a nós, mas nós mesmo que escolhemos as trilhas do Mal...

Mesmo com o apoio dos amigos espirituais, que atuam no Bem, teremos que enfrentar a nós mesmos, a nossa própria culpa. Nosso arrependimento só poderá ser sanado, reparando o mal que tenhamos cometido. Porém, normalmente, a reparação exige uma conduta mais firme e de maior renúncia do que aquela que não conseguimos assumir, e que causou um estado de frustração imensa. Sendo assim, muitos buscam fugir efetivamente, afastando-se de resolver o problema, afastando-se daqueles que lhe conhecem a falta, desenvolvendo estados de depressão, tentando parecerem vítimas. Acreditam que conseguirão enganar à Deus, e infantilmente acreditam que poderão escapar da reparação! Ledo engano, pois seu maior algoz será a sua própria consciência a lhe corroer, e a lhe dizer que a reparação será o único antídoto para sua tristeza, e essa tristeza é tão insuportável, que alguns acabam optando pelo pior, o suicídio, o que só piorará a própria situação!

Lembrem-se sempre de que o Bem não se impõe ao Mal, e que sempre há uma escolha: podemos escolher trilhar pelo caminho do Bem, ou escolher o caminho do Mal, e que seja qual for a nossa escolha, ela trará consequências irremediavelmente.


terça-feira, 15 de janeiro de 2013

A Maldade e Suas Influências


Quando praticamos a maldade somos influenciados por espíritos negativos, que estão em desequilíbrio, como já expliquei em outros textos aqui publicados.

O que é praticar a maldade? É cometer qualquer ato, que prejudique outra pessoa, que tire a paz de seu coração. Uma fofoca, uma injúria, uma agressividade física ou verbal, a ironia, a hipocrisia, a falsidade, a mentira, o mau humor, o desprezo, o julgamento, a vingança de qualquer tipo, a humilhação, o egoísmo, a competição, a provocação gratuita, enfim, todos nós sabemos o que nos magoa ou nos prejudica, mas quero ressaltar também as coisas que deixamos de fazer, e que igualmente, prejudicam aos outros. Quando deixamos de perdoar, de compreender, de dar uma palavra amiga, de transmitir alegria e esperança, um sorriso, um apoio, uma ajuda física, quando o outro está sobrecarregado, ou deixamos de realizar uma tarefa, que vai recair sobre a responsabilidade de alguém, uma vibração de amor ou uma oração, um ouvido disposto a ouvir e compreender, sem julgar...

Enfim, toda intenção maldosa ou ato que prejudique alguém, de alguma forma é aproveitado pelos espíritos em desequilíbrio, para que obtenhamos sucesso na prática do mal. Ficamos a mercê deles, acreditando que somos espertos e estamos com a bola toda para ganhar aquela disputa infeliz, valorizando nosso ego, cheio de orgulho e mesquinhez, pois somos capazes de brilhar, sem necessariamente apagar a luz de ninguém... Afinal, o céu é muito mais bonito, quando está estrelado, do que quando há apenas uma estrela, não é mesmo? E, tristemente, acreditamos que somos vencedores, sem imaginar as consequências nefastas de qualquer ato insano, que provoque sofrimento ao próximo...

Porém, o que gostaria de explicar aqui, é que também ficamos a disposição de nossos amigos espirituais de luz... Como? É simples, sabemos que os espíritos de luz são bons, pacientes e benevolentes conosco, nos protegendo de todos os males, certo? Ora, se Deus é Pai amoroso e justo, vocês acreditam que Ele permita que os espíritos de luz protegem só a vocês? Eles protegem a todos nós, sem exceção, com amor, com justiça, com sabedoria! Logo... eles protegem aqueles a quem desejamos o mal, e que acreditamos que mereçam sofrer... sempre com a nossa estreita visão egoísta...

Na medida em que concatenamos um plano malévolo, os espíritos de luz tentam nos envolver com amor, tentando nos dissuadir de nossas idéias macabras, mas como estamos em uma vibração mais densa, nem sempre conseguimos captar suas orientações, e olha que eles são bem insistentes, eles não desistem nunca de nós!

Bom, quando estamos arquitetando uma maldade, que seja direcionada para alguém que não mereça, eles irão proteger o inocente, concordam? Sei que vocês estão pensando que vocês só vão pensar em fazer algo maldoso com quem mereça e não seja bom... eu pergunto, será? Lembram-se do que falei sobre julgamentos? Nem sempre temos clareza dos fatos ao nosso redor, sem falar de nossa arrogância em acreditarmos que sempre estamos com a verdade absoluta... será mesmo isso correto? Posso garantir que normalmente falhamos em nosso julgamentos... e mais cedo ou mais tarde, perceberemos nosso engano, e aí, alguns se sentem culpados (o que é muito ruim, já que a culpa não trás aprendizado produtivo...) e nada fazem, outros continuam tentando se manter ilesos de culpa, fazendo-se de vítimas, de coitadinhos, buscando através de inúmeros artifícios, se manter ilesos, perante os outros, de sua culpa, enquanto outros se arrependem e tentam consertam o mal que provocaram, que é a atitude mais saudável, porém mais difícil, já que esbarra em nosso orgulho... é preciso muita humildade para assumir seu erro, pedir perdão e tentar consertar o estrago...

