sexta-feira, 9 de novembro de 2007

OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte IV


O nhengatu, o idioma sagrado dos tpy-nambá, dos tupt-guarany, revela claramente, em sua morfologia, em seus fonemas, no seu estilo metafórico, ter sido uma língua raiz, polida, trabalhada através dos milênios. Foi tão bem trabalhada essa língua polissilábica, que se presta às mais elevadas variações ou interpretações poéticas. Dela derivam diversos idiomas, também considerados antiguíssimos.

Os tupy-nambá, os tupy-guarany eram, sobretudo, um povo monoteísta. Acreditavam e adoravam a um Deus Supremo sobre todas as coisas, a quem chamavam com muita veneração de TUPAN.

Tupan ou Tupã – de tu, que significa ruído, estrondo, barulho e pan, que significa ou exprime o som, o estrondo, o ruído feito por alguém que bate, que trabalha, que malha.

Tupan era, portanto, o Supremo Manipulador, isto é, Aquele que manipula a natureza ou os elementos. É o Divino Ferreiro que bate incessantemente na bigorna cósmica. Era considerado, sem dúvida alguma, o Supremo Poder Criador.

Verneravam a Guaracy, Yacy e Rudá (ou Perudá), como a tríplice manifestação do poder de Tupan. Eram atributos externos.

Guaracy, o SOL, de guará, vivente, e cy, mãe. Davam essa dupla interpretação: Pai e Mãe dos viventes, no sentido correto de que o Sol era e é o princípio vital, que animava todas as coisas da natureza, o mesmo que a luz que criava a vida animal, etc. Guaracy era, sem dúvida, a representação visível, física, do Poder Criador, que através dele, criava nos elementos da própria natureza, as coisas, os seres, etc. Enfim, era o elemento ígneo, o pai da natureza.

Por isso, diziam dele, Guaracy, saía tatauy, as flechas de fogo de Tupan, os raios do céu que se transformavam em tupacynynga, o trovão. Por causa disso é que certos interpretadores ligeiros deram Tupan como sendo puramente os deus do trovão.

Yacy, a Lua, de ya, planta e cy, mãe ou progenitora: era a mãe dos Vegetais ou ainda a mãe natura.

Rudá ou Perudá, o deus ou divindade que presidia ao Amor, à reprodução. Rudá era evocado pelas cunhas (mulheres, em suas saudades, em seus amores, pelos guerreiros ausentes, para que eles só tivessem pensamentos e coração para recordá-las.

E para reafirmar esse tríplice conceito teogônico, os payé (sacerdotes) ensinavam mais que, Guaracy representava o Eterno Masculino, o princípio vital positivo quente de todas as coisas. E Rudá era o intermediário, isto é, o amor que unia os dois princípios na criação da natureza.

O Payé era justamente o mago mais elevado, dentro da tribo. Conhecia a magia a fundo, praticava a sugestão, o magnetismo, o hipnotismo e, sobretudo, era um mestre no uso de mantras. O Karayba não tinha a categoria de um Payé, era tratado mais como um feiticeiro, isto é, aquele que se dava a práticas de fundo negro. Posteriormente, confundiram um com o outro.

Autores respeitáveis que estudaram a antiguidade do Brasil – Lund, Ameghino, Pedberg, Gerber, Hartt, H. Girgois, Alfredo Brandão, Domingos Magarinos. Através dessa literatura, científica, histórica, se comprova que a primeira região a emergir do pélago universal, das águas oceânicas, foi o Brasil. O homem surgiu na era terciária, e não na era quaternária, como é do ensino clássico, aqui no Brasil. A escrita mais antiga de toda a Humanidade tem sua origem na primeira raça que surgiu na primeira região do planeta Terra, que adquiriu as condições climatéricas para isso, o Brasil, isto é, o seu Planalto Central.

OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte III

Irmão umbandistas, brasileiros ou não, saibam que nossos índios, especialmente os Tupy-Nambá e os Tupy-Guarany, lá pelo ano de 1500, não eram tribos ou um povo primitivo que estivesse na infância de sua evolução. Quem supôs isso, foram os brancos conquistadores.

