quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Centros e Linhas de Forças

A nossa realidade concreta é física ou seja, estamos, como Espíritos "vivendo" em um corpo físico, distanciados temporariamente do Plano Espirtual de forma direta, onde necessitamos de referências, que possibilitem a conexão com as Energias irradiadas pelas Vibrações Originais e refletidas pelas Vibrações Ancestrais, além do fluxo e refluxo das emanações energéticas: Luminosas; Elétricas; Térmicas; Sonoras; Magnéticas; e, Eletro-magnéticas que influenciam os nossos corpos.

Para efeito didático, temos sete corpos: Físico, Etérico, Astral, Mental, Causal, Budico e Atmico; que se sobrepõem, percebidos de várias formas:
O Corpo Físico é o instrumento para o desenvolvimento, aprendizado e experimentação no mundo físico;
O Corpo Etérico é aquele que permite a ligação entre o Corpo Físico e os demais corpos;
O Corpo Astral , é o molde que estrutura o corpo físico promove a ação de atos volitivos, desejos e emoções. Os videntes vêem este corpo;
O Corpo Mental é o veículo de manifestação do "Eu Cósmico", como intelecto concreto e abstrato; Mental Concreto ou inferior: é sede das percepções simples e objetivas como de objetos, pessoas, etc. é importante veículo de ligação e harmonização do binômio razão-emoção.
O Corpo Búdico elabora princípios e idéias abstratas, realiza análise, sínteses e conclusões. É sede das virtudes e de defeitos;
O Corpo Nirvânico, composto pelas três almas - Moral, Intuitiva e Consciencial - veículos e instrumentos do espírito. Suas linhas de força formam o corpo do mesmo, matéria hiperfísica, de sutil quintessenciação. Tem como atributo principal o grande núcleo de potenciação da consciência;
O Corpo Atmico ou Espírito Essência constitui a Essência Divina presente em cada ser.
A manutenção das interações entre os nossos corpos concretos e abstratos, bem como a emissão e recepção das energias espiritais, é realizada através de Centros de Força, que são conhecidos como Chakram.

Cada Centro de Força possui dois vórtices de energia, um na frente e outro atrás, localizados ao longo da coluna e conectados entre si.

Os Centros de Força são conexões pelos quais flui a energia, absorvendo a Energia Primária, que recebe várias denominações (Flúido Cósmico Universal, Energia Vital, Vayus Prânicos, Energia de Deus,...). e decompõem-na em suas partes e, em seguida, através pelos "dutos" seguem para todos os Centros para o Sistema Nervoso, as Glândulas Endócrinas e Mistas, depois para o Sangue afim de Alimentar o Corpo. Suas funções básicas são a de vitalizar cada Corpo Áurico e assim o Corpo Físico através desta energia, provocar o desenvolvimento de diferentes aspectos da Autoconsciência, entre os diferentes Corpos Áuricos.

Em termos gerais, algumas Tradições sugerem a existência de aproximadamente 350 mil Chakram, mas para efeito de entendimento e aprendizado, devem ser tratados os principais, os quais, alguns, consideram sete, outros consideram nove e outros doze e assim por diante. Para efeito didático, consideremos sete:
No primeiro CENTRO DE FORÇA, sua VIBRAÇÃO é Yorimá, seu PLEXO é o Básico e suas GLÂNDULAS são as Reprodutoras.
No segundo CENTRO DE FORÇA, sua VIBRAÇÃO é Oxossi, seu PLEXO é o Esplênico e sua GLÂNDULA é o Pâncreas.

No terceiro CENTRO DE FORÇA, sua VIBRAÇÃO é Ogum, seu PLEXO é o Solar e suas GLÂNDULAS são as supra-renais.

No quarto CENTRO DE FORÇA, sua VIBRACÃO é Xangô, seu PLEXO é o Cardíaco e sua GLÂNDULA é o Timo.

No quinto CENTRO DE FORÇA, sua VIBRAÇÃO é Yori, seu PLEXO é o Laríngeo e sua GLÂNDULA é a Tiróide

No sexto CENTRO DE FORÇA, sua VIBRAÇÃO é Yemanjá, seu PLEXO é o Frontal e sua GLÂNDULA é a Hipófise.

