sábado, 13 de outubro de 2007

MEDIUNIDADE - Parte II


MEDIUNIDADE PSÍQUICA OU INTUITIVA: é aquela em que o médium escuta palavras formarem-se no cérebro e as escreve (ou transmite) de livre e espontânea vontade. Como na maioria das vezes, a transmissão é rápida demais. Há neste grupo de mediunidade a possibilidade de que o médium escute uma coisa e transmita outra, ou melhor dizendo, escuta uma frase completa e dá-lhe sua própria interpretação, porém, na maior parte das vezes, contraria o sentido original do que foi recebido.

MEDIUNIDADE SOMÁTICA OU MECÂNICA: é aquela em que o Espírito domina e utiliza parte do corpo do médium, ou o todo, independentemente e sem possibilidade de interveniência do mesmo.

Em ambos os grupos de Mediunidade acima mencionados, encontram-se os seguintes tipos de mediunidade, em ordem decrescente em grau:

7) Clarividência
6) Vidência
5) Psicografia
4) Audição
3) Curadora
2) Passista
1) Incorporação (Mediunidade de Prova)

Todos os seres encarnados possuem estes sete tipos de Mediunidade, quer seja só de um grupo ou de ambos, latente à espera de um desenvolvimento (ou aprimoramento), porém tem sempre acentuado em especial, um dos tipos, que será a sua Mediunidade na presente existência. Exemplo: é passista, curador, porém tem na incorporação o tipo mais intenso, pelo qual se desemcubirá dos demais.

CLARIVIDÊNCIA: é a atuação de uma vibração na mente do médium, descrevendo através dela quadros possíveis de acontecer, dependendo do fator TEMPO.

VIDÊNCIA: é uma mentalização material, inata, podendo ver coisas materiais, passadas em outro local e/ou espirituais, de olhos abertos e de frente.

PSICOGRAFIA: é a faculdade mediúnica de receber vibrações, que os fazem transcrever mensagens espirituais.

AUDIÇÃO: é aquela em que o médium ouve vozes, transmitindo as boas e más notícias.

CURADORA: é a faculdade inata e esclarecedora da cura, através de conselhos, ervas, etc.

PASSISTA: é a capacidade de movimentar vibrações através de passes para equilibrar e fortalecer as forças positivas e diminuir e também equilibrar, as forças negativas.

INCORPORAÇÃO: é a faculdade de entregar o seu corpo à vibração do plano astral, facilitando a comunhão do Espírito Comunicador com as vibrações materiais do seu corpo, para que, através do mesmo, seja dado o socorro, a ajuda, enfim o esclarecimento e tudo necessário aos eternos pedintes que somos.

MÉDIUM: é o intermediário entre o plano físico (ou material) e o plano espiritual. Levando-se em conta os sete tipos principais de Mediunidade, cremos que 80% dos médiuns existentes têm como classificação primordial a INCORPORAÇÃO, porquanto este orbe é um planeta presídio e de expiação de faltas Karmicas. Os 20% restantes está proporcionalmente distribuído entre os restantes tipos de Mediunidade. Fazem parte fundamental do Curriculum do médium, que entende a sua missão, os seguintes quesitos voluntários:

HUMILDADE
OBEDIÊNCIA

DESPRENDIMENTO
DISCERNIMENTO
PROPÓSITO
FIM

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

MEDIUNIDADE - Parte I


No Universo, tudo é energia em suas mais infinitas formas. Obviamente, a Terra é apenas como que um grão de areia nos inúmeros sistemas universais e, dentro dela, em graus evolutivos diversos e em aprendizado constante, os seres humanos ainda se debatem ante as Leis da Natureza. Muitos sequer descobriram a existência dos dois planos - o físico e o espiritual - dos quais todos participamos, independentemente da nossa vontade ou condição racial, política, social, econômica ou intelectual, pois o homem não cria nem revoga lei natural ou Lei de Deus.

A mediunidade, que envolve complexas e sutis formas energéticas, é uma faculdade que está latente em todos os indivíduos, podendo apresentar-se ou manifestar-se por vários modos, dependendo do estádio moral de cada médium (que é o intermediário entre o plano físico e plano espiritual, ou seja, serve de mediador entre encarnados - pessoas - e desencarnados - Espíritos , podendo também ser aquele que recebe influência, inspiração, conselho ou ensinamento de entidades espirituais, até, às vezes, sem o perceber). Allan Kardec sintetiza os médiuns em duas categorias: aqueles de efeitos físicos (a quem os Espíritos se manifestam por intermédio de movimentos, ruídos, sons, transporte de objetos, etc.) e aqueles de efeitos intelectuais (a quem os Espíritos se apresentam por meio de comunicações inteligentes - por idéias, escritos, desenhos, sinais, palavras etc.).