Não tiveram capacidade para verificar que, em vez de ser um povo primitivo, era sim, um povo ou uma raça tão antiga, que se perdia por dentro dos milhões de anos a sua origem. Também eles, os portugueses que aportaram com Cabral, e mesmo posteriormente, nas terras dos brasis, não vieram para estudar a antiguidade, a cultura, a civilização de nossos aborígenes.

Os Tupy-Nambá e os Tupy-Guarany, como ficou constatado muito depois, por inúmeras autoridades e estudiosos pesquisadores, era um povo que estava em franca decadência, isto é, no último ciclo de sua involução ou decadência.

É fato histórico que toda raça surge, faz sub-raças, evolui sob todos os aspectos e, depois, entra em decadência, para dar lugar à outra nova raça. Esta decadência diz respeito ao fenômeno das “migrações espirituais”, ou seja, os espíritos vão deixando gradativamente de encarnar numa raça, ou melhor, na última sub-raça, para irem animar novas condições, em novos movimentos de novas correntes reencarnatórias, para se constituírem em nova Raça. Assim, o que os espíritos abandonam, obedecendo as diretrizes de uma lei Superior, Cármica, são os caracteres físicos de uma raça e sua espécie vai diminuindo, por falta do dinamismo das reencarnações, até se extinguir, ou na melhor das hipóteses, conserva os remanescentes atrasados, porque os mais adiantados não voltam mais.

A Humanidade, obedecendo à Lei dos Ciclos e do Ritmo, evolui constantemente, porém através de várias Raças. Algumas dessas Raças já nos precederam e passaram por duas fases: a ascendente ou de progresso e a descendente ou de decadência.

Foi dentro desse critério, desse conceito, dessa verdade, que a antiga tradição de todos os povos atesta a passagem pela face da Terra de Raças assim qualificadas:
1ª. Raça pré-Adâmica
2ª. Raça Adâmica
3ª. Raça Lemuriana
4ª. Raça Raça Atlanteana
5ª. Raça Ariana, que é a nossa, a atual, no início de sua Quinta Ronda Cármica.

Sete são as Raças-raiz e sete são as Rondas Cármicas. Sete são os Ciclos Evolutivos, pelos quais, terá de passar toda a Humanidade. Portanto, já passou por 4 dessas condições e está na 5ª, falta ainda passar por mais duas Raças, 2 Rondas e 2 Ciclos, que virão no futuro, daqui a milhões e milhões de anos.

Foram diversos os fatores ou as causas que contribuíram para a decadência e conseqüente desaparecimento dessas raças pré-históricas, com suas civilizações: causas psíquicas ou morais, físicas, cósmicas (cataclismos), biológicas, mesológicas, etc.

As suas civilizações, todos os documentos, todos os códigos, todos os ensinamentos da antiga tradição o atestam, foram adiantadíssimas, sob todos os aspectos.

Foi, portanto, um povo, os tupy-nambá, os tupy-guarany, já na última fase de acentuada decadência da raça, ou seja, dentro das condições acima citadas, porém ainda com os vestígios positivos de uma avançada civilização, que os portugueses encontraram no Brasil do ano de 1500.

O povo dos tupy-nambá, dos tupy-guarany, da era pré-cabraliana, era tão adiantado, tão civilizado, quanto os outros povos que habitaram a América do Sul, na época deles, assim como os Maias, os Quíchuas, etc.

Suas concepções, sua mística, enfim, sua Teogonia, era de grande pureza e elevação, somente alcançada pelos que já vinham dentro de uma velhíssima maturação espiritual.

E a prova insofismável disso era a sua língua, o nhengatu, o idioma sagrado, a língua boa, incontestavelmente um idioma polissilábico.

OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte II


Para que os fundamentos dessa raiz fiquem bastante reavivados na mente de todo umbandista, seguem mais algumas informações:

Babalorixá – espécie de sacerdote do culto nagô. Interpretação dada – pai de santo, o chefe do candomblé.

Babá – diminutivo do termo acima, que tanto pode designar o homem como a mulher, sacerdote ou sacerdotisa. Interpretação – pai ou mãe de santo.

Babalaô ou Babalawô – espécie de advinho ou sacerdote do culto de Ifá.

Ialorixá – espécie de sacerdotisa. Interpretação dada – mãe de santo, a dona do candomblé.

Iaô ou Yawô – espécie de inicianda. Interpretação dada – filha de santo.