Porém, o pior de tudo, é que os espíritos de luz, após tentarem de todas as formas, nos dissuadirem de nossos atos tresloucados de maldade, obtém a autorização do Pai Maior para utilizar a nossa maldade contra nós mesmos... e é aí, que as coisas ficam complicadas e nos sentimos injustiçados pelas consequências de nossos próprios erros... mas que, infelizmente, vamos compreender somente muito mais tarde... Pois nossos amigos espirituais têm autorização para valerem-se de nossa maldade para proteger um inocente, sendo assim, receberemos somente a colheita do que semeamos...

Os espíritos mais iluminados também oram pedindo à Deus esclarecimentos e intuições benéficas para agirem, e quando recebem a resposta são autorizados a fazerem muitas coisas, que ainda não conseguimos compreender em sua totalidade. É assim que eles obtém autorização para realizar um benefício em prol de um ou muitos inocentes, utilizando-se da maldade dos ignorantes. Além disso, eles só recorrem a essas decisões mais drásticas, quando todas as possibilidades de luz inspiradas, através da intuição, foram infrutíferas. Sendo assim, quando agimos sem humanidade, somos os únicos responsáveis pelos acidentes que venham a nos ocorrer, após perdermos a proteção e segurança constante de nossos amigos espirituais, já que optamos, conscientemente, pela companhia dos espíritos desequilibrados e ignorantes.

Frente a tudo isso, é imprescindível que aprendamos a viver apenas com o amor em nossos corações, evitando qualquer sentimento negativo, e fugindo acirradamente de qualquer atitude maldosa para com nossos companheiros de jornada, nos livrando assim, de um problema mais grave e mais fatal. Nossos dias estão cheios de ocorrências provocadas dessa forma, que ao invés de sermos inspirados por seres luminosos, escolhemos como companhias, espíritos ignorantes e imperfeitos. Infelizmente, as manchetes de jornais também estão cheias de notícias trágicas, aparentemente injustas, mas que foram produzidas dessa mesma forma...

Busquemos sempre pensamentos e sentimentos de luz, de amor, voltados para o bem, pois assim nos ligaremos somente aos espíritos nobres, que desejam nos proteger de todo e qualquer mal. Ressaltando que todo mal que possamos sofrer, é sempre uma possibilidade de aprendizado, assim como a operação cirúrgica, realizada pelo médico, tem como objetivo restabelecer a nossa saúde!

Pela nossa cegueira e imaturidade, somente mais lá na frente, conseguiremos entender o que Deus quer nos ensinar na dor... Espero ter sido clara o suficiente para provocar uma reflexão salutar, que fortaleça o desejo de evoluir, que é o objetivo de todos nós! Fiquem com Deus!





segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Fazer o bem, faz bem!


Meus amigos, procuremos sempre não nos distanciarmos dos ideais do bem, nos perdendo nas loucuras do dia a dia, pensando apenas em ganhar dinheiro, que é muito importante para nós, mas não pode, em hipótese alguma, ser o nosso alvo principal!

Quando nos envolvemos demais nas coisas materiais, acabamos por desvirtuar nossas melhores intenções em fazer o bem, nos apegando as vantagens econômicas, tornando-se fácil o esquecimento frente aos nossos compromissos assumidos em fazer o bem.

É fundamental que despertemos para as verdades espirituais, utilizando o nosso precioso tempo para realizarmos o bem, em todas as oportunidades que tivermos, pois se prestarmos atenção, sempre temos perto de nós, alguém que precisa de ajuda, de apoio, de amor, de um simples sorriso, de uma palavra amiga, de um ouvido interessado, enfim, de um pouco de atenção, sem que para isso, deixemos de cumprir com nossas funções profissionais e/ou com qualquer atividade que seja de nossa responsabilidade de rotina.

Façamos o bem a todos que cruzem o nosso caminho, sem esperarmos retribuição! Quero dizer com retribuição, tanto a gratidão daquele a quem ajudamos, quanto a graça de Deus... sim, porque muitas vezes esperamos fogos de artifício, ou que o outro devolva o apoio quando precisarmos, ou muitas vezes, tristemente acreditamos que fazendo o bem, teremos as graças do Pai Maior, livres de sofrimento...

Precisamos fazer o bem pela alegria de espalhar alegria ao nosso redor, esse é o melhor retorno que podemos pedir por qualquer bem que façamos! Além do mais, ficamos conhecidos espiritualmente, que somos trabalhadores de plantão no bem! E estamos disponíveis para ajudar sempre, e é assim que os nossos amigos espirituais nos inspiram, para que ajudemos todos os que necessitam, pois a Luz sabe encontrar o verdadeiro sofredor, merecedor de ajuda, quando caminha na luz também!