Todos temos algum tipo de mediunidade; é dom concedido por Deus. Porém, só alguns possuem as chamadas mediunidades de tarefa: audiência (de ouvir vozes de Espíritos); vidência (de ver Espíritos); psicografia (de escrever o que ditam os Espíritos); psicopictografia (de pintar sob ação dos Espíritos); falante (de transmitir pelos órgãos vocais a palavra do Espírito); xenoglossia (de falar e escrever línguas estrangeiras que não conhece), além de outros tipos de mediunidade. Há pesquisadores e estudiosos do Espiritismo que classificam acima de cinqüenta os tipos de mediunidade. Existem ainda os casos de médiuns especiais, dotados de aptidões particulares, como os enumera Allan Kardec, no capítulo XVI, em "O Livro dos Médiuns", obra indispensável a quem se predisponha ao estudo sério sobre os tipos de mediunidade.

O médium, para desincumbir-se das tarefas que lhe são confiadas pelo plano espiritual, deve ser diligente, aplicado, sincero, disciplinado e bondoso, evitando o orgulho e a vaidade. Jamais deverá colocar-se na condição de superior perante os demais irmãos, sejam estes seguidores ou não da Doutrina Espírita, sabendo que é apenas um tarefeiro e que tem como diretrizes os ensinamentos dos bons Espíritos e, no que tange aos cristãos, as lições morais de Jesus, para a prática do bem.
"O médium é um companheiro. É um trabalhador. É um amigo. E é sobretudo nosso irmão, com dificuldades e problemas análogos àqueles que assediam a mente de qualquer espírito encarnado".

"Mediunidade é, acima de tudo, caminho de árduo trabalho em que o espírito, chamado a servi-la, precisa consagrar o melhor das próprias forças para colaborar no desenvolvimento do bem". ( Ensinamentos do Espírito Emmanuel, no livro "Mediunidade e Sintonia", pelo médium Chico Xavier).

Observação final: para melhor conhecer essa importante matéria, aconselha-se, no mínimo, ler "O Livro dos Espíritos", analisando cada tópico, e, em seguida, ler "O Livro dos Médiuns", ambos de Allan Kardec, podendo complementá-los com "Espíritos e Médiuns", de Léon Denis, e "Mediunidade ", de J. Herculano Pires.

Mediunidade é a ação consciente ou inconsciente dos seres encarnados, pois todos da chamada classe dos Racionais e alguns Irracionais possuem este Dom.

A Mediunidade se divide em dois grupos principais e distintos, a saber:

Mediunidade Psíquica ou intuitiva
Mediunidade Somática ou mecânica

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

A FLOR DA HONESTIDADE


"Por volta do ano 250 a.C., na China antiga, um certo príncipe da região de Thing-Zda, norte do país, estava às vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar.

Sabendo disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte ou quem quer que se achasse digna de sua auspiciosa proposta.

No dia seguinte, o príncipe anunciou que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio. Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de profundo amor pelo príncipe.

Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao ouvir que ela pretenderia ir à celebração, e indagou incrédula:

- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes todas as mais belas e ricas moças da corte. Tire esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma loucura. E a filha respondeu:

- Não querida mãe, não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos perto do príncipe, isto já me torna feliz, pois sei que meu destino é outro.

À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, todas as mais belas moças, com as mais belas roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Então, finalmente, o príncipe anunciou o desafio:

- Darei, para cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da China.

A proposta do príncipe não fugiu as profundas tradições daquele povo, que valorizavam muito a especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos, etc...

O tempo passou e a doce jovem, como não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem, cuidava com muita paciência e ternura pois sabia que se a beleza das flores surgisse na mesma extensão de seu amor, ela não precisava se preocupar com o resultado.

Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem de tudo tentara, usara de todos os métodos que conhecia, mas nada havia nascido e dia a dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas cada vez mais profundo o seu amor.

Por fim, os seis meses haviam passado e nada ela havia cultivado, e, consciente do seu esforço e dedicação comunicou a sua mãe que independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data e hora combinadas, pois não pretendia nada além do que mais alguns momentos na companhia do príncipe.