Ogan – protetor do candomblé, que fornecia os meios financeiros para as festas. Era escolhido pelo babá e confirmado pelo Orixá.

Ogan de atabaque – a pessoa que conhecia os segredos dos toques para os Orixás.

Cambondo – dito como cambono, espécie de tocador de atabaque nos candomblés de Angola, depois, em conseqüência das deturpações, passou a ser qualificado nos terreiros, como auxiliar dos protetores, isto é, aqueles que se ocupam de servir às pessoas mediunizadas.

Candomblé – o local onde se faz o terreiro. Onde se processam os ditos ou as cerimônias.

Candomblé de caboclo – ritual onde predomina as evocações para os encantados o mesmo que os caboclos.

Ilu – atabaque de um modo geral.

Matança – sacrifício de animais para os Orixás e para Exu também.

Pêji – o altar ou o santuário dos candomblés, dito, também, como Conga.

E ainda, para a necessária diferenciação:

Padrinho – diz-se também, como pai de santo, no candomblé de caboclo.

Como padrinho ou compadres também tratam aos exus, quando no reino.

Tata ou tata de inkice – interpreta-se também como mãe de santo, em Congo e Angola.

Encantado – interpreta-se também como Orixá, no candomblé de caboclo e no catimbó como os espíritos protetores, chamados de mestres.

Após reavivar esses significados, em linhas gerais e sintéticas, vamos ao encontro do que é, genuinamente, nosso, bem brasileiro, a raiz ameríndea ou de nossos índios, o adjunto da Jurema, para que, depois, possamos encontrar a verdadeira Umbanda.

OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte I


Obatalá – O filho de Olorum. O pai da humanidade, da nossa, é claro. Um Orixalá, isto é, aquele que está acima dos Orixás, é um grande deus. Posteriormente, ou seja, aqui no Brasil, recebeu a designação de Oxalá, termos que é uma contração do outro. Já pela influência do clero, foi “identificado” com o Senhor do Bonfim, da bahia, o mesmo que Jesus. Isso foi o começo do chamado sincretismo ou similitude.

Xangô – Deus do Trovão, do Raio, ou seja, do fogo celeste. Dentro do sincretismo passou a ser assimilado a São Jerônimo da Igreja.

Ogum – Deus do Ferro, da Guerra, das Demandas. Dentro do sincretismo passou a ser assimilado, ora a Santo Antonio, na Bahia, ora a São Jorge, em outros estados.

Oxossi – Deus da Caça, dos Vegetais. Dentro do sincretismo, passou a ser assimilado a São Sebastião da Igreja.

Yemanjá – Deusa das Águas, na África é a deusa do rio Oxun. Dentro do sincretismo passou a ser assimilada à Virgem Maria, da Igreja. Segundo uma lenda corrente entre os Nagôs dos seios de Yemanjá, a dona das águas, nasceram dois rios extensos, enormes, que se uniram, formando uma monstruosa lagoa. Do ventre dessa lagoa, nasceram todos os Orixás, isto é, menos Obatalá, Ifá e Ibejê, que têm outras lendas, outros conceitos.

Oxun – Deusa do rio Oxun. Dentro do sincretismo, passou a ser assimilada à Nossa Senhora da Conceição, da Igreja.

Ifá – O Mensageiro dos “deuses”. O Oráculo dos Orixás. O advinhador.

Dadá – Deusa dos Vegetais

Olokun – Deus do Mar

Okô – Deus da Agricultura

Olochá – Deusa dos Lagos

Obá – Deusa do rio Obá

Agê-Chalagá – Deus da saúde

Oiá – Deusa do rio Níger

Chapanã – Deus da varíola, da peste.

Okê – Deus das Montanhas

Agê-Chalugá, com outro atributo, Ajá ou Aroni, Oxanby ou Oxanin – os deuses da medicina, os que podiam curar.

Percebemos os aspectos dessa raiz e mesmo o porques de somente cinco desses Orixás ou desses termos representativos de Forças ou Potências, milenários, tradicionais, remotíssimos, terem sido conservados no conceito interno, oculto, ou melhor, de adaptação oculta do astral, por dentro da Lei de Umbanda, quando chegarmos à questão das verdadeiras Linhas ou das Sete vibrações Originais dessa Lei.