Uma forma de fazer o bem é a oração sincera, onde pedimos a intervenção de Deus para os mais desvalidos da sorte. Uma vibração de amor por alguém é um bem inestimável, pois nos conecta diretamente com aqueles que realmente poderão ajudar, de fato, um amigo em desequilíbrio, porque muitas vezes, sabemos que há situações, em que nenhuma palavra ameniza a dor, ou até mesmo, a tristeza é tão grande, que nem conseguimos pensar ou verbalizar algo que possa contribuir, não é mesmo?

O mais interessante é que ao ajudarmos alguém, somos nós mesmos os primeiros beneficiários desse bem! A sensação de alegria, bem estar e paz, que sentimos ao realizar o bem ao próximo, é inenarrável, mas acredito que vocês já sentiram e sabem muito bem ao que me refiro!

A corrente do bem é tão forte e potente, que acredito piamente, seria uma provável solução para a maioria dos males de nosso século. Normalmente ajudamos quem não nos ajudou, mas recebemos ajuda, da mesma forma, de quem menos esperamos, não é verdade? Essa é a verdadeira corrente do bem, se todos nós retribuíssemos para qualquer um necessitado, que se nos apresente, imediatamente após ao bem que recebemos, o mundo seria mais ameno e mais cheio de amor... Convido vocês, meus amigos, a engrossarem os elos dessa corrente, participando com atitudes amorosas, na prática diária do bem, o que acham? Vocês topam?

domingo, 13 de janeiro de 2013

Julgamentos


Jesus disse: "Não julgueis, pois com a medida que julgardes, também será julgado..."

O julgamento é um ato insano, não somente pelas consequências apontadas por Jesus, mas por razões racionais... Pensem comigo, nossas percepções dos fatos são sempre influenciadas por nossos valores, nossa história pessoal, nossas avaliações baseadas naquilo que podemos ver ou nas informações que recebemos de terceiros, também estas, permeadas pelas mesmas influências a que estamos submetidos. Tudo isso pode influenciar negativamente nossa percepção, fazendo com que julguemos erroneamente.

Partindo do pressuposto que tudo seja analisado de forma equilibrada e verdadeira, sem influências negativas, podemos assim ter certeza absoluta, que estamos fazendo avaliações justas, acreditando que temos total conhecimento do todo? O que quero dizer é que, apenas envolvidos diretamente na situação, podemos conhecer todas as causas diretas e indiretas que nos levaram a agir do modo como agimos, e mesmo assim, podemos ter nos equivocado, ou estarmos em desequilíbrio emocional, distorcendo fatos aparentemente evidentes, pois como somos humanos, somos falhos em nossas avaliações, e isso não é demérito, estamos em processo de aprendizado constante, e o que acreditamos ser verdade absoluta hoje, amanhã podemos nos surpreender por fatos novos, que alterem a nossa opinião, não é mesmo? A História está cheia de verdades, que desmoronaram com a evolução da ciência, vocês concordam?

Após essas reflexões, estamos seguros em fazer qualquer julgamento justo? Com certeza não, pois há muitas variáveis que alteram a nossa avaliação, nos fazendo correr o risco de sermos muito injustos com os outros. Só isso já bastaria para evitarmos quaisquer julgamentos. Mas a minha análise não para aí...

Vamos supor uma situação em que, por diversas razões, nos envolvemos totalmente a ponto de termos condições plenas para avaliar as ações de uma pessoa. Ainda assim, pergunto: temos condições de julgar honestamente? Será que no lugar dela, faríamos diferente? Ou até pior? Sim, porque só temos condições de imaginar o que faríamos, pois na verdade, só saberemos qual a nossa reação, frente a uma determinada situação, quando a vivermos, como por exemplo um assalto, podemos dizer que a pessoa não deveria ter reagido, ou dito o que disse, e que faríamos o melhor para a situação, mas na verdade, só saberemos a nossa reação ao vivermos um assalto, vocês concordam?

Bom, partindo do pressuposto que vocês concordam e que estão acompanhando o meu raciocínio, peço que imaginem que vocês observaram uma pessoa tomar uma decisão na vida, bastante equivocada, e que estamos sendo justos em nossa análise, e o inevitável aconteça, ou seja, a pessoa sofra as consequências de seu ato errado, exatamente como prevíramos. Eu pergunto: devemos julgá-la ou ajudá-la? Qual é a melhor decisão? Nem preciso dizer, que se for um filho, vamos abraçá-lo, apoiá-lo e ajudá-lo em tudo o que pudermos, sem perdermos tempo em julgá-lo, concordam? Pois essa é a atitude que devemos assumir sempre que observamos o sofrimento de um amigo, e não verbalizar, que ele está pagando o que mereceu...

Quem somos nós para julgarmos? Nunca erramos? Com certeza erramos e vamos errar mais, pois só assim aprendemos, e com certeza, vamos desejar um ombro amigo na hora do sofrimento e não um juiz tirano...

Lembrem-se disso, pois podemos ser o instrumento de ajuda, que Deus enviou para um sofredor e que todos nós somos devedores, e na hora em que tivermos de responder pelos nossos erros, também vamos desejar uma mão amiga e não um juiz nos cobrando de nossas faltas...

Por tudo isso, penso que não devemos julgar ninguém e sim, buscarmos sempre de qual forma podemos suavizar os sofrimentos alheios!

Fiquem em paz!