Na hora marcada estava lá, com seu vaso vazio, bem como todas as pretendentes, cada uma com uma flor mais bela do que a outra, de todas as mais variadas formas e cores. Ela estava absorta, nunca havia presenciado tal bela cena. E finalmente chega o momento esperado, o príncipe chega e observa cada uma das pretendentes com muito cuidado e atenção e após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o resultado e indica a bela jovem como sua futura esposa.

As pessoas presentes tiveram as mais inusitadas reações, ninguém compreendeu porque ele havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado, então, calmamente ele esclareceu:

- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar uma imperatriz, a flor da honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis".


Este conto faz a gente pensar... fala de honestidade, tão rara nos dias de hoje... Nós que nos envolvemos com a Umbanda, temos que pensar muito sobre isto, pois no dia a dia, muitos se esquecem da importância de algumas virtudes... em especial da honestidade. Os ganhos são reais, mas não são palpáveis, nem imediatos, mas valem a pena! Que todo umbandista, pratique essa maravilhosa virtude - a honestidade - e o mundo será muito melhor!

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

ROTEIRO DA DESOBSESSÃO


ROTEIRO DA DESOBSESSÃO

1- Ao acordar, diga a si mesmo: Deus me concede mais um dia de experiências e aprendizado. É fazendo que se aprende. Vou aproveitá-lo. Deus me ajuda. (Repita isso várias vezes, procurando manter essas palavras a memória. Repita-as durante o dia).

2- Compreenda que a obsessão é um estado de sintonia da sua mente com mentes desequilibradas. Corte essa sintonia ligando-se a pensamentos bons e alegres. Repila as idéias más. Compreenda que você nasceu para serbom e normal. As más idéias e os maus pendores existem para você vencê-los, nunca para se entregar.

3- Mude sua maneira de encarar os semelhantes. Na essência, somos todos iguais. Se ele está irritado, não entre na irritação dele. Ajude-o a se reequilibrar, tratando-o com bondade. A irritação é sintonia de obsessão. Não se deixe envolver pela obsessão do outro. Não o considere agressivo. Certamente ele está sendo agredido e reage erradamente contra os outros. Ajude-o que será também ajudado.

4- Vigie os seus sentimentos, pensamentos e palavras nas relações com os outros. O que damos, recebemos de volta.

5- Não se considere vítima. Você pode estar sendo algoz sem perceber. Pense nisso constantemente, para melhorar as relações com os outros. Viver é permutar. Examine o que você troca com os outros.

6- Ao sentir-se abatido, não entre na fossa. É difícil sair dela. Lembre-se de que você está vivo, forte, com saúde e dê graças a Deus por isso. Seus males são passageiros, mas se você os alimentar eles durarão. É você que sustenta os seus males. Cuidado com isso.

7- Freqüente uma instituição espírita com que se sintonize. Não fique pulando de uma para outra. Quem não tem constância nada consegue.

8- Se você ouve vozes, não lhes dê atenção. Responda simplesmente: Não tenho tempo a perder. Tratem de se melhorar enquanto é tempo. Vocês estão a caminho do abismo. Cuidem- se. E peça aos Espíritos Bons, em pensamento, por esses obsessores.

9- Se você sente toques de dedos ou descargas elétricas, repila esses espíritos brincalhões da mesma maneira e ore mentalmente por eles. Não lhes dê atenção nem se assuste com esses efeitos físicos. Leia diariamente, de manhã ou à noite, ao deitar-se, um trecho de O Evangelho Segundo o Espiritismo e medite sobre o que leu. Abra o livro ao acaso e não pense que a lição é só para você. Geralmente é só para os obsessores, mas você também deve aproveitá-la. No caso de visões a técnica é a mesma.
Nunca se amedronte. É isso que eles querem, pois com isso se divertem. Esses pobres espíritos nada podem fazer além disso, a menos que você queira brincar com eles, o que lhe custará seu aumento da obsessão. Corte as ligações que eles querem estabelecer com você, usando o poder da sua vontade. Se fingirem ser um seu parente ou amigo falecido, não se deixe levar por isso. Os amigos e parentes se comunicam em sessões regulares, não querem perturbar.

10- Leia o livro de Allan Kardec – “Iniciação Espírita”, mas de Kardec não outros de autores diversos, que fazem confusões. Trate de estudar a Doutrina nas demais obras de Kardec.

11- Não se deixe atrair por macumbas e as diversas formas de mistura de religiões africanas com as nossas crendices nacionais. Não pense que alguém lhe pode tirar a obsessão com as mãos. Os passes têm por finalidade a transmissão de fluidos, de energias vitais e espirituais para fortificar a sua resistência. Não confie em passes de gesticulação excessiva e outras fantasias.