No culto africano puro, em seus ritos, só evocavam Orixás, ou seja, os espíritos enviados deles, que estavam convencidos de nunca terem encarnado, porque aos espíritos ditos como Eguns, eles repeliam, ou melhor, não eram aceitos de forma alguma. Como Eguns consideravam ou qualificavam a todos os espíritos de seus antepassados, as almas dos mortos, enfim, a todos que já tinham sofrido o processo da encarnação.

Portanto, os espíritos de caboclos, preto-velhos e crianças seriam repelidos, porque eram eguns. Todos esses são espíritos velhos, porque já encarnaram dezenas, centenas de vezes.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Atabaques



Atabaque (ou Tabaque) é um instrumento musical de percussão. O nome é de origem árabe: at-tabaq (prato). Constitui-se de um tambor cilíndrico ou ligeiramente cônico, com uma das bocas cobertas de couro de boi, veado ou bode.

É tocado com as mãos, com duas baquetas, ou por vezes com uma mão e uma baqueta, dependendo do ritmo e do tambor que está sendo tocado. Pode ser usado em kits de percussão em ritmos brasileiros, tais como o samba e o axé music.

Atabaque é também um grande instrumento de percussão usado nas rodas de capoeira. O couro vem da pele da vaca e é esticado por um sistema de anéis de metais ou aros, cordas e cunhas de madeira. Para afinar o atabaque, tira-se do pedestal (pé) e bate-se nas cunhas. A força nas cunhas empurrará o aro de baixo esticando a cordas e consequentemente afinando o couro. No candomblé é considerado objeto sagrado. Candomblé é a religião que mais conservou as fontes do panteão africano, servindo como base para o assentamento das divindades que regeriam os aspectos religiosos da Umbanda. É conhecido e praticado, não só no Brasil, como também em outras partes da América Latina onde ocorreu a escravidão negra - a Santería cubana é famosa. Em seu culto, para cada Orixá há um toque, um tipo de canto, um ritmo, uma dança, um modo de oferenda, uma forma de incorporação, um local próprio e uma saudação diferente.

Os deuses do Candomblé têm origem nos ancestrais africanos divinizados há mais de 5000 anos. Muitos acreditam que esses deuses eram capazes de manipular as forças naturais, por isso, cada orixá tem sua personalidade relacionada a um elemento da natureza.

As cerimônias são realizadas com cânticos, em geral, em língua nagô ou yorubá. Os cânticos em português são em menor número e refletem o linguajar do povo. Há sacrifícios de animais (galo, bode, pomba) ao som de cânticos e danças. A percussão dos atabaques constitui a base da música.

Os tambores começaram a aparecer pelas escavações arqueológicas do período neolítico. Um tambor encontrado na escavação na Morávia, foi datado de 6.000 anos antes de Cristo. Tambores têm sido encontrados na antiga Suméria com a idade de 3.000 A . C. Na Mesopotâmia foram encontrados pequenos tambores datados de 3.000 A . C. Tambores com peles esticadas foram descobertos dentre os artefatos egípcios, a 4.000 A . C. Os primeiros tambores provavelmente consistiam em um pedaço de tronco de árvore oco. Estes troncos eram cobertos nas bordas com peles de alguns répteis, e eram percutidos com as mãos, começou-se a usar peles mais resistentes e apareceram as primeiras baquetas. O tambor com duas peles veio mais tarde, assim como a variedade de tamanho.

A Umbanda é uma das religiões mais praticadas no Brasil, com maior propagação na Bahia e no Rio de Janeiro, a Umbanda brasileira começou a ser formada por volta de 1530, com a mistura de concepções religiosas trazidas pelos negros da África, na época da escravidão. O primeiro terreiro foi fundado em 1908 através de Zélio Fernandino de Moraes. Na época com 17 anos, Zélio, que fazia parte de uma família tradicional de Niterói, RJ, incorporava o chamado Caboclo das Sete Encruzilhadas e foi o responsável pela formação de sete tendas que acabaram difundindo a Umbanda. Todas as tendas funcionavam sob o lema: "manifestação do espírito para a caridade" e usavam rituais simples com cânticos baixos e harmoniosos.

