terça-feira, 7 de maio de 2013

Responsabilidade dos Médiuns


Uma das mais belas lições ensinadas pela Doutrina Espírita é a caridade para com o próximo! Portanto, temos que ter caridade para com aqueles, que ainda não conheceram ou entenderam a Deus! Muitos se dizem espíritas, mas desconhecem os alicerces dessa maravilhosa doutrina. Não estudam, não buscam compreender os ensinamentos sublimes desse código divino, que é a Doutrina Espírita! Mais do que isso, muitos se dizem espíritas, mas não vivem seus conceitos, tão simples e singelos. Vaidosos e egoístas se acham donos da verdade e vão julgando a todos por aquilo, que nem de longe praticam, mas infelizes aqueles que não respeitarem as leis de Deus! É preciso amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, nunca ameaçando a felicidade e a tranquilidade do seu próximo, respeitando-o sempre!

Quem vai a uma Casa Espírita precisa se conscientizar que entrou em um hospital, para receber tratamento, e não num circo, onde encontrará mágicos e cartomantes que resolverão tudo e lhe dirão seu futuro! O nosso futuro é criado por nós mesmos, e hoje! É o nosso livre arbítrio entrando em ação, constantemente, são nossas escolhas que definem o nosso futuro, busquem o autoconhecimento, com a ajuda de um profissional qualificado, assim como o esclarecimento nos livros ou em cursos para compreender as Leis do Universo! Quem se diz espírita não pode continuar sendo avaro, egoísta, vaidoso, maledicente, orgulhoso, desrespeitoso, rancoroso, desequilibrado sexualmente, entre tantos defeitos bem conhecidos nossos, é preciso se comprometer a realizar uma Reforma Íntima, sem ela, não há mudança, não há crescimento! É preciso disciplina e boa vontade para se amar e se instruir, isso é o que o Plano Maior espera de nós! Bendito seja quem faz tudo pelos seus companheiros de jornada, que precisam de exemplos, infelizes os que enganam e ludibriam, pois todo orientador espiritual é responsável por aquele que atendeu, seja um chefe de uma casa espiritual, seja o médium que nela trabalha! Médium desequilibrado é doente necessitado de exemplo, não de críticas! Melhor olhar para si mesmo, e buscar evoluir todos os dias, do que perder tempo criticando os amigos de trabalho na mediunidade. Um médium, consciente de sua responsabilidade, auxilia e ama, sem criticar!

Um bom espírita fala pouco, mas tem no olhar o carinho e o respeito pelo seu próximo, principalmente, quando esse se encontra em sofrimento e desespero. Nem tudo é obsessão, nem tudo é doença espiritual, muitos são os que sofrem por carência afetiva, ou por desequilíbrios emocionais, por não saberem lidar com situações de conflitos, ou até mesmo de perdas, de emprego, de entes queridos, ou por traições e separações de casais! As Casas Espíritas, que trabalham em nome de Deus, são hospitais para as almas sofridas, que são os assistidos, mas também são escolas, onde os médiuns e os assistidos devem aprender e se prepararem para a vida espiritual. É nela que as pessoas encontram um alento e melhoram educando-se, através da reforma íntima. O médium que não melhora ao participar dos trabalhos em um centro espírita, é infeliz, porque recebeu e viu a luz, mas não quis enxergar, preferindo manter seus olhos cerrados. Dizer-se espírita e não possuir atitudes espíritas é se tornar um falso profeta!

Um Centro Espírita é um Templo Divino para as almas que estão sofrendo, é um hospital para os que estão doentes. Todo trabalhador de uma casa espírita deve se conscientizar de que é um doente da alma e precisa de ajuda e de esclarecimento, para não se tornar um médium desequilibrado. Precisa estudar muito os livros básicos da Doutrina Espírita, ou seja, "O Livro dos Espíritos, "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "O Livro dos Médiuns", todos de Allan Kardec, que são como faróis iluminando o nosso caminho, para que não nos percamos no orgulho! Humildade é o antídoto da arrogância! Importante se faz também, conhecer a vida de Jesus, entendendo as bases do Cristianismo, onde tudo começou, como as coisas aconteceram, as relações entre o poder da época de Jesus para com Ele e seus discípulos, tudo é muito esclarecedor, e perceberemos assim, como a sociedade atual, ainda mantém muitos dos desequilíbrios daquela época.

Como seria perfeito se em todas as Casas Espíritas só existissem pessoas equilibradas, disciplinadas e caridosas, aí então, seria o céu, o paraíso celestial, e não mais um Centro de Caridade, que na verdade é um hospital, onde todos que ali trabalham estão em tratamento. Todos nós somos espíritos em crescimento, engatinhando nos caminhos da Luz, precisamos nos curar, de feridas emocionais, de desvios nos conceitos que acalentamos, de desequilíbrios morais, enraizados em nossa personalidade, por diversos enganos em diversas encarnações. Precisamos de um médico poderoso, que é Jesus e do melhor remédio que Ele nos proporcionou, que é o Seu Evangelho! Trabalhar em um Centro Espírita e nada fazer por ele, ou por si próprio, além de ignorância é puro egoísmo e teimosia.

O médium que deseja um mediunidade gloriosa tem que iniciar a construção do reino de Deus em seu coração, principalmente dando sem nada receber. O verdadeiro espírita estuda, faz trabalhos de caridade, busca a auto-evangelização, através da própria reforma íntima, aproveitando todas as oportunidades para aprender e a ajudar o seu próximo! Não há nada mais triste do que um médium que diz que vê, o que na verdade não vê, que diz que ouve, mas não ouve, que diz que psicografa, mas não psicografa, que diz que tem intuição, mas nada sente, nem intui de verdade, que diz que incorpora, mas apenas encena um papel... Ninguém engana por muito tempo, nem a todo mundo ao mesmo tempo, na hora certa, a verdade se revelará! O médium deve respeitar a Casa Espiritual em que trabalha, sendo um verdadeiro espírita, porque na hora em que ele age mal, os maledicentes falam da Casa aonde ele atua, e não dele apenas, e essa responsabilidade será cobrada um dia! Médium evangelizado nada faz que vá contra a verdade!

Fiquem com Deus!

domingo, 28 de abril de 2013

Refletindo Sobre as Religiões


A origem da palavra Religião vem do latim "religare", que significa religação, portanto, podemos entender que religião é a religação entre o homem e Deus. Independente da origem, o termo religião é adotado para designar qualquer conjunto de crenças e valores que compõem a fé de determinada pessoa, ou um conjunto de pessoas. Cada religião inspira certas normas, motivando diferentes práticas ou rituais para se religarem a Deus.

Há muitos caminhos que nos levam até Jesus, por que criticamos as escolhas dos outros, quando o assunto é religião? É preciso respeitar a escolha da religião do seu próximo! Jesus não condenou ninguém, Ele disse: "Bem-aventurados os misericordiosos" e "Bem-aventurados os pobres de espírito". Onde está a misericórdia, quando atacamos a religião do outro? Quem se julga superior por acreditar que a sua crença é a única, revela-se orgulhoso e vaidoso, bem distante dos pobres de espíritos, que são os humildes. Jesus disse também: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida", feliz do homem que segue o seu caminho, sem atrapalhar o livre arbítrio do outro, que escolheu um outro caminho, principalmente, porque este, a quem se critica, pode estar trilhando um caminho muito mais sublime e divino, do que se possa imaginar...

Qualquer seguidor real de Jesus fala a linguagem do amor, portanto não importa a religião que professe, mas sim, seus atos. Sempre falo aos meus amigos, que há muitos ateus mais próximos de Deus, do que muitos religiosos fanáticos! Digo isso, porque conheço muita gente que não acredita em Deus, mas respeitam o seu próximo, praticam a caridade, são afáveis, sinceros, simples, responsáveis, pacientes, justos, modestos, humildes e indulgentes, além de não serem falsos, não serem ingratos, nem materialistas, nem arrogantes ou vingativos, praticamente, verdadeiros discípulos de Jesus. O que faz um homem bom não é somente a sua fé, mas sim o seu caráter. Os ateus que assim agem têm fé, em si mesmos, e praticam o bem, melhor do que alguns religiosos, que dizem ter fé, mas vivem reclamando de tudo, como se duvidassem, que Deus está por trás de tudo, se sentindo injustiçados, quando sabem que nada acontece por acaso, pois em qualquer situação de sofrimento, há por trás uma necessidade de aprendizado, ou uma necessidade de consertar algum desequilíbrio no Universo, ocasionado por si próprio, não é mesmo? Alguns vivem culpando, acusando e criticando os outros, praticando a maledicência, enfim, mostrando-se orgulhosos por serem dessa ou daquela religião, que consideram a melhor, revelando desrespeito pelo livre arbítrio do outro, sem nenhuma humildade no coração, não é verdade?

A passagem de Mateus, Capítulo X, versículos 34 a 36 nos revela: "Não julgueis que vim trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada. Porque vim separar o filho de seu pai, e a filha de sua mãe, e a nora da sua sogra. E os inimigos do homem serão seus próprios domésticos." Quantos há que infernizam a vida de seus familiares que professam religiões diferentes? Exigem dos filhos, que adotem a mesma fé? Impedindo que frequentem o templo que mais se afinizam, ou até mesmo impedindo-os de praticarem a caridade, invadindo os limites daqueles que deveriam amar e respeitar.

Não devemos impor a nossa religião, nem mesmo aos nossos filhos, quando crianças! Eles são pequenos, mas também possuem seu livre arbítrio! Obrigá-los a seguir nossos passos, apenas os afastam de vocês, e de qualquer credo religioso. Hoje eles nos obedecem, por não terem forças para nos resistir, mas crescerão com raiva de religião, e quando crescidos se afastarão de tudo que diga respeito a Deus! Forçar os filhos a seguirem, essa ou aquela religião, não garante redenção, nem os afasta dos vícios, nem elimina a indiferença a Deus! Uma vida digna, vivida com fé e humildade, com ética e respeito para com todos, educa os filhos no caminho do bem! Ensinamos nossos filhos somente com nossos exemplos, aliás, isso é fato para qualquer processo de educação! "Faça o que eu digo, não faça o que eu faço" é um ditado popular, que reflete uma triste realidade, uma postura autoritária, de uma grande maioria de pais, mas que não garante uma boa educação aos filhos que amamos... A figura dos pais, intransigentes e repressores, é bem mais marcante para os filhos, do que a doce figura de Jesus. Quem quer educar tem que dar exemplo e muito amor! Tem que ser digno, humilde, sincero e ter fé! As crianças aprendem o que observam, seguem o modelo que lhes é apresentado, e são muito espertos, sabem quando os pais são sinceros ou não, coerentes ou não, mesmo bem pequenininhos, a percepção deles é muito boa! Portanto, cuidado com o que estão ensinando a seus filhos, porque o retorno poderá ser doloroso, ainda nessa vida! Hoje eles podem não acompanhá-lo, mas um dia, na hora do aperto, da dificuldade, do sofrimento, aos quais ninguém escapa, seu filho estará amparado por seu exemplo, por sua fé, e ele saberá aonde encontrar forças para superar qualquer situação complexa, seja procurando por você, em que ele confia e se sente amado, seja procurando por Deus!

