terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas


Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como uma parasita ou grão de areia. Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar.

Quando um grão de areia a penetra, às células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola vai se formando. Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada

O mesmo pode acontecer conosco. Se você já sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém? Já foi acusado de ter tido coisas que não disse? Suas idéias já foram rejeitadas ou mal interpretadas? Você já sofreu o duro golpe do preconceito? Já recebeu o troco da indiferença? Então, produza uma pérola! Cubra suas mágoas com várias camadas de amor

Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, mágoas, deixando as feridas abertas e alimentando as com vários tipos de sentimentos pequenos e, não permitindo que cicatrizem.

Assim, na prática, o que vemos são muitas "ostras vazias", não por que não tenha sido ferida, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor. Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, vale mais do que mil palavras.

Rubem Alves

sábado, 24 de janeiro de 2015

Inferior ou Superior?


As vezes durante nossas vidas não nos sentimentos muito bem.

A vida nos coloca em provas, seja no trabalho, em casa, família...

Acordamos com uma sensação de que somos inferiores . Nos sentimos tímidos e confusos diante das situações, principalmente daquelas que nos são exigidas ao máximo, assim pensamos...

Já pensou na natureza?
O Carvalho e o junco. O carvalho é uma árvore robusta e forte; o junco é frágil e esguio mas em uma tempestade de fortes ventos, carvalho cai arrancado pela raiz enquanto o junco permanece firme. Até mesmo um pequeno arbusto ou uma grande e alta árvore, não importa. Tudo tem sua importância. Tudo é necessário, desde a poeira da terra à maior das estrelas. O canto do pássaro e tão necessário quanto o maior orador que existiu, pois a vida seria menos interessante se esse canto desaparece.
Olhe a sua volta tudo é necessário! Tudo se encaixa, ninguém e mais alto ou mais baixo, superior ou inferior, todos temos importância no ciclo da vida.

Cada um é incomparavelmente único, você é necessário e basta! Na vida tudo é expressão. Nunca se sinta inferior, estude, trabalhe e ganhe cada vez mais conhecimento, nunca se esquecendo do verdadeiro propósito: Amar o próximo como ama você mesmo

Krishnamurti de Abreu

domingo, 11 de janeiro de 2015

A Viagem do Autoconhecimento


Se não fosse a persistência desse grande vulto que é Allan Kardec, o que teria sido de todos nós? De mim, que despertei, realmente, com a leitura do livro dos espíritos, do evangelho consolador, para abraçar o mundo espiritual das grandes verdades que a codificação encerra.

Todo aquele que quiser ser espírita, tem de deixar muito da sua ânsia de ser compreendido. Não pode ser hipersensível, não pode mergulhar nas susceptibilidades. Tem de ser, realmente, fraterno e compreensivo. Porque todos nós estamos na terra numa grande viagem, vocês encarnados principalmente.

Nessa grande viagem, vocês sofrem as condições exteriores de agressões, de lutas, provas, enfermidades. Mas vocês estão, também, realizando uma grande viagem interior. Vocês estão conhecendo o caráter, a personalidade, os sentimentos que vocês agasalham dentro da alma e do coração e que só vocês conhecem.

Essa viagem interior, que todos os espíritas devem fazer, que se todas as criaturas a fizessem seria muito bom, é aquela de auto reconhecimento.

Sabemos que estamos caminhando, trazendo muita coisa que podemos deixar pelos caminhos da terra, para que as nossas almas sejam aladas e consigam empreender o grande voo para o cimo da Luz. Sem essa viagem interior com esses permanentes bloqueios que nós teimamos em fazer, não reconhecendo nossas falhas, nossas dúvidas, nossos conflitos, nossas neuroses, nossos traumas, transferindo sempre para o exterior tudo o que sofremos - nós não conseguiremos obter a nossa libertação.

É preciso, meus filhos, viajarmos dentro de nossa própria alma. Porque na grande viagem reencarnatória, dependendo ou não de vocês, vocês terão lutas e problemas, que, muitas vezes, é esse ponto de agressão, de sentimentos inferiores. Mas, dentro do nosso espírito não, somos senhores absolutos do que pensamos, do que queremos, do que realizamos. Por isso, se as nossas chagas interiores, só nos mesmos podemos curá-las.

Que o Mestre, que com suas mãos chagadas cura as chagas de nossas mãos, que nem sempre trabalham pelo próximo e que, muitas vezes, se feriram, ferindo semelhantes, que esse Mestre possa, com as suas mãos divinas, acalentar a todos nós, na luz do seu infinito, do seu imenso e bondoso amor.

Autor: Bezerra de Menezes
Psicografia de Shyrlene Campos