No sétimo CENTRO DE FORÇA, sua VIBRAÇÃO é Oxalá, seu PLEXO é o Coronário e sua GLÂNDULA é a Epífise.
Estes Centros de Força absorvem a Energia Universal ou Primária (Chi, Orgone, Prana, Etc...), decompõem-na em suas partes e, em seguida, mandam-na ao longo de Rios de Energia chamados NÁDIS, para o Sistema Nervoso, as Glândulas Endócrinas e, depois para o Sangue afim de Alimentar o Corpo. Suas funções básicas são a de vitalizar cada Corpo Áurico e assim o Corpo Físico através do Prana, provocar o desenvolvimento de diferentes aspectos da Autoconsciência e transmitir a Energia entre os diferentes Corpos Áuricos.

Como propósito neste momento não é discorrer sobre anatomia ou relação com as partes do corpo, bem como o Kundalini, Linhas de Força (Tatvas), apresenta-se apenas o diagrama com as posições dos Chakras.

Concluído isto, podemos estabelecer a ligação dos Centros de Força do Ser, com as Vibrações Ancestrais.

A Eterna Corrente de Vontade Criadora Divina é absorvida por Mediadores Espirituais Divinos, os quais cada Religião denomina à sua feição e nós, que exercitamos o Esoterismo na Umbanda, denominamos por "Vibrações Originais". Esta Eterna Corrente de Vontade Criadora polarizada, em contato com cada Vibração Original, sofre uma nova modificação diferenciada e busca manifestar-se através de Vibrações Ancestrais (Astrais) que geram e mantêm a Energia Pura, mas também todas as formas de manifestação de Energia que conhecemos e as que ainda desconhecemos. Assim é que, no Princípio, a polarização da Energia Espiritual com a Energia do Consciente gera a Energia Etérea ou Astral. Chamamos esta Energia resultante também por "Astral", porque embora indiferenciada e sutil, já é de "qualidade material", sendo as variações de intensidade de suas vibrações energéticas que induzem a formação das Forças Sutis Elementares que geram os quatro elementos, os quais buscam manifestarem-se na Natureza, através do Ar, Fogo, Água e Terra.

O termo Chákra vem do Sânscrito e significa "RODA", devido à forma que cada um desses centros energéticos apresenta. São semelhantes à flor-de-lotus, cujas hastes se enraízam na coluna vertebral. Os Chakras são localizados no corpo astral e se estendem para fora do corpo físico, situados na mesma região dos Plexos (emaranhado de nervos ou regiões do corpo físico onde se concentram ou se entrelaçam vários nervos).

Sua finalidade é catalizar energias vitais que passam para os plexos orgânicos, sendo conduzidas para todo o organismo através do sistema nervoso. Segundo a região do corpo e, que se localiza, o Chakra tem capacidade de maior absorção de uma determinada medida de cada energia correspondente a uma cor, que é conduzida para o organismo através dos meridianos. Essa energia percorre o caminho em ondulações e não em linha reta como as ondas de luz.

Seu movimento dá-se no sentido horário e a média de rotação, bem como seu tamanho, depende do grau de evolução da pessoa. Quanto mais lentos os movimentos, menor o fluxo, mais densa a massa e menor a espiritualidade do ser. O tamanho dos Chakras no ser humano normal é de um diâmetro aproximado de cinco a seis centímetros, e nas pessoas mais desenvolvidas atinge até dez centímetros.

Qualquer disfunção nos Chakras afeta as glândulas correspondentes. Este distúrbio ocorre pala alteração na rotação do Chakra em desequilíbrio, que passa a girar no sentido anti-horário. Além de não captar energia para aquela região, a corrente energética flui para fora do corpo, pelo próprio Chakra. Desse modo, interfere no metabolismo dos órgãos relacionados a ele.