Falando diretamente aos espíritas, que se sentem atacados por outras religiões, existem também, muitos espíritas, que também atacam outras escolhas de fé! Muitos vivem julgando os outros, enxergando obsessão em toda e qualquer situação, que se revele diferente daquilo que considera correto, será mesmo? Outros não podem ver alguém comendo carne, ou fumando, e já iniciam um sermão de doutrinação, isso está certo? Será isso um comportamento cristão, respeitoso, ou de puro julgamento, carregado de orgulho e vaidade? Qualquer religião imposta pela força, não é de Jesus! Pois Ele nunca usou a força, nem para se defender das imensas injustiças, que Lhe foram impostas! Por que nos sentimos melhores do que Ele, querendo impor nossas crenças aos outros? O livre arbítrio é para todos, não se esqueçam disso! E todos somos filhos do mesmo Pai! Os caminhos de aprendizagem são diversos, mas nem por isso, terão fins diferentes, ou seja, o Amor Incondicional, a Luz e a Paz no coração! Jesus jamais forçou alguém a segui-Lo, quem o fez, o fez por amor! Podemos reprimir atos, mas não crenças, essa é inacessível! O que transforma um homem não são as críticas ou sermões doutrinários, nem mesmo a violência! O que toca o coração do homem são os exemplos de vida, de atos de amor, de caridade, isto é, uma vida baseada na fé raciocinada e no bom senso!

Um dia, quando todas as religiões se respeitarem, perceberão que só há diferenças entre elas, nos rituais e nos dogmas, que se curvam perante o Amor Incondicional de Deus, que é Um só e a todos ama igualmente e incondicionalmente! Os dogmas normalmente são usados para garantir a submissão dos fiéis, e quase sempre, são baseados no medo e na culpa, perante um Deus bravo e punitivo, que é incoerente com a Bondade Divina! Dogmas prendem, não libertam! A verdadeira religião está em nosso coração e em nossa consciência. Uma boa religião desenvolve espíritos críticos, nos levando a compreender a perfeita harmonia do Universo! A boa religião nos religa a Deus, sem medos e culpas, e nela não existem privilégios, nem concessões, simplesmente, porque somos todos iguais perante Deus!

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Conversando sobre a Morte


Inicio pedindo desculpas àqueles que não gostam de textos compridos. Sem dúvida, esse é o maior texto de todos, pois há muito que se falar a respeito da morte, há muitos aspectos que necessitam de reflexão, reflexões essas, fundamentais para obtermos a paz no momento de nosso desencarne, ou para amenizar o sofrimento nos momentos de dor, quando perdemos entes queridos do coração, principalmente, porque não gostamos de falar sobre a morte, e nada pensamos a respeito.

A única certeza que temos nessa vida é com relação ao fato de que vamos morrer. A morte é um fato inegável para todos nós. Sabemos disso, porém, não nos preparamos para esse momento. Nem ao menos buscamos refletir sobre essa ocorrência, não pensamos nem na nossa morte, nem na morte daqueles que amamos. Afinal, o que é a morte? A morte, na verdade, não existe, o que ocorre é uma transformação, onde ninguém vira pó, a não ser o seu corpo físico, que já não lhe serve mais. A vida não acaba num caixão, mas sim, ocorre a libertação do espírito, que vislumbra a sua verdadeira morada. Quem não acredita nisso, não acredita na ressurreição de Jesus. E o que é a ressurreição? É o espírito deixar o corpo físico, sem olhar para trás, ganhando liberdade para continuar evoluindo. Ninguém ignora a morte, apenas a temem. Por que temos tanto medo de um evento natural, previsto em algum momento para todos nós?

O medo vem do desconhecido, da dor, é como se fosse uma doença, que evitamos entrar em contato, como se ela nos contaminasse, como se fizesse mais próxima, mais perigosa, só pelo fato de nos lembrarmos dela. Preferimos então, adiar, deixar para pensar no momento mais adequado, ou seja, na hora, e aí nos encontramos desequilibrados e despreparados para enfrentá-la, seja a nossa própria, seja a de entes amados.

Bem, eu vejo a morte como nascimento, ou melhor, renascimento, à volta para o verdadeiro lar, isto é, ao mundo espiritual, no qual não existe a morte, já que somos espíritos eternos. Nem por isso, vejo a morte sem sofrimento, de forma alguma! É como uma viagem, que na hora da despedida, sabemos que voltaremos a ver as pessoas queridas, mas apesar da alegria, de nos deslocarmos para um passeio divertido, sentimos a separação daqueles que não irão compartilhar conosco a oportunidade de conhecer um novo lugar. Sentimos medo do desconhecido, mas prazer pela nova aventura, então, enfrentamos o medo e a dor da separação, nos predispondo a enfrentar o novo, não é mesmo? Assim acontece com a morte, sabemos que nos encontraremos novamente, mas nem por isso, deixamos de sentir saudades, ou medo pelo desconhecido.

Na verdade, o que importa, é o como nos preparamos para esse momento decisivo - a morte. Como vivemos a vida? Como respeitamos o nosso corpo durante a nossa vida terrena? Como nos relacionamos com as pessoas próximas, nossos amigos, nossos familiares? Que herança nós deixamos? Fomos mais materialistas ou mais espiritualizados? Demos o valor merecido para as pessoas? Deixamos bons exemplos? Provocamos marcas positivas ou cicatrizes doloridas nas pessoas? Um bom exercício é pensar no que gostaríamos que estivesse escrito em nossa lápide: Aqui jaz EU, que fez isso, contribuiu para aquilo, ajudou aqueles, respeitou os outros, etc. Logo em seguida, pensar o quanto estamos afastados de nosso objetivo, daqueles dizeres de nossa linda lápide, replanejando a própria vida, para que a morte possa nos encontrar tranquilos, equilibrados, dignos, sem pendências ou inimigos, sejam eles encarnados ou desencarnados. Enfim, uma consciência tranquila em ter feito o seu melhor! Essa é uma boa maneira de minimizar a dor da morte, aguardando-a em paz!

Pergunte-se, principalmente, se praticaram a caridade! Quem não pratica a caridade, é porque é avaro, e quem é avaro, é porque tem a mão fechada, e quem tem a mão fechada é porque tem o seu coração fechado há muito tempo, e quem tem o coração fechado, não pode sentir a presença de Deus! E Deus, bem como, a fé em Deus, fará muita falta na hora de nossa morte. Muitos gostam de pensar que a caridade é uma palavra amiga, um ouvido paciente, um trabalho mediúnico, e é! Porém, não é só isso! Há a caridade material também, e essa, igualmente, precisa ser praticada! Sempre podemos dividir o que temos, sempre podemos ajudar alguém, materialmente, pois sempre há quem possua menos do que você, mais ainda, há aqueles que não têm o mínimo para sobreviver... Questionem-se sempre: Será que preciso de tantos vestidos? Tantos sapatos? Tantas calças? Tantas camisas? Tanta comida? Será que não possuo nada em excesso, que possa ser mais útil para alguém? Tenho condições de fazer uma cesta básica para uma família necessitada? E depois de pensar e tomar a sua decisão, viva convivendo com a sua própria consciência! Ela falará mais alto ainda na hora de sua morte...

Sabemos que vamos morrer, mas não sabemos quando! Será que nos despedimos das pessoas com carinho e amor, ou as deixamos cheias de ódio e rancor no coração? Quantos sofrem por ter magoado, de bobeira, por orgulho, uma pessoa querida, que se foi sem estar prevista a sua morte? Como planejar uma boa despedida, se não temos data marcada para o evento da morte? Vivendo todos os dias, horas e minutos da vida, sem desrespeitar ninguém, amando e perdoando é um bom início!

Vou falar um pouco dos medos que temos da morte. A separação da alma e do corpo não é dolorosa. O corpo sofre mais durante a vida do que no momento da morte. A alma se liberta com o rompimento dos laços que a mantinha presa ao corpo. A sensação que se experimenta, no momento em que se reconhece no mundo dos espíritos, depende do que se fez durante toda a vida. Se vocês foram bons, sentirão enorme alegria. Se vocês foram maus, sentirão vergonha. Normalmente reencontramos aqueles que partiram antes, se estes já não reencarnaram. A consciência de si mesmo é recobrada aos poucos, passando algum tempo de perturbação e convalescença, cujo tempo de duração varia muito, pois cada caso é um caso, sendo que, quanto maior a elevação do espírito, mais facilmente esse processo se realiza. Compreender o assunto exerce grande influência sobre o tempo de perturbação, mas o que realmente causa alívio é a prática do bem durante a vida, bem como a pureza de consciência adquirida durante a própria jornada.

Todos nós temos Deus em nosso coração! Somos filhos Dele, amados por Ele e criados à Sua Imagem! Na hora de nossa morte, o melhor a fazermos é nos ligarmos a Deus! Pedindo sua ajuda e sua proteção, orando com fé, que imediatamente, perceberemos amigos espirituais a nossa volta, que estão, totalmente, voltados para nos auxiliar nesse momento! Esse é o trabalho deles, eles estão lá, mesmo que não os percebamos, quando nosso coração está distante de Deus, por que Ele não abandona ninguém! Porém, é preciso viver e conviver com Deus, diariamente, esse também é relacionamento que se aprende convivendo, de nada adiantará nos lembrarmos Dele, somente em nossa morte! Não que não seremos ajudados, porque o seremos, sem dúvida, todos são ajudados, sem exceção! Porém, senão soubermos ouvi-Lo em vida, como o conseguiremos na hora de nosso maior desespero?

Muitos consideram que o dinheiro é tudo na vida, vivem para ganhá-lo e gastá-lo com prazeres, porém, mais cedo ou mais tarde, irão se defrontar com a morte. Nessa hora de passagem, deste para o outro mundo, não podem levar nada do que consideram importante, todas as suas coisas de valor material, ou sentimental ficam aqui, nem mesmo levam seus documentos, pois lá, mo mundo real, somos todos iguais perante Deus! Nessa hora, apenas encontraremos nossas contas a pagar! Quanto mais materialista e apegado às coisas materiais, mais difícil é o desencarne, principalmente, quando os familiares iniciam as brigas por partilhas de bens. Muitos dividem entre si, todas as coisas daquele que partiu, logo após o sepultamento, alguns até antes mesmo! Essa atitude gera muito desconforto e sofrimento ao ente que partiu, dificultando, em muito, o trabalho dos técnicos espirituais, que tem a missão de separar nosso corpo físico do espiritual, na hora da morte. Importante ressaltar que se aconselha a dar aos pobres tudo que pertencia ao ente querido, que se foi. Este é um ato nobre, e sem dúvida deve acontecer para o bem de muitos, porém devemos respeito ao dono das coisas, que precisa de um tempo para se desligar do que aqui deixou. Não há um tempo definido como o melhor, até porque, cada caso é um caso, porém, a orientação dos espíritos de luz é que seja feita a doação dos pertences de quem partiu, após, em média, seis meses.