A Umbanda incorpora os adeptos dos deuses africanos como caboclos, pretos velhos, crianças, boiadeiros, espíritos das águas, eguns, exus, e outras entidades desencarnadas na Terra, sincretizando geralmente as religiões: católica e espírita. O chefe da casa é conhecido como Pai de Santo e seus filiados são os filhos ou filhas de santo. O Pai de Santo principia a cerimônia com o encruzamento e a defumação dos presentes e do local. Seguem-se os pontos, cânticos sagrados para formar a corrente e fazer baixar o santo. Muitos são os Orixás invocados na cerimônia de Umbanda, entre eles Ogun, Oxóssi, Iemanjá, Exu, entre outros. Também invocam pretos velhos, índios, caboclos, ciganos.


A Umbanda absorveu das religiões africanas o culto aos Orixás e o adaptou à nossa sociedade pluralista, aberta e moderna, pois só assim um culto ancestral poderia renovar-se no meio humano, sem que a identidade básica dos seus deuses fosse perdida.

A Umbanda Branca é a que tem maior influência do kardecismo em seus cultos. Trabalham com doutrinação e curas, sendo a parte de descarrego feito em menor número.


Não é melhor, nem pior, não é mais certa, nem errada uma vez que cada casa tem sua missão e seus dons, e cada um age conforme os dons que receberam.


Existem casas que tocam a Umbanda Branca que não utilizam bebidas nem cigarros e também não é utilizado o atabaque.

A Glândula Timo


No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando diz: "eu", se encontra uma pequena glândula chamada timo. Seu nome em grego: thýmos, que significa energia vital. Precisa dizer mais?

Precisa, porque o timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos. Essa característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só conhecia através de autópsias e sempre o encontrava encolhidinho.

Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com megadoses de raios X achando que seu "tamanho anormal" poderia causar problemas.

Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem.

Como uma central telefônica por onde passam todas as ligações fazem conexões para fora e para dentro. Se formos invadidos por micróbios ou toxinas, reage produzindo células de defesa na mesma hora. Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos.

Amor e ódio o afetam profundamente.

Idéias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias. Já que não existem em forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade, como herpes. Em compensação, idéias positivas conseguem dele uma ativação geral em todos os poderes, lembrando a fé que remove montanhas.

O teste do pensamento

Um teste simples pode demonstrar essa conexão. Feche os dedos polegar e indicador na posição de o.k, aperte com força e peça para alguém tentar abrí-los, enquanto você pensa: "estou feliz".

Depois repita pensando: "estou infeliz".

A maioria das pessoas conserva a força nos dedos com a idéia feliz e enfraquece quando pensa infeliz. (Substitua os pensamentos por uma bela sopa de legumes ou um lindo sorvete de chocolate para ver o que acontece...)

Esse mesmo teste serve para lidar com situações bem mais complexas. Por exemplo, quando o médico precisa de um diagnóstico diferencial, seu paciente tem sintomas no fígado que tanto podem significar câncer quanto abscessos causados por amebas. Usando lâminas com amostras, ou mesmo representações gráficas de uma e outra hipótese, testa a força muscular do paciente quando em contato com elas e chega ao resultado.

As reações são consideradas respostas do timo e o método, que tem sido demonstrado em congressos científicos ao redor do mundo, já é ensinado na Universidade de São Paulo (USP) a médicos acupunturistas. O detalhe curioso é que o timo fica encostadinho no coração, que acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de falar, jeito de escutar, estado de espírito...
Fiquei de coração apertadinho" , por exemplo, revela uma situação real do timo, que só por reflexo envolve o coração. O próprio chacra cardíaco, fonte energética de união e compaixão, tem mais a ver com o timo do que com o coração, e é nesse chacra que, segundo os ensinamentos budistas, se dá à passagem do estágio animal para o estágio humano.

"Lindo!", você pode estar pensando, "mas e daí?". Daí que, se você quiser, pode exercitar o timo para aumentar sua produção de bem estar e felicidade.

Como? Pela manhã, ao levantar, ou à noite, antes de dormir.

a) Fique de pé, os joelhos levemente dobrados. A distância entre os pés deve ser a mesma dos ombros. Ponha o peso do corpo sobre os dedos e não sobre o calcanhar, e mantenha toda a musculatura bem relaxada.

b) Feche qualquer uma das mãos e comece a dar pancadinhas contínuas com os nós dos dedos no centro do peito, marcando o ritmo assim: uma forte e duas fracas.