A meditação, em particular, é uma das formas de desenvolvimento e equilíbrio desses centros de força. A utilização de luzes coloridas, de pedras, ou a força psíquica em forma de cor, dirigida aos respectivos Chakras, facilita o processo de abertura, reforçando-os, expandindo-os e desenvolvendo-os.

Fonte: O Eterno Aprendiz

A ENERGIA DOS CHAKRAS


Perturbações nos chakras são responsáveis por várias doenças e até distúrbios psicológicos. Os chakras são, na realidade, vórtices de energia, ou seja, são centros de atividade para recepção, assimilação e transmissão de energia vitais.

Eles estão localizados ao longo da coluna vertebral, mas não são visualizados fisicamente. Sua palavra é derivada do sânscrito (uma das antigas línguas clássicas da Índia) e significa “roda ou disco”. Sua função é vitalizar nossos corpos energéticos e o corpo físico, proporcionando o desenvolvimento dos aspectos de nossa consciência, transmitindo energia para todos os níveis.

No nosso corpo encontramos certo número de chakras, mas os principais são sete.

Por volta de 1900, foram desenvolvidos inúmeros trabalhos na área do Campo da Energia Humana, que buscavam relacionar os chakras com os campos da saúde, da cura e do desenvolvimento da alma. Mais recentemente, foram feitas observações que puderam comprovar que inúmeras doenças estavam relacionadas a perturbações nos chakras. Cada chakra está relacionado a uma função particular.

O PRIMEIRO DELES É O BÁSICO. Localiza-se à base da espinha e tem correlação com a glândula supra-renal. Podemos associá-lo com as sensações físicas e com o aspecto instintivo.
Disfunção: anemia, deficiência circulatória, prisão de ventre, ciática e hemorróidas.

O SEGUNDO É O SACRO. Localiza-se acima do púbis e tem correlação com a glândula das gônodas, ovários, próstata e testículos. Podemos associá-lo com o desenvolvimento dos sentimentos e com o aspecto emocional.
Disfunção: problemas genito-urinários, problemas sexuais e instabilidade afetiva.

O TERCEIRO CHAKRA É O PLEXO SOLAR. Localiza-se na cavidade do estômago, um pouco acima do umbigo e tem correlação com a glândula do pâncreas e baço. Podemos associá-lo com o desenvolvimento do poder pessoal, do ego e da personalidade e ao aspecto mental.
Disfunção: úlceras, distúrbios digestivo, diabetes, cálculos biliares e rejeição dos desejos.

O QUARTO CHAKRA É O CARDÍACO. Localiza-se no externo, ao nível do coração e tem correlação com a glândula timo. Podemos associá-lo com o desenvolvimento do amor universal, é a capacidade de amar a si mesmo, aos outros e ao mundo.
Disfunção: problemas cardiovasculares e respiratórios e indiferença, tristeza e depressão.

O QUINTO CHAKRA É O DA GARGANTA. Localiza-se no centro da garganta e tem correlação com a glândula tireóide e paratiróide. Podemos associá-lo com o desenvolvimento do poder de expressão humana, a palavra.
Disfunção: Hipo ou hipertireóidismo, distúrbios na voz e na garganta e bloqueio criativo e dificuldade em se expressar.

O SEXTO CHAKRA É O FRONTAL. Localiza-se na Fronte, entre a sobrancelhas e tem correlação com a glândula Pituitária. Podemos associá-lo com o desenvolvimento da capacidade de visão clara além das aparências (clarividência).
Disfunção: sinusites, cataratas, dores de cabeça, alucinações, rigidez mental e esquecimento.

O SÉTIMO CHAKRA É O CORONÁRIO. Localiza-se no topo da cabeça e tem correlação com a glândula Pineal. Podemos associá-lo com o desenvolvimento espiritual. É através desse chakra que as energias de transmutação e purificação entram no nosso corpo.
Disfunção: derrame cerebral, tumor no cérebro, intelectualidade exagerada, sensação de falta de sentido na vida.