Aconselho a leitura do livro: "Na Hora do Adeus" de Luiz Sérgio, para quem tiver interesse mais profundo sobre a morte. Com as minhas palavras, resumi os aspectos relacionados à morte, que considero primordiais para esclarecimento do tema, porém, de modo algum, esse resumo compreende todo o ensinamento do livro, além do alento que proporciona aos que viveram a perda de entes queridos, portanto, vale a sua leitura!

Conservar os objetos e roupas do desencarnado, por uns seis meses, para somente depois doá-los, demonstra respeito por aquele que se foi. Quem ama e respeita quem se foi não lhe causa dor. Os objetos ficam impregnados dos fluidos de quem os possuía, e só o tempo dissipará suas emanações. A maior parte, dos que se vão, não se encontra totalmente equilibrada, cheios de lembranças e saudades de tudo, por que não lhes dar um tempo para que se habituem ao novo plano espiritual?

Outro aspecto importante para ser abordado é o fato de que muitos acreditam que chorar faz mal àquele que morreu. Isto não é verdade! O choro de revolta, ou as blasfêmias fazem muito mal sim, mas o choro da dor da separação é um bálsamo para aqueles que se vão, além de proporcionar alívio àqueles que sofrem a dor da separação, e aqui ficou. Jamais impeçam alguém de chorar pela morte de alguém querido! As lágrimas são gotas orvalhadas de saudade. Alguém sabe de alguma passagem de Jesus, onde Ele reprovou as lágrimas de alguém? Muitos choraram a sua morte, mas eu não li nada a respeito sobre alguma orientação Dele, solicitando que não chorássemos, por que alguns insistem em dizer que o choro desequilibra o espírito, quando ele balsamiza a dor da perda, assim como de quem se foi? O choro de revolta e as blasfêmias desequilibram muito o espírito na hora do desencarne, mas as lágrimas de saudade balsamizam seu coração! Portanto, chorem e deixem que os familiares chorem, pois como diz o dito popular: o choro lava a alma! É muito errado dizer a quem deseja chorar, que se cale, pois um coração repleto de amor e saudade, jamais fará mal algum a quem partiu! Perder um ente amado dói tanto, demora tanto para a tristeza passar, e as lágrimas refletem o grito de saudade do coração, balsamizando-o!

Jesus disse: "Bem-aventurados os aflitos", com isso, Ele quis dizer que bendito é aquele que mesmo em aflição, encontra forças em Deus, jamais blasfemando contra Ele! Portanto meus amigos, a morte é uma hora de aflição, então chorem, mas sem revolta e sem blasfêmias, que só nos levam ao desequilíbrio! Quem está sofrendo não quer ouvir reprimendas do tipo, obsessões, carmas, débitos, provas e expiações, quem está sofrendo quer ser consolado, com amor! O sofrimento pede amparo! Se você não sabe o que dizer, cale-se! O peixe morre pela boca! A língua é fogo, uma arma deveras perigosa! O homem aprendeu a dominar o mundo, mas não aprendeu a dominar a própria língua! Ela é má, cheia de veneno mortal, a usamos para agradecer a Deus, assim como para maltratar as pessoas, que também são filhas do mesmo Pai!

Na cerimônia de despedida só vá se tiver apreço pelo ser que se foi, vá com o coração cheio de amor, para dedicar muito carinho e amizade pelos familiares, respeitando-os, assim como deve respeitar aquele que se foi, orando em silêncio. Evite conversar, ou mesmo chorar abraçado aos familiares em luto, principalmente, quando eles estão em silêncio, vivendo a própria dor, sem chorar. O abraço faz bem se for um alento, um apoio, um carinho, um suporte emocional, mas não faz bem algum, quando vem como um chamado ao desequilíbrio! Somente as orações aplacam a saudade e fortalecem a alma. A oração é um potente remédio!

Outro fato, que muito mal faz a quem está em processo de desligamento do corpo físico, é com relação à postura dos amigos, e, infelizmente, até de alguns familiares, na hora da cerimônia de despedida. Refiro-me as conversas no velório, muitos contam piadas, outros paqueram, outros se vestem como se fossem a uma festa, para se insinuar e competir em beleza e desfilar modelitos novos, outros são maledicentes falando da pessoa, que ainda está lá, presente em espírito, que a tudo sente e se magoa profundamente, ou se revolta, também dificultando o trabalho dos técnicos espirituais que trabalham pelo seu desligamento. Respeito acima de tudo, sempre! Principalmente na hora da morte, afinal, todos nós passaremos por isso! Somente a prece sincera, vinda do coração e associada a uma grande fé, tem o poder de amenizar, tanto a dor do desencarnado, quanto a dor de saudade dos que perderam um ente querido!

Ressalto também, que não é respeitoso ficar comentando, no velório, ou na hora do enterro, sobre como a sua morte ocorreu, porque isso faz muito mal àquele que partiu. Para ele, é como reviver novamente um momento nada agradável. Pensem comigo, quando passamos algo, que não foi bom, queremos falar nisso a todo instante, ou desejamos esquecer? O mesmo acontece com quem desencarna, é um momento em que ele precisa de oração, paz e tranquilidade, e de forma alguma, precisa se lembrar do choque do desligamento físico, principalmente, quando esse foi trágico e chocante! Controlem a curiosidade, que em nada fará diferença em suas vidas, deixem para serem curiosos, em uma ocasião mais oportuna. O desencarnado deseja paz, e liberdade, para poder buscar uma vida cheia de esperanças e de felicidade! A capela não é um local de bate-papo, nem uma oportunidade de reencontrar amigos e familiares, que não vemos a muito tempo, muito menos de festa! Eu pergunto: será que estamos preparados para o adeus?

De tudo, o mais importante é ter respeito pela vontade verbalizada, quando em vida, da pessoa que parte para a verdadeira vida! Se ele não gosta de velas, nada de velas em seu velório! Se ele não gosta de flores, nada de flores cobrindo o seu corpo no caixão! Cubra o corpo, apenas com um lençol! Se ele deseja essa ou aquela oração, façam o que ele desejou, quando em vida! Se ele desejou um padre, um pastor, ou um diretor de um centro espírita, que se faça a sua vontade! Respeito acima de tudo! O que realmente importa é um ambiente tranquilo, com muita oração, vinda do coração, e nada de conversas fora de hora, muito menos, comentários maledicentes, intimidades expostas sobre a pessoa que se foi, quando ela deseja esquecer, críticas sobre seu comportamento moral, julgamentos de atitudes tomadas, ou detalhes trágicos de sua vida, ou de sua morte, porque o desencarnado sente, ouve e sofre, sem, nem ao menos, poder se defender, isto é, no mínimo, desumano, vocês não acham?

Criem um ambiente de paz, amor e respeito. Procurem colocar uma música clássica, que além de abafar o barulho, transmite paz e propicia um ambiente de meditação, estimulando a necessidade do silêncio e da oração, tão necessárias nesse momento de mudança de plano! As capelas são locais imantados de lágrimas e de dores, por isso precisamos adotar uma atitude digna, quando levamos alguém ao túmulo. É o momento de despedida, é a hora da verdade. Os ditos mortos precisam somente de paz, silêncio, respeito e oração! Hoje são eles que se vão, amanhã seremos nós, impreterivelmente!

O melhor remédio para amenizar a saudade de entes queridos é a prática da caridade para com o próximo! Já o remorso nos corrói pela cobrança que fazemos a nós mesmos, por não termos feito isso ou aquilo, ou termos dito uma grosseria, ou termos feito mal aquele que se foi, por isso, precisamos nos preocupar em amarmos muito e agirmos sempre no bem, para que o sofrimento da perda, não se acentue por problemas de consciência, principalmente, por aqueles que poderiam ter sido evitados! Como é triste o sentimento de culpa na hora da despedida, onde pensamos: Por que não me dediquei mais? Por que não disse quanto eu amava? Por que não tive mais paciência? Por que me irritei tanto? Por que não aproveitei mais nosso tempo juntos? A dor é inenarrável!

Quando presenciamos alguém, vivendo esse momento doloroso, temos a tendência de querer ajudar, mas atenção, para ajudar é preciso aprender! Muito cuidado ao tentarem ajudar alguém, que acabou de perder um ente amado, melhor calar, do que falar besteiras, um abraço é muito mais salutar do que palavras de cobrança, do tipo: você tem que reagir! Cada um sabe a dor que corrói seu coração, então apoie, ame e ore! O silêncio é sábio, vale ouro! O silêncio fala mais ao coração, do que palavras vazias, e mais ainda, do que cobranças, críticas, questionamentos, julgamentos, que são inadequados sempre! Imaginem como são bizarros, quando numa hora de dor e de perda. Respeitem o choro dos que perderam alguém, mesmo quando esse for muito desequilibrado, pois pode ser um choro de remorso, salutar para uma mudança interior...

Para ter um desencarne tranquilo, basta que, em vida, façamos muitas coisas boas, tenhamos atitudes, sentimentos e pensamentos positivos, mantendo a nossa fé fortalecida, além de fazermos muita caridade! Lembre-se que o bem que praticamos, pouco a pouco, elimina nossas imperfeições, nos limpando das manchas da culpa, do arrependimento de nossas faltas pretéritas. Feliz aquele que tem fé em Deus e ajuda seu próximo, principalmente, aos mais pobres e necessitados.

Por que não pensamos na morte? Pensamos somente em juntar mais dinheiro e ter mais poder? Não existe dinheiro ou poder que evite a doença fatal ou a morte segura, pelo menos eu ainda não vi nenhuma notícia a respeito! Não é preciso ter fé ou religião para acreditar na imortalidade do espírito! Basta apalpar o próprio corpo, e perceberemos que temos órgãos internos, sangue correndo nas veias, mas não o conhecemos totalmente, nem mesmo os doutores mais especializados! Por que alguns sentem que tem pleno poder sobre o seu corpo, que ele obedece a sua própria vontade, que possui o controle total sobre ele, quando não conseguem, nem ao menos, controlar a vontade de ir ao banheiro, ou a necessidade de se alimentar e de beber água, constantemente? Estar encarnado significa oportunidade de evolução! De que adianta vivermos, se nos esquecemos de nossos compromissos pessoais para conosco, para com aqueles que amamos e para com a sociedade em que vivemos? Muita ignorância e perda de tempo, não?

Que em nosso momento de despedida deste plano, possamos ter somente lembranças boas, tanto de bons acontecimentos, quanto das boas ações que praticamos em vida, lembranças das atitudes dignas que tivemos, para que a nossa consciência possa estar tranquila e em paz! Amém!

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Formas Pensamentos ou Amebas


Formas Pensamentos ou Amebas nada mais são do que pensamentos ou crenças que aceitamos e acreditamos como verdadeiros. Essas formas pensamentos, que criamos com nossas crenças, ficam presas ao nosso redor e nos influenciam fortemente.