O passe é simplesmente a imposição das mãos, ensinada por Jesus e praticada por Ele. É uma doação humilde e não uma encenação, uma dança ou ginástica. Não carregue amuletos nem patuás ou colares milagrosos. Tudo isso não passa de superstições provindas de religiões das selvas. Você não é selvagem, é uma criatura civilizada capaz de raciocinar e só admitir a fé racional.

Estude o Espiritismo e não se deixe levar por tolices. Dedique-se ao estudo, mas não queira saltar de aprendiz a mestre, pois o mestrado em espiritismo só se realiza no plano espiritual. Na Terra, somos todos aprendizes com maior ou menor grau de conhecimento e experiência.

Fonte: “Obsessão, O Passe, A Doutrinação”, de José Herculano Pires

terça-feira, 9 de outubro de 2007

DESOBSESSÃO


Desobsessão é o nome que se dá ao tratamento de pessoas que estejam sofrendo de prejudicial interferência espiritual, encarnados ou desencarnados, chamada comumente de obsessão.

A cura da obsessão baseia-se na conscientização do enfermo e do espírito agressor, pois o paciente é o agente da própria cura.

Importante ressaltar, que não existem demônios, ou seja, espíritos dedicados eternamente ao mal, e sim, espíritos simples e ignorantes que se encontram em grau diferente de evolução.

A desobsessão tem suas raízes históricas nos trabalhos de exorcismo, onde o procedimento religioso consistia na pura "expulsão" de demônios. Já na desobsessão o afastamento puro e simples do obsessor não existe, pois requer a conscientização, tanto do encarnado como do desencarnado. O tratamento é realizado com as duas partes envolvidas no processo: o obsidiado e o obsessor.

Jesus sempre alertou a todos que não tornassem a pecar. Ele sempre dizia isso, quando afastava espíritos que perturbavam as pessoas, as alertando com relação a própria vigilância, ou seja – Orai e Vigiai. Com base nesse ensinamento, parte importante do tratamento de desobsessão consiste na reforma íntima do obsediado e daqueles que lhe são próximos, sendo todos orientados a rever seus conceitos de vida, seus hábitos e valores morais.

Para isso é fundamental o esclarecimento através do estudo e a constante renovação interior, por intermédio do controle do pensamento e das ações.
O melhor é evitá-la, e o caminho é o auto-conhecimento.

Através do exercício constante da análise de si mesmo, o ser humano passa a se conhecer, colocando parâmetros entre o que pode e o que não pode realizar. Com isso passa a perceber as induções mentais que não se coadunam com seu modo natural de ser. Quando se conhece, se vigia, não aceitando idéias diferentes das suas. Vivendo de acordo com o ensino de Jesus – Orai e Vigiai.

Paulo de Tarso diz: "Tudo me é possível, mas nem tudo me é permitido". Nos alerta através dessas palavras que tudo podemos fazer com o nosso livre arbítrio, mas nem tudo que fazemos se reverterá em nosso proveito espiritual. A sabedoria do espírito é saber discernir entre o que traz felicidade momentânea ou a felicidade eterna. A opção da escolha é sua, não podendo a ninguém imputar culpa posterior.

O Centro é importante para o tratamento da obsessão. O seu ambiente é impregnado de fluidos salutares que influi positivamente na reforma moral tanto do desencarnado como do encarnado. Além disso, os Espíritos de Luz, que ali se encontram presentes, encaminham os necessitados para os Hospitais e Escolas do Astral, esclarecendo-os de sua real situação e orientando-os a mudarem suas atitudes, buscando um caminho mais saudável.

No livro: “Obsessão, O Passe, A Doutrinação”, de Herculano Pires, o autor comenta que o sofrimento é conseqüência de nossa incompreensão da finalidade da vida. É um livro que vale a pena ser lido, para maiores esclarecimentos.

A obsessão se caracteriza pela ação de entidades espirituais inferiores sobre o psiquismo humano, conforme já comentei em textos anteriores, onde abordei o tema obsessão. Relembrando, Kardec distinguiu, em suas pesquisas, três graus do processo obsessivo: obsessão simples, subjugação e fascinação.

No primeiro grau a infestação espiritual atinge a mente causando perturbações mentais, no segundo grau amplia-se aos centros da afetividade e da vontade, afetando os sentimentos e o sistema psicomotor, levando o obsedado a atitudes e gestos estranhos e tiques nervosos e, finalmente no terceiro grau, afeta a própria consciência da vítima, desencadeando processos alucinatórios.