Em todos os grandes centros de desenvolvimento humano, que manipulam energias, os chakras são um dos pontos mais trabalhados, sejam estes direta ou indiretamente mencionados, já que são fundamentais para que atinjamos o equilíbrio, tão necessário à nossa saúde, tanto física como psíquica, portanto, os umbandistas também devem estudar e entender os chakras, visando a busca do próprio equilíbrio.

OS CHAKRAS E SUAS CORES

Através das Técnicas de Rolfing, em 1988 conseguiu-se encontrar correlações entre cor e freqüência (Hz = Hertz ou ciclos por segundo)

AZUL – 250 – 275 Hz mais 1200
VERDE – 250 – 475 Hz
AMARELO – 500 – 700 Hz
LARANJA – 950 – 1.050 Hz
VERMELHO – 1.000 – 1.200 Hz
VIOLETA – 1.000 – 2.000 – Hz mais 300 – 400 – 600 – 800 Hz.
BRANCO – 1.100 – 2.000 Hz.

Baseado nisso, afirmou-se que os chakras traziam amiúdes as cores indicadas, como também as freqüências mencionadas na literatura metafísica.

CHAKRA BÁSICO – Muladhara – cor vermelha.
CHAKRA DO SACRO – Svadhisthana – cor laranja.
CHAKRA PLEXO SOLAR – Manipura – cor amarela.
CHAKRA CARDÍACO – Anahata – cor verde.
CHAKRA DA GARGANTA OU FARÍNGEO – Visuddha – cor azul.
CHAKRA FRONTAL – Ajna – cor violeta ou azul anil.
CHAKRA CORONÁRIO – Sahasrara – cor branca

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Pineal, a glândula da vida mental - Parte II

Centro das emoções

"Se pudéssemos apontar para um centro das emoções no cérebro, esse o seria o hipotálamo. Isso significa apenas que é nesse nível que os vários componentes da reação emocional são organizados em padrões definitivos", afirma Marino Jr.. De fato, o hipotálamo faz parte de um sistema complexo responsável pelo mecanismo que elabora as funções emotivas, o sistema límbico de Maclean.

André Luiz afirma que a pineal preside os fenômenos nervosos da emotividade. Já vimos que dois núcleos hipotalâmicos sofrem a sua ação direta. Cremos que é uma questão de tempo para a constatação científica dessa informação mediúnica.

Altschule (1957), Eldred et al. (1961) e outros autores têm realizado importantes estudos que demonstram a ação benéfica de extratos pineais sobre alguns esquizofrênicos.

Hartley e Smith (1973), com os resultados de seus trabalhos na Escola de Farmácia da Universidade de Bradford, Inglaterra, estão inclinados a admitir que, nos casos de esquizofrenia, a HIOMT, enzima responsável pela sintetização da melatonina, estaria agindo sobre substratos anormais, produzindo as substâncias implicadas na moléstia. Como a enzima age em um ritmo circadiano, é possível que na esquizofrenia ela trabalhe fora de fase com seu substrato, favorecendo uma transmetilação anormal. Há indícios de implicação da pineal na etimologia dessa moléstia, mas os estudos precisam avançar mais para que se chegue a uma conclusão definitiva.

André Luiz, o médico desencarnado, afirma que a pineal é a glândula mestra, aquela que tem ascendência sobre todo o sistema endócrino.

Neste artigo, citamos importantes pesquisadores que já detectaram a ação da melatonina sobre o hipotálamo, estrutura nobre considerada, até a presente, como responsável pelo sistema endócrino. Vimos também a ação gonadal desse hormônio sobre a reprodução sazonal dos animais em diversos distúrbios endócrinos.

Wurtman lembrou muito bem que nenhuma glândula foi tão exaustivamente pesquisada como a tireóide. No entanto, só muito recentemente foi detectada a tireocalciotonina, hormônio tireoideano de tão grande significado fisiológico. Com esse apontamento, ele quis ressaltar o número ainda restrito de pesquisa sobre a pineal, uma vez que elas só começaram em meados deste século, enquanto as outras glândulas endócrinas já vinham sendo alvo de investigação há muitas décadas. Na verdade, a pesquisa médica vai evoluir muito mais no próximo milênio. Não se pode esquecer que o perispírito ainda é um ilustre desconhecido e sua simples descoberta por parte da ciência oficial, com possibilidade de investigação laboratorial, contribuirá para a mudança definitiva do enfoque materialista-mecanicista em que ela está lastreada. Aliás, só se conhecerá o potencial integral da pineal com as pesquisas concominantes do psicossoma. A verdadeira usina de luz em que ela se transforma, durante o fenômeno mediúnico, segundo descrição de André Luiz, só poderá ser detectada por lentes que alcancem a quarta dimensão.