Temos a tendência de não nos amarmos e, por consequência, acreditamos que os outros jamais gostarão de quem somos realmente, portanto temos muito medo de sermos verdadeiros, de mostrarmos ao mundo quem somos de verdade. Dessa forma, desenvolvemos crenças e regras para cumprirmos, no intuito de sermos aceitos e amados pelos outros. Acreditamos que não somos bons o suficiente para sermos admirados, criamos uma personalidade ideal, que se plasma ao nosso redor, como amebas ou formas pensamentos. Elas atrapalham sobremaneira nossa paz interior, pois elas nada mais são do que aquela voz interior, que escutamos diariamente, quando dialogamos conosco mesmo. Elas nos lembram como agir, nos revelam o que é "certo" ou "errado", criando um padrão de comportamento, muito distante de nosso verdadeiro Eu. Passamos então, a nos julgarmos constantemente, o mais preocupante é que esses julgamentos, normalmente, são baseados em crenças distorcidas da realidade, mas que nós mesmos as geramos e as fortalecemos.

Quando acreditamos num mundo duro e triste, geramos formas pensamentos negativas em nossa volta, atraindo exatamente aquilo que acreditamos, ou seja, na força do mal, na maldade. Duvidamos de todos, por princípio, nos defendendo e nos protegendo de um mal ilusório, que vai se tornando cada vez mais real, pelo simples fato de lhes darmos força, com nosso poder de plasmar energias negativas ao nosso redor.

Assim como temos o poder de criar essas amebas, temos também o poder de destruí-las e recriá-las! Podemos reverter esse processo, controlando nossos pensamentos negativos, acreditando na força do bem! Dessa forma, mudamos nossa forma de agir e pensar, atraindo pessoas boas ao nosso redor. Igualmente afastamos as pessoas más, ou elas também se modificam por influência direta de nossa mudança interior.

Precisamos ver a vida de maneira mais positiva, cheia de ótimas oportunidades de crescimento, assim atrairemos experiências mais felizes para nós, lembrando que podemos aprender por amor, e não, necessariamente, pela dor. É uma simples questão de escolha interior. Faz-se necessário, que reflitamos, constantemente, sobre nossas crenças e valores para avaliarmos se elas nos fazem bem ou mal. Eliminando os pensamentos destrutivos, revertendo em pensamentos de fé e esperança! Simples, não?

Todos nós já erramos muito, nesta ou em outra vida, fizemos escolhas erradas, dolorosas, mas isso não quer dizer que somos efetivamente pessoas más. Temos várias oportunidades de fazermos escolhas diferentes, todos os dias, portanto, por que não escolher nos livramos de velhos padrões e condicionamentos, que não combinam mais conosco? Temos a eternidade para evoluirmos e buscarmos a lucidez de boas escolhas, por que deixar para amanhã, o que pode ser feito hoje?

Existe um ditado popular que diz: "Nada é tão ruim, que não possa ficar pior!" e é verdade! Mas também poderia se dizer: "Nada é tão bom, que não possa ficar melhor!" É só uma questão de crença, do que se acredita! Experimente! Comece hoje a pensar diferente, aliás, comece agora! E você verá um verdadeiro milagre ocorrer em sua vida! Quase todos que dizem ter fé, tem fé pela metade, ficam com um olho fechado e outro aberto, acreditam, mas querem ter certeza, controlando melhor a situação, porém se esquecem de que acreditam na força do mal, e ele, inevitavelmente, ocorrerá! Acredite na força do bem, acredite na Bondade Divina, que não pune, apenas respeita as Leis do Universo. Realmente quem fez o mal, receberá o mal de volta, mas aqueles que pensam no mal, também o atraem! Podemos responder por nossos erros com amor, não, necessariamente, pela dor, por que escolhemos errado e culpamos a Deus ou aos outros por isso? Experimente só uma vez, e se não der certo, desista, mas eu garanto que uma mudança maravilhosa acontecerá em sua vida. Não tenha mais medo, não duvide mais das pessoas, acredite que você é feliz e que seu dia será maravilhoso!

Quando acreditamos no mal, damos força a ele. Quando acreditamos no bem, não somente damos força a ele, como atraímos energias boas ao nosso redor, criando uma cúpula protetora, que nenhum mal pode nos atingir! Faça uma experiência e seja mais feliz! Você não só beneficiará a você, como todos a sua volta! Ame-se e seja feliz! Visualize o bem, crie formas pensamentos positivas e deixe o resto para Deus!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Amor-Próprio


Amor-próprio é muito confundido com egoísmo. Importante esclarecer essa confusão.

Egoísmo é querer que os outros ficassem a nossa disposição, realizando coisas para nós, do nosso jeito. É querer tudo para si, em detrimento da vontade ou da necessidade dos outros.

Amor-próprio é se amar, é ter amor por si mesmo, é colocar-se em primeiro lugar, é posicionar-se a favor de si próprio, é tomar posse de si mesmo. É ser franco e ter opinião própria. É saber dizer "não", quando assim o desejar, sem permitir que os outros decidam a sua vida, sem deixar que os outros passem por cima de sua vontade. Enfim, é ser assertivo, se posicionando com educação, sem invadir o espaço do outro e sem se deixar invadir.

Quando fazemos o que os outros desejam, naturalmente, esperamos que eles façam o mesmo, ou seja, que eles façam aquilo que esperamos e desejamos. Quando isso não acontece, nos irritamos, exigimos retorno, ou nos magoamos, nos frustramos, acreditando termos sido enganados, quando na verdade, iniciamos o processo de negociação de nossa vida, de maneira errada, isto é, não agimos como gostaríamos de agir, mas sim, agimos como os outros esperam. Temos mania de tentar agradar a todo mundo para sermos recompensados, e o pior, é que muitas vezes deixamos de fazer o que gostaríamos para agradar alguém, e quando não agradamos, passamos a nos sentir incompreendidos, injustiçados, nos colocando na postura de vítimas. Na verdade somos responsáveis pelas consequências de nossas decisões equivocadas.

Precisamos ouvir o nosso coração e sentir o que realmente desejamos para nós mesmos, dessa forma, não ficaremos mais esperando que os outros satisfaçam as nossas necessidades. O pior de tudo é que fazemos tanto o que esperam de nós, agradamos tanto aos outros, que acabamos por desconhecer completamente, nossos reais e mais profundos desejos. Quando nos propomos a conhecer o que realmente desejamos e esperamos da vida, passamos por um processo bem demorado e difícil, pois de tanto repetirmos o que é esperado, ou o que acreditamos que os outros gostariam de ouvir, nos esquecemos de quem realmente somos e o que desejamos de verdade. Esse problema é derivado de nossa cultura, pois, socialmente, espera-se que nós pensemos, em primeiro lugar, nos outros, antes do que em nós mesmos! Como fazer alguém feliz, quando não somos felizes? Pior, como fazer alguém feliz, se nós esperamos que ele nos faça felizes?

Amor-próprio é não se preocupar com as críticas e julgamentos alheios, é ter vontade e desejos próprios, ciente de que não agradaremos todo mundo, mas, infelizmente, o nosso sentimento de estarmos bem conosco mesmos, não nos basta! Quando temos medo de expressar nossos sentimentos mais verdadeiros, com a desculpa de sermos educados e adequados aos costumes vigentes, nos perdemos, pois de tanto concordar com tudo e com todos, nos afastamos do nosso verdadeiro Eu. Amor próprio é assumir o seu livre arbítrio, permitindo que os outros assumam os deles. Cada um tem a sua verdade, e quando vivemos baseados nas verdades alheias ao nosso coração, perdemos contato com a nossa verdade, com a nossa real essência.

As pessoas que tem dificuldade de se posicionar na vida, de dizerem "não" aos outros, acabam por cometer um deslize muito pior, que é a mentira. Nem sempre conseguimos atender a tudo que nos solicitam, logo começamos a mentir em pequenas coisas, do tipo, desculpe-me por eu não ir a sua festa, mas tenho que trabalhar a noite; desculpe-me por eu não poder ajudar em seu bazar beneficente, porque minha filha está doente; desculpe-me por eu não te acompanhar na palestra, porque estou doente; pedimos que digam, ao telefone, que não estamos em casa, quando estamos, e não queremos atender, para evitar falarmos algum assunto delicado, que não queremos enfrentar; dizemos que vamos fazer algo para alguém, que pode contar comigo, para depois dizer que não deu tempo, e ainda assim, adiamos o problema, dizendo que faremos no final de semana, sabendo que isso não é a verdade! E por aí vai, são tantas pequenas mentiras, que nos acostumamos a mentir, ficamos experientes nisso! Tanto, que acabamos de acreditar em muitas mentiras que falamos, de tanto que as falamos, e é por isso mesmo, que nos afastamos da nossa verdade...

A consequência dessas atitudes contrárias à nossa essência é terrível, pois ficamos negativistas. Passamos a reclamar do mundo, das pessoas e isso é muito desagradável, pensem comigo, quem gosta de quem vive reclamando de tudo? Pior que isso, atraímos situações ruins em nossa vida, pois pensamentos negativos atraem experiências negativas! Passamos a nos sentir vítimas, com pena de nós mesmos, quando na verdade, somos os únicos responsáveis pelo que nos acontece...

Comecem a se olhar com mais ternura e compreensão, ouçam o próprio coração! Percebam todas as qualidades que possuem, se apropriem delas, ao mesmo tempo em que também avaliem seus defeitos e busquem melhorá-los, um pouquinho a cada dia. A autoaceitação é excelente para se olhar a si mesmo, para se autoconhecer e se desenvolver o amor-próprio. Amor-próprio não quer dizer ficar convencido, pois o convencido se acha melhor do que os outros! Não somos melhores, nem piores do que ninguém. Cada um é cada um, único no Universo, com uma missão importante a ser efetivada, levando o tempo que levar. São escolhas, escolha o melhor para você, se ame, desenvolva o amo-próprio e você será muito mais feliz, contaminando, com sua felicidade, todos a sua volta! Pense nisso, busque a sua autoestima, desenvolva o amor-próprio, e depois estará pronto para amar ao próximo, e ser feliz!

domingo, 14 de abril de 2013

O Grande Valor Das Pequenas Boas Ações


O valor das coisas é, normalmente, invertido e incompreendido, quando estamos voltados para aquilo que é considerado importante em nosso mundo atual, por ser ele extremamente materialista. Aspectos desimportantes da vida são extremamente valorizados, enquanto aspectos importantíssimos são desprezados pela maioria. Por exemplo, valoriza-se muito a grife da roupa que o outro está vestindo, por revelar poder, classe, riqueza, bom gosto, além de muito destaque, sendo interessante escolher essas pessoas para seu convívio mais íntimo, na intenção de aproveitar o embalo, e ser visto junto com elas, para também ser considerado especial, já que a pessoa valorizada, com uma grife que veste, permite e aprova a sua companhia. Isso é muito valorizado e perseguido por muitos, incluindo cargos de poder e destaque, carros e celulares de última geração, moradia em bairros nobres, bem como ser visto em restaurantes e bares da moda, só frequentados por aqueles que podem e merecem! Porém, quase ninguém se preocupa com o caráter dessas pessoas, se são íntegros, respeitosos, honestos, inclusive nem se questiona, se que o que eles possuem foi realmente conquistado com o suor de seu trabalho, ou se foi através de intrigas, ou até por furtos ou negociações ilícitas... O pior é que alguns, até possuem conhecimento de suas falcatruas, mas se fazem de desentendidos ou cegos para poderem desfrutar de sua companhia famosa, quando não se convertem em cúmplices em seus atos escusos. Triste essa realidade, não?