Continue entre três e cinco minutos, respirando calmamente, enquanto observa a vibração produzida em toda a região torácica. O exercício estará atraindo sangue e energia para o timo, fazendo-o crescer em vitalidade e beneficiando também pulmões, coração, brônquios e garganta. Ou seja, enchendo o peito de algo que já era seu e só estava esperando um olhar de reconhecimento para se transformar em coragem, calma, nutrição emocional e abraço.

Ótimo, íntimo. Cheio de estímulo. Bendito TIMO.

Abraços diretos do Timo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

As Raízes da Grande Religião Universal - Parte III

Quinta oferenda – Jesus aos nossos dias, até a crucificação. A religião começa a dominar o mundo, mas também é dominada por Imperadores e Reis. Sendo assim, cada monarca queria exercer seu próprio poder sobre os comandantes da religião.

Esses monarcas não eram iniciados. Portanto, não conheciam os mistérios da Lei da natureza. Sendo assim, alguns médiuns que se atreveram a praticar os conhecimentos dos mistérios da Lei da natureza foram perseguidos impiedosamente, acusados de bruxos. Assim, colocavam-nos na fogueira, preparada dentro dos palácios ou em praças públicas para serem vistos como exemplo. Devido a essas perseguições, homens como Leonardo da Vinci, Nostradamus e outros, tinham que manter segredo de seus conhecimentos e de sua mediunidade. Mas o mundo desencadeou novas descobertas e aumentou a prática da grande religião universal, numa mistura de raças e miscigenação de credos, que vêm até os nossos dias.

Classificação das Nações Existentes

1º) Jeje
2º) Queto
3º) Angola
4º) Omolocó
5º) Ifã
6º) Nagô (mistura)
7º) Jeje-Nagô
8º) Jeje-Nagô-Malê
9º) Jeje-Nagô-Bantô
10º) Jeje-Nagô-Mina
11º) Jeje-Nagô-Malê-Banto
12º) Jeje-Nagô-Mina
13º) Afro-Pajelança
14º) Afro-Pajelança-Cardecista
15º) Afro-Pajelança-Cardecista-Católica
16º) Afro-Pajelança-Cardecista-Protestante
17º) Afro-Pajelança-Cardecista-Católica-Astrológico
18º) Afro-Pajelança-Cardecista-Católica-Exotérico – Nossa Nação
19º) Afro-Pajelança-Mentalista

Jeje é a identificação vinda da Nigéria.

Malê é a força oculta vinda das colônias dos Estanislados.

Bantô é a linha trazida pelos escravos de Angola, Congo e Moçambique.

Mina é a nação trazida dos negros da África da região Fanti e Ashanti. A linha afro reúne todos esses grupos.

Pajelança envolve a adoração aos índios brasileiros.

A Umbanda no Brasil ramifica através dos seguintes grupos: Afro, Jeje, Nagô, Malê, Bantô, Mina, Kardecismo, Pajelança, Catolicismo. Só é praticada pelo Babalorixá de profundos conhecimentos de fundamento e doutrina.

O culto afro-brasileiro teve a maior participação dos Sudaneses, Bantos e todo continente africano. No Brasil os escravos legaram o Catimbó, que veio ramificar no Nordeste, em Pernambuco.

O Candomblé na Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo e o Batuque no Rio Grande do Sul.

A influência católica não foi trazida pelos índios. Eles não cultuam imagens.

O esotérico foi influenciado pelo povo cigano no sentido de captação das forças trazidas do oriente, para Espanha, Portugal, Itália e França, No Brasil, o Esotérico é raramente encontrado. Os estados em que o encontramos é Minas Gerais, Alagoas, Sergipe e Amazonas.

A linha Afro, Malê e Bantô, pesquisaram em 1.888 uma comunicação mais direta com os orixás. Desde então, colocaram o Paô, ou seja, batidas de palmas correspondentes aos Sete Raios de Umbanda. Exemplos:
Xangô – 5º Raio – 5 – 5 – 5
Oxum – 6º Raio – 6 – 6 – 6

O Paô é de grande fundamento, pois ele é a comunicação direta dos Orixás aos nossos dias. Como também o Amaci, o Abô, a Pemba, trazidos pela linha Afro. A partir daí ofereceu o fundamento básico a todos os Babalorixás.