Quanto a revelação de que ela é o centro das emoções, já vimos que é ainda o hipotálamo considerado como tal. Estudando, porém, o sistema límbico e suas conexões com a habênula (epitálamo) e as inter-relações desta glândula pineal, não é difícil prever que o aprofundamento das pesquisas determinarão mais ampla participação desta última no mecanismo das emoções.

O autor espiritual relata ainda, em seus estudos, que a pineal comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. Ele entende como forças subconscientes todo o arquivo da personalidade encarnada relativo a experiências de outras encarnações, desde a fase pré-racional até os dias presentes. Este assunto é tão amplo e importante que exigiria um outro artigo muito mais extenso do que este, inclusive com considerações psicanalíticas.

A pineal supre de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos. Aqui é útil lembrar que em outro livro – Evolução em Dois Mundos – André Luiz introduz o conceito de bióforos, esclarecendo que são estruturas do corpo espiritual presentes no interior da célula e com atuação marcante no seu funcionamento. Como exemplo, ele cita os mitocôndrios que acumulam energias espirituais sob a forma de grânulos e imprimem na intimidade celular a vontade do espírito. Desse modo, todos os estados mentais felizes e infelizes refletem-se sobre a economia orgânica.

Função espiritual

Finalmente, é preciso considerá-la como glândula da vida mental. Já comentamos estudos que a colocam na etiologia de doenças como esquizofrenia.

É preciso considerar também o que Philip Lansky descreve sobre a conversão da melatonina em 10-methoxyharmalan, um potente alucinógeno. Em seu artigo – Neurochemistry and the Awakening of Kundalini – Lansky enfoca o processo pelo qual se dá a transmutação de energia sexual em psíquica, procurando explicar, neuroquimicamente, a experiência vivida por Gopi Krishna em sua autobiografia. Esse é o trecho descrito por Krishna, denominado kundalini:"Durante uma dessas intensas concentrações, eu subitamente senti uma estranha sensação na base da espinha, no lugar onde toca o assento, enquanto eu sentei de pernas cruzadas em um tapete dobrado espalhado no chão. A sensação foi tão extraordinária e prazerosa que minha atenção foi dirigida forçosamente para isso. No momento em que minha atenção foi então inesperadamente para o ponto onde foi focalizado, a sensação cessou... Quando completamente imerso, de novo experimentei a sensação, mas, desta vez, ao invés de alongar minha mente até o ponto onde eu tinha fixado, eu mantive uma rigidez de atenção para fora. A sensação de novo estendeu-se para cima, crescendo em intensidade, e eu senti a mim mesmo flutuando; mas com um grande esforço, eu mantive minha atenção centrada ao redor da lótus.

De repente, eu senti uma corrente de líquido luminosa entrando em meu cérebro através da medula espinhal".

Ao buscar explicações neuroquímicas para a experiência espiritual, Lansky faz as seguintes observações:

a) os conceitos tradicionais conhecidos revelam uma interação entre os centros sexuais dos chacras inferiores e os centros psíquicos localizados no cérebro, nos chacras superiores ;

b) a experiência de Gopi Krishna envolve a percepção subjetiva da luz. Esse fenômeno mental poderia ser chamado de "alucinatório";

c) o chacra superior, o mais importante deles, está associado à glândula pineal.

Em seguida, Lansky faz considerações sobre a melatonina, sobre suas funções ainda em grande parte desconhecidas, ressaltando as experiências que evidenciam o efeito inibitório sobre mamíferos, machos e fêmeas, e também o inverso, os hormônios sexuais, testosterona, estrógeno e progesterona inibindo a biossíntese da melatonina. E ressalta também o que já está muito estabelecido, que a pineal está envolvida na percepção da luz.