Em função desse quadro deprimente, muitos se julgam sem valor algum, sem direito a nada, o que não é verdade perante as Leis Divinas, pois o Pai, que a tudo vê, e que tudo sabe, é Justo! Alguns acreditam Nele e se predispõem a seguir o Seu Caminho, mas muitos desistem por se sentirem impotentes para mudar nosso mundo. Eu pergunto: Deus quer que mudemos o mundo ou a nós mesmos? Ele nunca pediu atos de heroísmo para com o mundo, mas Ele espera pequenos atos heroicos individuais, ou seja, que vençamos, de maneira sublime, pequenos desafios em nossa vida íntima, pequenos atos de bondade para com nossos familiares e amigos, pequenas renúncias frente a pequenas contendas em nosso viver diário. É nesta luta que Ele espera a nossa vitória!

Vamos pensar no valor de uma moeda, é ínfimo, não? O que podemos comprar com apenas uma moeda, ainda que seja do seu mais alto valor? Poucas coisas, não? Porém, um montante de dinheiro capaz de comprar uma casa é feito da junção de muitas moedas de pouco valor... Precisamos de anos, às vezes, para juntar o dinheiro necessário para comprarmos uma casa, porém, se não juntarmos, jamais a teremos... O mesmo acontece com as nossas pequenas boas ações. Sozinhas, elas nada representam, mas muitas pequenas boas ações reunidas em uma só pessoa, a tornam valorosa perante Deus! É isso que Ele espera de nós, nenhum milagre, nenhum grande esforço, mas sim, muitos pequenos esforços, aqueles que somos capazes de realizar!

Nossos desafios e sofrimentos representam pequenos testemunhos que podemos dar ao longo de nossa vida. Isolados podem parecer de pouco valor, mas que acumulados, nos tornam dignos! Quanto mais acumularmos pequenas boas ações em nossa vida, mais fortes e dignos nos tornaremos, portanto muito mais capazes de seguir o Caminho de Luz que Jesus nos convidou há mais de dois milênios... Hoje somos mais capazes de realizar coisas boas, do que éramos há séculos atrás... Cada pequena boa ação tem um valor inestimável em nosso caráter e em nosso espírito, fazendo com que a cada boa ação, nós acumulemos mais fibra e mais força para podermos realizar cada vez mais, coisas que hoje nos parecem quase impossíveis, como por exemplo, a bondade de perdoar um assassino! Hoje conseguimos perdoar só os nossos filhos, daqui a alguns anos conseguiremos perdoar nossos pais também, talvez até o fim de nossa vida, conseguiremos perdoar alguns amigos. Existe a possibilidade de perdoarmos os estranhos só daqui há 4 encarnações, mas e daí? Temos a eternidade para conseguirmos esse feito! Então, daqui há 20 encarnações conseguiremos perdoar nossos inimigos, mas o que realmente importa é acumularmos pequenas boas ações já! Não perdermos nenhuma oportunidade de aprender, como se fizéssemos uma poupança para nós mesmos no futuro, ou para o aproveitamento de nossos filhos. Se nos preocupamos em guardar dinheiro por sermos previdentes, financeiramente, conosco e com nossos filhos, por que não nos preocuparmos também com o nosso tesouro espiritual?

Toda e qualquer boa ação, por mais ínfima que seja, é contada a nosso favor ao retornarmos para a Casa do Pai, se sabemos que somos incapazes de realizar algumas boas ações, que consideramos muito difíceis, por que não realizar milhares de pequenas boas ações mais fáceis? Imaginem assim: quando desculpo alguém que está de mau humor e relevo, vale uma moeda, quando fizer isso 1000 vezes terei R$1.000,00. Quando perdoo uma agressão verbal, vale 100 moedas, logo precisarei fazer isso somente 10 vezes para ter os mesmos R$1.000,00. Quando perdoar a calúnia, a difamação, a traição, valerá R$1.000.000,00, ou seja, terei com uma única atitude, mais do que poderia imaginar!!! É assim que funciona a nossa conta com Deus!!! Acumularemos o máximo de boas ações que pudermos, e no final teremos um tesouro inestimável para apresentar ao Nosso Pai, o que acham? Vale a pena? Eu já estou até investindo na Bolsa de Valores Das Boas Ações... pois esse caminho me dará a riqueza, muito mais valorosa, do que todos os bens materiais que eu possa conseguir juntar em minha vida inteira!

Muitos querem realizar missões maiores do que seus passos podem alcançar, pois eu penso que mais valem uns milhões de pequenas boas ações de sucesso, com o coração limpo e leve, do que uma grande e valorosa missão na qual posso falhar... Antes de ir à faculdade, todos precisam passar no vestibular. Imaginem o vestibular, sendo o teste de todas as pequenas boas ações praticadas em sua vida, só depois dessa vitória, é que estaremos prontos para vitórias maiores!

Na parábola dos talentos Jesus deixou claro que todo aquele que for fiel no pouco, Deus o constituirá de muitas coisas sublimes. "Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância, mas ao que não te, até o que tem lhe será tirado. E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes." Os talentos são nossas disposições para multiplicar nossas pequenas boas ações! Não é para multiplicar a riqueza, muito menos para obter a riqueza a custa do sofrimento alheio, mas sim para multiplicarmos as boas ações aos mais necessitados, de dinheiro e de amor!

sábado, 13 de abril de 2013

Felicidade X Sofrimento


Começo falando sobre o paradoxo da Felicidade. O que é felicidade? No dicionário está que é sorte, ventura e êxito, o que nos leva a outras questões: sorte aonde, ventura em que, êxito no que? Como vivemos num mundo material, não há como negar que entendemos como sorte: um destino feliz, cheio de acontecimentos positivos e favoráveis. Entendemos como ventura: fortuna próspera e entendemos como êxito: triunfo e sucesso. Essas definições também estão no dicionário! E são todas bem materialistas e pouco amorosas! Com certeza, vocês estão pensando: sim é verdade tudo isso, mas também desejamos sorte no amor, ou seja, desejamos amarmos e sermos amados pela pessoa que amamos, e o êxito seria um casamento feliz! Ou ainda, sorte em sermos saudáveis, ventura em termos filhos saudáveis e êxito na possibilidade de, com saúde, podermos trabalhar...

Se vocês concordaram até agora, eu levanto algumas questões para reflexão:
Por que tem tanta gente saudável, casada e com bom emprego, que deseja o marido ou a esposa do outro, o cargo do chefe, ou a casa e o carro do vizinho?
Por que tem tanta gente saudável, com bom emprego e se casa com alguém só porque é rico e bonito?
Por que tem tanta gente com excelente emprego, boa casa, bom carro, bom casamento, saúde e reclama da empresa aonde trabalha?
Por que tem tanto milionário que morre de overdose?
Por que tem tanta gente linda e rica, que se suicida?
Por que tem tanta gente casada, por amor, e feliz, e mesmo assim, um dos dois se entrega ao prazer de uma aventura?
As perguntas são infinitas, mas o que gostaria de trazer à tona para reflexão, é que, no fundo, queremos beleza, fama, poder, dinheiro, saúde e amor, nessa ordem... Muitos pensam que sem beleza, fama, poder, dinheiro e saúde não seremos amados, a mídia reforça isso. Melhor mulher bonita do que inteligente. Melhor fama do que não ser notado, ou seja, ser invisível e desconhecido, a competição é constante, queremos ser o melhor! Melhor o poder para mandar do que ser fraco e obedecer, serei ridicularizado! Melhor parecer ser rico, do que saberem que devo no banco, não me alimento direito, mas tenho roupa da moda! Saúde é sorte, pois Deus é que decide quem tem saúde, ou não, quando sabemos dos milhares de abusos na alimentação, noites mal dormidas, uso de drogas permitidas, sem falar nas pesadas e proibidas!

O que gostaria de levantar, como tema de discussão, é simples, todos nós queremos ser felizes, isso é um fato real e indiscutível, mas que felicidade nós buscamos? A do prazer, a da riqueza, a da beleza ou a singela felicidade do estar vivo simplesmente, do amor, da amizade, de um encontro na calçada para uma cerveja e um bom papo, do sorriso de uma criança, de rir à toa, de ajudar uma pessoa menos afortunada? Essa resposta é diferente para cada um de nós, e somente nós sabemos o que está em nosso íntimo! Apenas gostaria que vocês se perguntassem se realmente buscam a felicidade, ou já se consideram felizes, e qual o tipo de felicidade que procuram. Reflitam se já não são felizes, ou apenas não o percebem?

Muitos reclamam que foram humilhados, outros que foram enganados, outros traídos, outros roubados, outros que trabalham muito, que não conseguem comprar uma casa, um carro, outros que estão com um pequeno distúrbio de saúde, outros porque não são compreendidos ou amados como desejariam, enfim, muitas reclamações, conhecidas por todos nós, ou porque as fazemos, ou porque ouvimos alguém reclamar... Mas a questão importante é: Sou feliz? Sou grato? Mereço tudo o que tenho? Esforcei-me por conquistar tudo o que tenho, ou fui agraciado pela sorte, ou por herança, ou por benção de Deus? Felicidade é relativo, e é um estado interno de gratidão, é um processo e não um fim! Ficamos felizes em programar uma viagem, ou uma festa, seja ela qual for, e somos felizes por esse processo, não seremos felizes só na viagem, ou na festa, não é mesmo? Até porque, muitas vezes, a viagem ou a festa nem sempre são tão boas assim, mas fomos felizes no processo de planejamento, não? Por que queremos que seja diferente na vida? Serei feliz quando... serei feliz se... seria feliz se o outro... A verdade é que temos milhões de motivos para sermos felizes já! E nem percebemos... porque estamos com o pensamento no futuro, geralmente preocupados com questões mais materiais do que espirituais, e não no presente ou no passado, valorizando nossas conquistas, que foram muitas, com certeza!

Amigos, pergunte-se a si mesmo, qual a felicidade que buscam? A felicidade da verdade e do bem, ou a felicidade do orgulhoso, vaidoso e materialista? Felicidade é se amar, é ser coerente com seus princípios, é ter paz no coração e a consciência limpa!!! Independe do outro!!!