No Candomblé se usa o Paô de Exu. A Umbanda, por se corresponder aos Sete Raios, faz a cada Orixá uma batida diferente, e aos Guias a batida de Eguns.

As Raízes da Grande Religião Universal - Parte II

Quarta Raça – Raça Branca

A dominação da raça branca sobre a amarela alastrou-se por toda Europa e invadiu a África. Localizamos a invasão e conquista, cujo autor foi Hama, o primeiro patriarca, o qual deixou à humanidade um livro em língua hermética (Sumetria), contendo sinais e triângulos secretos, representados por uma esfera. Nele, o princípio das verdades originais das raças amarela e negra estavam definidos. Desta época, há pouco tempo atrás, este elo estava oculto por Miquiesedegues – rei e sacerdote de Jerusalém, que tinha ligação com Abrahão. Com a descoberta das Américas pela raça branca, houve uma grande fusão de raças e credos, e o surgimento da Umbanda como religião natural: negro-fetichista, índio-pajelança, católico e espírita.

Na primeira etapa africana dos cultos primitivos existia a contribuição dos sábios árabes, egípcios e indianos, constituindo os cultos básicos das nações. Os escravos foram trazidos para o Brasil e sofriam o contato com os europeus católicos e protestantes.

Na segunda etapa, chamada de escravatura, ocorreu com o tráfego negreiro e vai até a libertação dos escravos. Como a escravatura se deu em massa e sem planejamento, vieram para o Brasil, nativos de Angola, Congo e Bastos, provocando uma mistura ritualística entre o próprio negro, que acabou por misturar os fundamentos dos Orixás.

Há mistura do Jeje, Yorubanos, Nagô, Queto, inclusive os cultos malês. Isto ocorreu entre 1.830 e 1.888. Negros e índios começaram a resistir à opressão religiosa, e não agüentando a mesma, apelaram para o sincretismo, onde cada Santo católico correspondia a um Orixá.

A terceira fase é a atuação da força espírita Européia, que inclusive, já se notava em algumas tribos.

Essa atuação acabou provocando algumas mudanças nos cultos mais compreensíveis e formou o multisincretismo assim constituído: Jeje, Nagô, Molssimi, Banto, Caboclo, Espírita e Católico.

Quarta Etapa – Moderna, onde a abertura espiritual leva o ser humano ao antigo sabeísmo, a prática do retorno à natureza e aos valores espirituais.

Assim, juntando-se todos os conhecimentos de todos os rituais, encontramos a Grande Religião Universal. A Umbanda foi e sempre será natural e simples, sempre voltada para a fé e a caridade como meio de evoluir e se voltar ao Criador. Trazendo grandes forças e fundamentos, como por exemplo as oferendas, que nada mais são do que a comunicação direta aos Orixás, e que já vem de tempos remotos.

A primeira oferenda é de Adão à Noé, e de Abel e Caim para entrar em contato com o Espírito Divino. Abel oferece em holocausto as melhores ovelhas do seu rebanho, inclusive as gorduras. Caim oferece os frutos da terra, que tirava da sua lavoura. Noé, após o dilúvio, ofereceu reses e aves ao Senhor.

Segunda oferenda – Abrahão fez oferendas ao espírito criador, todas as vezes que entrava em contato com a voz do Senhor.

Terceira oferenda – Abrahão e Moisés. Na época de Moisés era muito grande a falta de alimentos ocasionada pela seca da região. Moisés buscava as forças da natureza através de seus conhecimentos e o mínimo de água existente, oferecia ao Senhor. E foi muito grande a manifestação fenomênica em benefício da natureza.

Quarta oferenda – Moisés a Jesus Cristo. Com a morte de Moisés, o ser humano foi sofrendo transformações diretas, de encontro ao materialismo, e também se esqueceu das forças espirituais e religiosas. E Jesus, iniciado pelos grandes Mestres do Egito, começa uma explosão de forças, e traz de volta a grande sabedoria da natureza, pois Cristo pregava as Leis codificadas por Moisés.

Jesus consegue parar a grande explosão material, fazendo a religião ser novamente invocada pelas pessoas e trazendo de volta o nome vivo de Deus.