Nesse ponto, Lansky diz que a melatonina pode se transformar em 10-methoxyharmalan, que é um potente alucinógeno. Isso poderia explicar também as alucinações que ocorrem em diferentes desordens mentais. Como se vê, a experiência do nascimento da kundalini e de sua transformação parece envolver diretamente a pineal.

É interessante destacar também que ela permite ao homem reencarnado adaptar-se ao tempo da terceira dimensão, bem como faculta-lhe a percepção, durante o fenômeno mediúnico, do tempo em outras dimensões. O fato de que ela provê o organismo de um tempo circulante parece estar ligado à sua atividade rítmica em torno de 24 horas, que produz maior ou menor quantidade de melatonina, conforme os períodos de obscuridade e de claridade.

Na realidade, o olho humano deixa passar a informação de claro-escuro, mas só a pineal é capaz de interpretar mais amplamente os dados ambientais, inclusive aquele do pólo magnético da Terra, sob a direção da mente.

É interessante lembrarmos aqui as pesquisas da NASA sobre médiuns brasileiros do estado de Minas Gerais. Eles detectaram a aura recorde de Chico Xavier, com mais de 20 metros, e procuraram relacionar os dados sobre o magnetismo terrestre desse Estado brasileiro – os índices mais baixos do mundo – com a incidência de médiuns excepcionais. Segundo as informações espirituais, deve haver relação direta porque a pineal funciona também com base no pólo magnético da Terra. Essas três experiências, portanto, não devem ser negligenciadas pelos pesquisadores da pineal. Mas ela ainda tem a nobre missão de facultar ao homem a percepção de uma outra luz que promana do mundo espiritual em fenômeno conhecido de tempos imemoriais, o da mediunidade, capaz de impulsionar o homem para as mais amplas e definitivas conquistas.

Autora: Dra. Marlene Nobre
Presidente da Associação Médico-Espírita do Brasil - AME

Pineal, a glândula da vida mental - Parte I


No séc. XVII, Descartes ensinava que a glândula pineal ou epífise era a sede da alma. No entanto, até há pouco tempo, essa estrutura cerebral era considerada simplesmente um orgão vestigial, um resquício do fotorreceptor dorsal ou terceiro olho presente em certos vertebrados inferiores.

Conhecida das religiões orientais, ela era particularmente festejadas entre os hindus como um dos componentes dos chacras coronário, a flor de mil pétalas. Mas somente a partir de 1945, com o lançamento do livro Missionários da Luz, recebido pelo médium Chico Xavier, tivemos mais amplas revelações quanto às funções da pineal no complexo mente-corpo-espírito. Nele, o autor espiritual André Luiz, pseudônimo de respeitado médico e cientista do início do século, falecido no Rio de Janeiro, expressando-se mais na condição de repórter do que de pesquisador, explica as funções, até então desconhecidas, da pineal. "Não se trata de órgão morto, mas poderosa usina", esclarece. Essas e outras informações preciosas podem ser resumidas em cinco itens:

a) A pineal segrega hormônios psíquicos ou "unidades-força" que controlam as glândulas sexuais e todo o sistema endócrino. Na puberdade, acordam no organismo do homem as forças criadoras. Aos 14 anos, aproximadamente, deixa a ação frenadora que exercia durante o período infantil e recomeça a funcionar como fonte criadora e válvula de escapamento. A partir da adolescência promove, portanto, a recapitulação da sexualidade, faz com que a criatura examine o inventário de suas paixões vividas em outras existências, que reaparecem sob fortes impulsos. Tanto os cromossomos da bolsa seminal como os do ovário recebem sua influência direta e determinada. Desse modo, sua posição na experiência sexual é básica e absoluta;

b) Preside os fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão do corpo espiritual;

c) Comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade, graças à sua ligação com a mente, através de princípios eletromagnéticos do campo vital;

d) Supre de energias psíquicas todos os armazéns autônomos dos órgãos;

e) É a glândula da vida mental, um dos principais constituintes do centro coronário, o mais importante centro vital do psicossoma ou corpo espiritual, instalado no diencéfalo.