Precisamos nos preocupar em sermos menos exigentes e controladores, respeitando a vontade dos outros, mais do que a nossa, acreditando na Lei do Amor e da Justiça, que regulam as relações, sob o amparo de Nosso Pai Maior! Sem acreditar nisso, sofreremos muito, pois que buscaremos a nossa felicidade dentro dos padrões materiais humanos, desprezando os conceitos divinos da fraternidade e do amor universal! Precisamos cuidar de não sermos muito ambiciosos, passando por cima dos outros para obtermos o que desejamos, pois ninguém é feliz em cima da infelicidade de outra pessoa! Devemos fugir da omissão, quando vemos o mal exercendo o seu poder sobre os mais fracos, principalmente nos eximirmos de levar vantagens, com a desculpa de que se não aproveitarmos a "oportunidade", outros a aproveitarão! Necessário refletir na hora do prazer, em que o nosso raciocínio se tolda, com desculpas esfarrapadas, sabendo que estamos magoando alguém! Buscando esses equilíbrios em todas as nossas decisões e ações é que trilharemos o caminho da felicidade, na verdade, já estaremos vivendo a verdadeira felicidade, aprendendo, sem sofrer, a ser uma pessoa melhor! Porém, muitos de nós escolhemos outro caminho e acreditam que um momento de prazer, vale muito a pena. Deus só sente muito, e sofre por nós, porque será pela dor, que aprenderemos que ninguém será feliz, enquanto não se preocupar com a felicidade de todos ao redor!

O sofrimento é a oportunidade que temos de corrigir erros do passado, sem reclamar! Felicidade é ajudar aos outros a serem felizes, é levar um pouco de alegria aonde só exista a dor! Nossos atos de bondade serão contados em nosso favor, quando na hora de nosso desligamento terreno, porém, eles nos levam ao êxtase da felicidade, no momento imediato em que os praticamos, e tenho certeza, de que todos nós já sentimos isso, alguma vez na vida! Agora, levar vantagens sobre os outros, nunca trouxe felicidade para ninguém, a não ser momentos de alegria, que se obscurecem com o peso da consciência ou com o medo e a preocupação constante de serem descobertos e expostos! Sem dúvida, ser bom nesse mundo atual não é tarefa das mais fáceis, e gera algum desconforto e sofrimento, porém passageiros, pois que, com a consciência tranquila, nossa dor nos enobrece o espírito! Ventura aliada ao mal é ilusão passageira, onde o final é a dor e o vazio que encontraremos, inexoravelmente! O egoísta, o mesquinho, o malvado, o vingativo podem até sentir certo prazer, mas será moderado, perto das dores e dos sofrimentos que terão que viver, para devolver ao Universo o equilíbrio que abalaram com a suas inconsequências...

Termino minha reflexão com um pedaço do texto - "Se Alguém Te Ferir Na Face Direita", do Evangelho Segundo o Espiritismo, escrito por Allan Kardec: "...Jesus não proibiu a defesa, mas condenou a vingança. Dizendo-nos, para oferecer uma face quando formos batidos na outra, disse, por outras palavras, que não devemos retribuir o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que tende a reduzir-lhe o orgulho; que é mais glorioso para ele ser ferido que ferir; suportar pacientemente uma injustiça que cometê-la; que mais vale ser enganado que enganar, ser arruinado que arruinar os outros... A fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa o mal impune, é a única que nos pode dar força de suportar, pacientemente, os atentados aos nossos interesses e ao nosso amor próprio. Eis por que vos dizemos incessantemente: voltai os vossos olhos para o futuro; quanto mais vos elevardes, pelo pensamento, acima da vida material, menos sereis feridos pelas coisas da Terra."

Que Jesus abençoe a todos nós! Que possamos ver, sentir e viver a felicidade de maneira diferente, encarando o sofrimento também de forma mais tranquila, acalmando nossos corações, para continuarmos trilhando o caminho da Luz!

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A Verdadeira Consolação


Venho falar sobre um tema muito polêmico, complexo mesmo, pois que é muito mal compreendido pela maioria das pessoas, incluindo os espíritas de modo geral. Gostaria de abrir questões meio obscurecidas por diversas distorções humanas, sobre a verdadeira essência da consolação, o que realmente quer dizer, ou melhor, o que realmente Jesus quis nos falar sobre a consolação.

Deus é Pai Amoroso, Misericordioso, Bondoso e Justo! Nisso todos concordamos, mas a questão polêmica é: como Deus pode ser tudo isso, e proporcionar o castigo, a punição, sendo incoerente, falando de amor? Por exemplo, quando alguém é traído, logo as pessoas falam: você está recebendo de volta o que fez... é seu carma, aceite sem reclamar... Fazem isto no intuito de consolar! Todos nós já sentimos alguma dor de sofrimento, seja ele qual for, em sã consciência, quem de nós, na hora que se está sentindo a dor da alma, quer ouvir que está pagando pelo que fez? Queremos ser consolados e consolo significa apoio, amor, compreensão. Dor é dor, e só quem está sentindo é que sabe o tamanho de sua intensidade! Nesse momento, um abraço forte e caloroso ajuda mais do que palavras vazias, ou pior, de cobranças, não é mesmo? Por que acreditamos que estamos consolando, dizendo que é castigo ou punição, pior ainda, que Deus está te castigando ou te punindo? No mínimo, é um ato desumano...

Deus nos dá muitas oportunidades, todos os dias, de aprendermos a sermos melhores, através do amor, da reflexão, da compreensão, da caridade, do perdão e não punição através da dor... O amor lava todos os nossos pecados, esse é o lema de Deus! O que quero dizer com isso é que não precisamos matar quem nos matou em outra vida, seria um círculo vicioso sem fim... Deus quer que aprendamos a sermos melhores, viemos a esse mundo para amar muito, compreender aqueles que ainda não podem entender o amor ao próximo, e não nos vingarmos, com a desculpa de que fomos magoados... Deus nos dá uma nova oportunidade de nos reencontrarmos com nossos inimigos, não para nos vingarmos dele, mas sim para nos redimirmos, nos entendermos com ele, eliminar as desavenças, enfim, para nos amarmos incondicionalmente. Se todos pensassem assim e amássemos uns aos outros, o mundo seria muito diferente do que é hoje... O amor constrói, ilumina, une, não cobra, não pune, não se vinga...

Quem está sofrendo precisa de amor, de consolação, no seu sentido mais amplo, e não de esclarecimento teórico de como as coisas funcionam... Consolação é amparar aquele que sofre, dando apoio, amor, um abraço, uma oração sincera, senão é melhor ficar calado!

Cada caso é um caso, sabemos disso, mas existem muitas histórias, em diversos livros espíritas, que a moral da história, a mensagem que o Espírito de Luz quer passar é a de que reclamamos da vida, quando fomos agraciados pelo Amor de Deus. Não me lembro da história com a fidedignidade justa, nem a encontrei para transcrevê-la integralmente aqui para vocês, mas a história me marcou profundamente, e sua essência está límpida e clara em meu coração, e ela ilustra exatamente o que gostaria de reforçar aqui. A história é mais ou menos assim: "Havia um homem que era exatamente o que se pode chamar de bom, em todos os sentidos, não praticava nenhum mal, era honesto, íntegro, bom marido, bom filho, bom pai, bom trabalhador. Todos gostavam muito dele, sabiam que podiam contar com ele para tudo, desde dinheiro, até uma doação física, num problema de saúde, ou qualquer questão em que precisasse de uma força de alguém, desde cuidar de um filho para um amigo, até ajudar a construir uma laje... Ele estava sempre disponível para tudo e a todos, só não ajudava, quando não podia, mas dava um jeito de contribuir de alguma forma, ouvia com amor e sempre tinha uma palavra amiga. Fazia seu trabalho com perfeição, sem competir ou ofender ninguém, sem querer aparecer ou humilhar ninguém! Era humilde e amoroso, caridoso e paciente, sempre tinha algo de bom para dizer, todos o amavam e o admiravam. Ah, esqueci-me de dizer que ele era cristão, ia a igreja todos os domingos e auxiliava em todos os trabalhos de caridade aos mais necessitados!(Percebam que ele não era espírita!) Num belo dia ele sofreu um grave acidente em seu trabalho e perdeu a mão... todos ficaram horrorizados com aquilo, e falavam: como Deus permitiu acontecer isso com um homem tão bom? Pior... Como Deus tirou a mão dele e não tirou a mão daquele fulano, que tanto mal faz as pessoas? (O fulano também é um filho de Deus!) Quando ele desencarnou, os Espíritos de Luz explicaram para ele, que ele havia provocado a perda dos dois braços de um amigo, e que ele mesmo pedira para passar pela mesma prova, por ter se arrependido muito daquele maldade que ele praticou... Porém, como ele havia sido bom, Deus diminuiu a sua prova, e em vez de lhe tirar os dois braços, permitiu que ele apenas perdesse uma mão..."

Não é linda essa história? Não sei se é verídica, mas como toda fábula, encerra um aprendizado moral, e é desse aprendizado que quero falar. Não foi Deus que o puniu, ele mesmo acreditou que só se redimiria, se sofresse o mesmo mal que praticou, mesmo assim, Deus diminuiu a sua prova, pela vida amorosa que teve. O amor lava muitos pecados, senão todos! Devemos aprender através do amor, mas temos o livre arbítrio de aprender pela dor... são escolhas... NOSSAS e não de Deus! Mais que isso, se alguém escolheu aprender pela dor, nós temos que praticar a caridade e não o julgamento, portanto precisamos aplacar a dor alheia, e não espezinhar e pisotear nossos irmãos em sofrimento, vocês não acham?

O espiritismo é o Consolador que Jesus nos prometeu e avisou que receberíamos, e ele é um caminho de amor e de esperança, não um caminho de dor, de cobrança ou de punição, vocês concordam comigo? Jesus disse: "Bem aventurados os aflitos", mas Ele não quis dizer com isso, que a dor é a própria felicidade, ou o caminho que leva à felicidade. Ele tentou nos mostrar que aquele, mesmo quando em sofrimento, que não perde a sua fé, não se revolta, pelo contrário, buscam em Deus forças para os momentos mais difíceis, são felizes, pois conseguem suportar com coragem, o que seria impossível sem Ele. Não me refiro aos problemas corriqueiros do dia a dia, normais para nosso crescimento e amadurecimento humanos, mas sim daqueles problemas insolúveis, tais como uma doença grave ou a perda de um ente querido, para essas dores, só Deus pode nos ajudar! Felizes aqueles que acreditam Nele nesses momentos difíceis, pois só Ele para nos amparar e nos curar!

Deus está presente em todos os lugares, Ele é Onipresente, jamais esquece um filho ou o abandona. Se algum deles se encontra em uma zona de sofrimento na espiritualidade, por exemplo, Ele só está esperando ser chamado, não invade o livre arbítrio de Seu Filho, que não O deseja ou O rejeita! Ele sofre com o sofrimento do seu filho, envia outros filhos para que orem por ele, e aguarda ser aceito, e quando isso ocorre, imediatamente, esse filho querido é ajudado! Pensem comigo, como pais, não fazemos o mesmo? Avisamos um filho que ele não deve ir a um lugar, que não é bom, mas não ficamos marcando guarda na frente do lugar, impedindo a sua passagem. Ou, avisamos que ele não deve se casar com alguém, que não será feliz, mas não falamos nada na hora do casamento em que o padre fala: alguém tem algo contra? Vocês estão rindo, mas concordam que funciona assim, quando respeitamos o nosso filho em suas péssimas escolhas? Por que Deus faria diferente de nós, se Ele é muito superior a todos nós juntos? Repito: são escolhas, mas não é nada agradável para nós, reconhecermos que escolhemos sofrer, quando poderíamos escolher amar, muito mais fácil e mais gostoso, mas amar ao inimigo, é tarefa que leva séculos, por que nos cobramos tanto? Por que cobramos a Deus?