As causas da obsessão decorrem de vários fatores, dos quais os mais freqüentes são os problemas reencarnatórios, tendências viciosas, egoísmo excessivo, ambições desmedidas, aversão a certas pessoas, ódio, sentimentos de vingança, futilidade, vaidade exagerada, apego ao dinheiro e assim por diante. Essas disposições da criatura atraem espíritos afins que a envolvem e são aceitos por ela como companheiros invisíveis. Os espíritos obsessores não são os únicos culpados da obsessão. Geralmente o maior culpado é a vítima.

Na Antigüidade a obsessão era tratada com violência. As práticas do exorcismo, até hoje vigentes no Judaísmo e no Catolicismo, destinam-se a afastar o demônio de maneira agressiva e violenta.

No Espiritismo o método empregado é o da persuasão progressiva do obsessor e do obsedado. É o que se chama de doutrinação, ou seja, esclarecimento de ambos à luz da Doutrina Espírita. Não se usa nenhum ingrediente especial. Emprega-se apenas a prece e a conversação persuasiva. Esclarecido o obsedado, atinge-se o obsessor, que ficam, por assim dizer, vacinados contra novas ocorrências obsessivas.

Na Umbanda, o processo é semelhante, também há doutrinação do obsessor e orientação de reforma íntima para o obsedado, porém trabalha-se com energias mais densas, e o espírito tem mais liberdade para falar. Os caminhos são diferentes, mas levam ao mesmo lugar – à Jesus, ao amor, à caridade, sempre buscando auxiliar o nosso próximo, com mensagens de fortalecimento, de alento e de mudança de hábitos para uma renovação interior.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

ANJOS


Descalça e suja, a garotinha passava as tardes no parque olhando as pessoas passarem. Ela nunca tentava falar, não sorria, não dizia uma única palavra.

Muitas pessoas passavam por ela, mas nenhuma sequer lhe lançava um simples olhar, ninguém parava, inclusive eu. No outro dia, eu decidi voltar ao parque curiosa para ver se a pequena garota ainda estaria lá. Ela estava empoleirada no alto do banco com o olhar mais triste do mundo. Mas, desta vez, eu não pude simplesmente passar ao largo, preocupada somente com meus afazeres. Ao contrário, vi-me caminhando ao encontro dela.

Pelo que todos sabemos, um parque cheio de pessoas estranhas não é um lugar adequado para crianças brincarem sozinhas. Quando me aproximei dela, pude ver que as costas do seu vestido indicavam uma deformidade. Conclui que esta era a razão pela qual as pessoas simplesmente passavam e não faziam esforço algum em se importar com ela. Quando cheguei mais perto a garotinha deliberadamente baixou os olhos para evitar meu olhar. Pude ver o contorno de suas costas mais claramente. Ela era grotescamente corcunda.

Sorri para lhe mostrar que tudo estava bem e que estava lá para ajudar e conversar. Sentei-me ao lado dela e disse um olá. A garota reagiu chocada e balbuciou um "oi" após fixar intensamente meus olhos. Eu sorri e ela timidamente sorriu de volta. Conversamos até o anoitecer e o parque já estava completamente vazio. Todos tinham ido e estávamos sós. Eu perguntei porque a garotinha estava tão triste.

Ela olhou-me e disse: "Porque eu sou diferente".

Respondi-lhe, sorrindo: "Sim, você é".

A garotinha ficou ainda mais triste, dizendo: "Eu sei".

"Garotinha", eu disse, "você me lembra um anjo, doce e inocente".

Ela olhou para mim e sorriu lentamente, levantou-se animada: "De verdade?".

"Sim, querida, você é um pequeno anjo da guarda mandado para olhar todas estas pessoas que passam por aqui.

Ela acenou com a cabeça e disse sorrindo "sim", e com isto abriu suas asas e piscando os olhos falou: "eu sou seu anjo da guarda".

Eu fiquei sem palavras e certa de que estava tendo visões. Ela finalizou, "quando você deixou de pensar unicamente em você, meu trabalho aqui foi realizado".

Imediatamente, levantei-me surpresa e perguntei: "Espere, porque então ninguém mais parou para ajudar um anjo?" Ela olhou para mim e sorriu:

"Você foi a única capaz de me ver" e desapareceu.

Com isto minha vida foi mudada drasticamente. Quando você pensar que está completamente só, lembre-se: seu anjo está sempre tomando conta de você.

O meu estava...

Fale sobre isto para toda pessoa que signifique algo para você...

Como diz a história, todos precisamos de alguém. Cada um de seus amigos é um anjo em sua própria maneira de ser.