Como vemos, em 1945, André Luiz revelou funções extremamente especializadas e importantes da pineal na economia orgânica, não suspeitadas ainda pela pesquisa médica terrestre, e foi além, afirmando que estamos plugados a outras dimensões da vida através dela. Durante a tarefa mediúnica, a epífise torna-se extremamente luminosa. Nesse momento, entram em jogo vibrações sutilíssimas, não detectadas por aparelhos comuns. A providência divina dotou essa pequenina estrutura, semelhante a uma ervilha e com o formato de um cone, que não pesa mais de 100 mg, de uma extraordinária potencialidade laboratorial que permite traduzir estímulos psíquicos em reações de ordem somática e vice-versa, colocando o ser encarnado em permanente contato com o mundo espiritual que é eterno, primitivo, preexistente.

Sono e envelhecimento

Muitos estudos foram feitos para se determinar, no homem, quais os efeitos da luz sobre a produção de melatonina (hormônio do sono). Concluiu-se que a luz do sol ou uma forte luz artificial determina a supressão da secreção de melatonina. Normalmente, o organismo tem um padrão constante de atuação, em que há altos níveis de secreção da melatonina à noite e baixos durante o dia. A luz exerce, portanto, papel primordial na regulação do hormônio pineal e atua em ciclos de 25 ou 26 horas. Os estudos cronobiológicos de Wurtman a respeito da melatonina levaram, inclusive, à utilização da luz artificial intensa para alguns casos de depressão, com bons resultados.

O escuro influencia, portanto, elevando a taxa de produção da melatonina. É possível que, intuitivamente, o homem sempre soubesse disso, porque desde os tempos imemoriais, desde as cavernas primitivas, ele tem procurado realizar seus intercâmbios com o outro lado da vida em ambientes muito pouco iluminados.

Mas não somente a luz, também o pólo magnético da Terra tem influência direta sobre o seu funcionamento.

Foram demonstradas a variação de melatonina conforme as estações do ano e sua influência na reprodução sazonal dos animais e nos fenômenos de hibernação. No homem também está presente essa variação sazonal. Nos velhos há uma redução desse processo hormonal, mas os pesquisadores não acreditam que ela esteja relacionada com a calcificação, mas a outros fatores. A produção máxima de melatonina é alcançada durante o sono e coincide com os períodos de maior escuridão.Observou-se que pacientes com jet-lag têm desordens dos ritmos circadianos, com perturbação nos níveis de produção da melatonina: picos em horários anormais e falta de sincronização. Há, nesses casos, um distúrbio do sono, da concentração, da fadiga, da capacidade de concentração etc.Sistema imunológicoSabe-se que o sistema imunológico apresenta ritmo circadiano e sazonal no cumprimento de suas funções, o que indica que ele, provavelmente, tem a sua atividade regulada pela pineal. Já se constatou essa dependência em experiências com animais.

Do mesmo modo, verificou-se que a retirada da pineal provoca um crescimento do tecido do tumor canceroso, enquanto que a administração de melatonina produz efeito contrário. Sobretudo, no câncer de mama, parece que a secreção baixa de melatonina pode influir no seu desenvolvimento.

Tudo indica que ela também tenha um papel no estresse. Já se constatou relação direta entre níveis de produção de melatonina com fadiga e sonolência em indivíduos submetidos à constante privação do sono e de informação quanto ao período claro-escuro.

Em ratos pinealecomizados (privados de pineal) houve indução da hipertensão arterial que foi bloqueada com a administração da melatonina. É provável também a sua influência nas alterações da mielina e no glaucoma.

Há ainda relatos de influência da pineal em doenças neurológicas, como a epilepsia, doença de Parkinson, esclerose lateral aminotrófica e em distúrbios endócrinos, como a síndrome de Turner, hipogonadismo etc.