Nossa parte é amar e consolar! Consolar a todos que nos rodeiam, sejam familiares ou amigos, ou qualquer pessoa que precise do nosso auxílio, ainda que desconhecida... ou deixamos uma pessoa no chão, que foi atropelada na nossa frente? Não, provavelmente falamos para ela que ela não olhou para atravessar... Falamos ao motoqueiro tombado ao chão, que ele foi descuidado... Amigos, que em todas as situações dolorosas tenhamos sempre uma palavra de amor e consolação para dar, porém, quando não soubermos o que dizer, melhor calar e orar, abraçar e chorar junto, mas jamais dar lições de moral, essa é a verdadeira consolação que Jesus nos pediu. Vamos praticar da melhor maneira que nos for possível! Precisamos amar, amar e amar, e depois de muito amar, amar mais! É difícil, mas não é impossível, vamos tentar? Que Jesus nos abençoe em todas as nossas ações e intenções!

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Responsabilidade Dos Pais Terrenos


Todos sabemos que vivemos num mundo, basicamente, material. Os seres humanos se preocupam mais em TER, ou seja, possuir dinheiro, riqueza, casas enormes, objetos de decoração valiosos, carros ultra modernos, vestimentas em excesso, perfumes em exagero, sapatos em profusão, vários cartões de crédito, fama, poder, um corpo jovem e escultural, um cargo executivo poderoso, de alto escalão, saciar todas as suas paixões, possuir uma família perfeita e linda e muitos amigos para mostrar tudo o que conquistaram, enfim egoístas e calculistas, sempre ponderando os proveitos e as perdas de cada ação generosa que pratiquem, isso quando a fazem... Infelizmente, poucos se preocupam em SER, ser mais amoroso, fiel, justo, bom, misericordioso, comprometido, útil, indulgente, puro, humano, benevolente, respeitoso, sincero, fervoroso, autocrítico, sábio, caridoso, bondoso, humilde, ético, enfim um homem de bem, que coloca o bem acima do mal, que tem fé em Deus e no futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais!

Os materialistas acreditam estar acima de Deus, se é que Ele existe para eles. Preocupam-se muito com as coisas mundanas e praticamente nada com as verdades espirituais. Buscam adiar a velhice, acreditando poder vencer a morte, e que a morte é o nada, o fim. Realmente acreditam que têm direito a tudo e que são os escolhidos para serem felizes, não se importando com aqueles menos sortudos, que nem sequer tem o que comer ou vestir. Se acham superiores a tudo, muitas vezes, até acima da lei e da justiça humana. Mais cedo ou mais tarde, terão que enfrentar a mais pura verdade, ou seja, que são espíritos eternos, que estão aqui para aprender e crescer, e perderam muitas oportunidades para evoluir e amenizar suas antigas faltas, quando, na pior das hipóteses, acumulam mais dívidas para com o Pai Maior, na medida em que ferem e pisoteiam em seus irmãos, e terão que colher os frutos amargos de suas ações. Triste realidade! Porém, há uma realidade ainda pior, a dos pais, que assumiram a responsabilidade de educar alguns espíritos, aceitando-os como filhos, para amá-los e orientá-los no caminho da luz! Muitos erram com o próprio exemplo que dão aos filhos, preocupando-se mais com a aparência, do que com as coisas relativas ao coração.

Quem mais se perde nesse mundo materialista são as crianças e os adolescentes, que ainda imaturos, sem o amparo amoroso dos pais, crescem desconhecendo as verdades espirituais, muitas vezes, nem ao menos sabendo rezar, para pedir ajuda, quando em sofrimento. Esses estão totalmente perdidos, acreditando só naquilo que lhes foi mostrado, ou seja, pelos próprios pais, pela mídia, tal qual a TV, a Internet, o IPhone, o Ipod, o Ipad, os jogos eletrônicos, todos estimulando também, apenas as coisas materiais, o consumismo, o poder, a competição, o sexo, nada de espiritualidade ou de Deus... Esta sim é a mais triste das realidades! Pois bombardeados com tanta informação e sem o alicerce da oração e dos conceitos espirituais, cometem os mais absurdos desatinos. Expostos a sensualidade, antes da formação adequada, tanto física, quanto mental, cometem muitas loucuras, viciando-se em drogas, cada vez mais poderosas e se envolvendo sexualmente, sem ter condições, muitos chegam ao suicídio, consciente ou inconsciente, porque não acreditam que exista mais nada além daquilo que vêem e sentem, e não têm condições de enfrentar o mais simples dos problemas comuns em nossa vida. Tudo porque não foram preparados adequadamente para a vida, pelos seus pais, que em vez de amor e espiritualidade, os encheram de produtos eletrônicos e dinheiro para que diminuíssem o peso de suas consciências. Santa ilusão!

Atualmente, os pais parecem desejarem que seus filhos cresçam logo, para não lhes darem mais problemas e se eximirem da responsabilidade de lhes educar, o que lhes parece um peso imenso. Não querem orientar e disciplinar os filhos para a vida. Não percebem que os filhos, ainda crianças e muito jovens, só pensam em sexo e nos prazeres que a vida pode lhes proporcionar. O mundo corre a mil por hora e nessa correria, eles nada desejam perder, caindo muitas vezes no vício e na libertinagem. Soube de um caso, através da leitura de um livro: "Na Hora do Adeus", ditado pelo espírito Luiz Sérgio, que uma menina de 11 anos se suicidou, porque acreditava estar grávida! O pior de tudo é que ela nem ainda tinha menstruado... Pura falta de conversa com os pais, junto com uma excessiva liberdade para poder brincar de sexo com os amiguinhos. Claro que essas brincadeiras sexuais foram estimuladas em sua mente ainda jovem, por ter acesso a muitas cenas de sensualidade, tanto na TV, quanto na Internet, sem nenhuma condição de análise mais efetiva, do que é certo ou errado, e do que é real ou irreal, muito deprimente, não?

Que os pais se apropriem de sua responsabilidade em orientar e disciplinar seus filhos para a vida, tanto a material, quanto a espiritual, pois essa é a sua maior responsabilidade, e ainda que não acreditem em consequências, elas chegarão, às vezes, ainda nessa própria vida material, pois os filhos amorosos, doces e ingênuos, quando pequenos, se transformam em verdadeiros tiranos dos próprios pais, quando mais adultos. Que todos possam acordar enquanto há tempo, para reverem seus objetivos e ações. Cuidar e orientar um filho não é tarefa fácil, pelo contrário, é bastante árdua, porém, pior serão os efeitos da apatia e da passividade assumidos frente à tarefa que devem executar, com amor! Que a luz e o amor se façam presentes em todos os corações, especialmente nos corações daqueles que são pais!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Proteção Espiritual - Aura

O imã apenas consegue atrair o ferro, não atrai mais nenhum material, nem pedra, nem madeira, nem papel ou vidro. Assim também ocorre com as influências espirituais, elas só têm poder sobre os espíritos e as pessoas que se afinizam em sentimentos com eles, por isso é tão importante o orar e vigiar para nos protegermos de ataques espirituais.

Quando estamos indecisos, aborrecidos e de mau humor nos sintonizamos com espíritos negativos, que conseguem facilmente nos influenciar, dificultando a nossa vida, através de inspirações pessimistas. Os espíritos de luz não nos abandonam e até nos ajudam, mas, muitas vezes, não conseguimos captar as suas inspirações.

Quando estamos felizes, de bem com a vida, esperançosos e com fé nos sintonizamos com espíritos de luz, que também conseguem facilmente nos influenciar beneficamente, já os espíritos endurecidos, ainda que o desejem e tentem, não têm qualquer influência sobre nós, pois estamos protegidos por bons pensamentos e bons sentimentos.

É importante ressaltar que fazer o bem nos trás alegria e harmonia no coração, já fazer o mal nos torna angustiados e ansiosos, sempre com medo da represália ou de ser descoberto. A divergência de sentimentos é o nosso próprio escudo, um espírito pode querer nos agredir, mas ele sentirá um choque energético que o jogará para longe de nós, se não estivermos em sintonia. Quando estamos bem e felizes estamos protegidos, o problema é que no dia a dia, costumamos nos preocupar com besteiras, sofrendo por antecipação, além dos sentimentos de medo, culpas e remorsos, que são como imãs atraindo os metais, que seriam os espíritos ignorantes.

Um dos problemas mais comuns de conexão obsessiva é a nossa impaciência em conseguir as coisas, sejam elas materiais ou emocionais, nos irritamos por pouco, já os espíritos endurecidos são pacientes, muito perseverantes e esperam tranquilamente nosso desequilíbrio, pois conhecem, com profundidade a alma humana. Cabe a nós, trabalharmos o nosso equilíbrio constantemente, sem nos deixar abalar por pequenos distúrbios, corriqueiros em nosso dia a dia.

Todo médium possui um espírito que o protege, tanto o médium bom, quanto o ruim, apenas o que se diferencia entre eles é a qualidade do guardião. Um espírito mau ajuda e protege o médium mau, ambos acreditam que o mal não tem retorno, e se isso acontecer, depois pensarão nisso, porém, o depois chega um dia, e terão que responder pelos seus atos cruéis e desrespeitosos.

Além do espírito protetor, todos nós, médiuns ou não, contamos com um escudo protetor, que é a nossa aura. A aura é um halo energético que corresponde a natureza de quem está envolvido por ela, ela consiste no conjunto das irradiações do nosso corpo físico e do nosso perispírito, correspondendo ao grau evolutivo de cada um de nós. A aura é pura energia em movimentação, que se expande no contorno do corpo, refletindo nossa saúde, nossos sentimentos, nossas virtudes e nossos vícios. A cor da aura é alterada de acordo com a evolução espiritual de cada um. Cada má ação, fica registrada como uma mancha em nossa aura, abrindo buracos, que facilitam a interferência dos espíritos negativos em nossa vida. Problemas de saúde também afetam diretamente a aura, exatamente no ponto em que se encontram os órgãos afetados.

Jesus disse: "Orai e Vigiai", a oração nos conecta com os espíritos superiores e o vigiai está diretamente ligado aos nossos pensamentos e sentimentos, pois a conduta mental positiva saneia o ambiente a nossa volta, nos protegendo da sintonia com os pensamentos de baixo padrão vibratório. E essa é a mais poderosa proteção espiritual que possuímos!


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ajuda Divina


O poder e as conquistas materiais são ilusórios e transitórios, já a essência do nosso ser é eterna, portanto passível de evolução constante! Idolatrar a beleza e se especializar nas artes da sedução é tempo perdido, pois o corpo é perecível e nossa alma se desnudará, mais cedo ou mais tarde. A glória e o sucesso terreno são enganosos, não devemos perder tempo com eles, mas sim nos preocuparmos com o que realmente vale a pena, a evolução de nosso espírito, que é eterno!

Jesus disse: "Porque aquele que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á." (Mateus 16:25)

É melhor ser enganado do que enganar... Enriquecer às custas dos outros é caminho seguro para sofrer no futuro... Quem é enganado sofre por um tempo, mas depois esquece, principalmente se perdoa, porém, quem engana jamais esquece, não fica tranquilo, nem encontra paz no coração, seu sofrimento se inicia exatamente neste ponto... O homem de bem, aos olhos do mundo, será sempre um perdedor, pois nesse mundo em que vivemos, o poder, a beleza e a riqueza são muito valorizados, vivemos num mundo mesquinho e injusto, mas somos guiados pelo Pai Maior, que a tudo vê e conhece, e Ele é bondoso, misericordioso e justo!

A vigilância superior está sempre a postos e conhece sempre os nossos mais íntimos desejos e intenções. Por isso, cada caso é um caso e não devemos julgar, porque nós não conhecemos o que vai no íntimo dos outros, às vezes, nem ao menos conhecemos o que vai em nosso próprio íntimo, não é mesmo?

Bondoso é todo aquele que pratica uma ação boa. Maldoso é todo aquele que pratica uma ação má. Aqui na Terra, ninguém é totalmente maldoso, todos têm, ainda que pequenas, práticas de ações boas, assim como são raras as pessoas totalmente bondosas, ou seja, que nunca fizeram nenhum ato mau...

Vivemos muitas vidas, e as vezes, adotamos atitudes que põem em desequilíbrio a harmonia da vida e do Universo. Quando compreendemos isso, desejamos melhorar e então, escolhemos situações que nos colocam frente a frente às pessoas que desarmonizamos, magoamos, ferimos, enganamos, como oportunidade de devolver o que tiramos da vida. Dessa forma devolvemos o equilíbrio ao Universo, que desarmonizamos em uma outra vida. Esse processo é natural, não devendo ser permeado por culpas. Ninguém erra porque quer, mas sim, por ignorância, acreditando no momento ser o melhor a ser feito. Para consertar um erro é preciso realizar uma ação positiva, que é mais eficaz, do que a paralisia da culpa. Arrepender-se é diferente de culpar-se. O arrependimento leva a uma ação positiva de consertar o que estragou, já a culpa nos faz ficarmos olhando para o estrago, sem nada fazer, sendo improdutivo.

Quando estamos sofrendo costumamos nos sentir vítimas e quando erramos sentimos culpa. Dois sentimentos improdutivos, que nenhum bem faz a ninguém, nem aos outros, nem a si próprio. A Bondade Divina permite que esqueçamos nessa vida, o que fizemos de errado em outra, nos dando a chance de consertamos, sem culpas, mas também, com justiça, sem algozes ou vítimas. É preciso ver o sofrimento como uma oportunidade de ajeitar o que destruímos, como também uma oportunidade de aprendermos com nosso sofrimento. Isso não quer dizer que quem nos está magoando é correto, mas sim, que fomos atraídos à situação, por merecimento e oportunidade de crescimento, sendo que a pessoa que nos faz sofrer, também será atraída, no momento adequado ao seu crescimento, para viver a mesma situação, como resgate e aprendizado, não necessariamente conosco mesmo. O perdão nos liberta desse círculo vicioso!

Imaginem que estão cursando a 5a série com um grande amigo. Vocês se adoram, brincam juntos, vão às aulas e estudam juntos. Um dia decidem colar numa prova, juntos! Os dois são pegos! São advertidos e tiram zero, ambos com dificuldades no aprendizado, portanto com poucas chances de passar de ano... Ambos possuem as mesmas chances de se encontrarem no ano que vem, na mesma série, e isso ocorrerá, se decidirem a mesma coisa, ou seja, não estudar e continuarem colando... estarão unidos hoje e no ano que vem. Porém, se um dos dois investir em seu estudo, passará de ano e vocês se separarão. Ambos encontrarão outros amigos, que estarão vibrando nas mesmas emoções, pois nos aproximamos por afinidades. Isto quer dizer, que ambos encontrarão amigos que não gostam de estudar e preferem burlar as regras, colando, ambos irão colar novamente? Depende de cada um, de suas escolhas, podendo não colar e estimular os novos amigos a não colar também e a estudarem, ou poderão corromper outros a colarem também. Pensem, a professora que deu um zero e reprovou esse aluno é ruim? Ou está dando uma oportunidade da criança aprender? Ela irá repetir o ano, enquanto não aprender. Assim é a vida, sempre temos escolhas, e sempre somos atraídos para perto de quem pode nos ensinar algo.

sábado, 30 de março de 2013

Benefícios do Autoconhecimento


Servir a Deus de forma útil é estudar e praticar seus ensinamentos de uma forma mais livre e consciente, menos arraigada a dogmas e a fatos históricos, porém mais próximos das necessidades do ser humano. Uma das necessidades do ser humano é o autoconhecimento, somente quem se conhece bem, seus pendores, seus instintos e seus próprios sentimentos é que se encontra apto a compreender-se e a transformar-se, aproveitando todas as lições que a vida lhe apresente. Compreendendo-se o homem pode ser feliz e evitar o sofrimento. Coincidências não existem, tudo acontece como tem que acontecer, e sempre é para o nosso bem, ainda que não possamos compreender, de imediato. Observemos a vida, com atenção, e perceberemos a lógica e a Mão de Deus em tudo, sempre sábio e amoroso, visando nosso crescimento espiritual.

O sofrimento existe e faz parte da vida, e é através dele que nos aproximamos de Deus, contudo, não é esta a única possibilidade, ou o único caminho possível, para evoluirmos espiritualmente. Aprendemos com o sofrimento porque ainda somos ignorantes para compreender os desígnios de Deus e para perceber que podemos optar por caminhos menos dolorosos, para evoluirmos. Não é o sofrimento que nos aproxima de Deus, mas sim, o aprendizado que tiramos do sofrimento, ou seja, de alguma forma, conseguimos transformar a dor em nosso próprio benefício, porém, como já disse, essa não é a única opção possível.

Podemos aprender a transformar nossas imperfeições movidos pelo amor, e não apenas pela dor. Mais dificuldade temos em entender isso, quando vimos as crianças sofrerem, pois pensamos, ingenuamente, que elas nada fizeram para merecer o padecimento que vivem, nos esquecendo de que a aparência pode ser infantil, mas o espírito já viveu muitas vidas, portanto, é bem mais velho.

Pensemos no sofrimento frente às doenças. A enfermidade começa na alma e se cristaliza no físico. A doença nos mostra que algo não está bem na alma, que há um desequilíbrio em nossas atitudes, apontando um caminho para nosso restabelecimento, não somente do físico, mas, principalmente, no plano espiritual. Sentimentos como a tristeza, o rancor, o ódio, a culpa, a mágoa, o ressentimento fazem parte da vida, e adoecem a alma. Podemos perceber, claramente, que há uma ligação direta entre a enfermidade e os conflitos internos que porventura se instalem em nossos corações. Por exemplo, muita raiva guardada dentro de si mesmo, provoca doenças no fígado. Quem não expressa seus desafetos, não tendo coragem em verbalizar seus sentimentos de raiva, acabam prejudicando o próprio fígado. Com isso não quero dizer, que devemos sair por aí agredindo à todos que nos ofendam, temos sim, que agir com discernimento e respeito, sem invadir a vida dos outros. Precisamos aprender a perdoar e a respeitar os outros. Não se domina um sentimento negativo, fingindo que ele não existe, dessa forma, apenas mascaramos nosso sentimento, que fica latente e reprimido, quando deveria ser compreendido e externado. Não basta aceitar, é preciso compreender.

Pessoas solitárias, tristes, carentes, que se sentiram abandonadas e/ou rejeitadas apresentam problemas respiratórios mais ou menos graves, afetando diretamente os próprios pulmões, pois perderam a vontade de viver, de inalar a vida, através do impedimento em inalar o ar em seus pulmões. Quando sentimos inveja, temos perfeita clareza do que, e de quem invejamos, mas senão aceitarmos esse fato, não conseguiremos evoluir espiritualmente, nem lidar com esses sentimentos não saudáveis e, provavelmente, ficaremos doentes. Precisamos aceitar que estamos com inveja e lidar com isso, visando nosso crescimento interior. Quando não lidamos com esse sentimento, nos escondemos atrás de uma máscara muito perigosa, a da crítica, que é mais aceita socialmente, sendo que a inveja é feia e reprovável por todos. Por que sinto inveja é o que preciso pensar, aceitar e aprender a conviver com esse sentimento, e não negá-lo. Entender o porquê sentimos inveja, nos leva a compreensão de um sentimento negativo que temos em relação a nós mesmos. Precisamos entender que acreditamos que não somos capazes de fazer algo, nos sentimos incapazes de fazer determinada coisa, e isto não é saudável, porque todos nós temos a mesma capacidade para fazer qualquer coisa que queiramos, mas precisamos acreditar nisso! Acreditar em nossa própria competência e em nossa capacidade de fazer o que quisermos, e direcionarmos a nossa energia em prol desse desenvolvimento, não gastando energia em invejar os outros e criticá-los, não seria mais inteligente?

Aceitar um sentimento negativo próprio, é o primeiro passo para perceber que ele nos faz mal, assim como a todos que convivem conosco, nos gerando uma grande força interior para poder mudar isso! Quando o sentimento é negativo em relação a outra pessoa, precisamos ser sinceros com o nosso ofensor, e não revidar a ofensa. É preciso ser claro no quanto nos magoou e assim, darmos oportunidade para que o outro possa se rever, pois acreditem, muitas ofensas são inocentes, ou seja, nem sempre o outro tinha uma intenção direta em nos magoar, mas sim em atingir um objetivo próprio, sem perceber, que estaria magoando alguém! Comunicação é tudo! Reflitam honestamente, quantas vezes, vocês mesmos, magoaram alguém sem querer? Se você conseguiu enxergar isso e se desculpar foi bom, mas quando não... a tristeza é imensa, fora o desenvolvimento da culpa, que nos martela a consciência, sempre que vivemos uma situação parecida, não é verdade?

Precisamos expressar, de maneira saudável, todo e qualquer sentimento negativo que sintamos, não só a raiva, como também a mágoa, a tristeza, nossos medos e inseguranças. É preciso assumir nosso sentimento, para poder lidar com ele, só assim, entenderemos os porquês, e poderemos modificar nosso modo de agir e de sentir, conseguindo assim, atingir o equilíbrio físico, livre de doenças, bem como, eliminar o sentimento negativo, dominando-o e tornando-nos pessoas melhores.

Vocês podem achar tudo isso muito complexo e difícil de ser realizado, mas se observarmos bem, veremos que a vida é realmente muito simples, nós é que complicamos as coisas e as relações. Com amor e compreensão podemos minimizar muitos sofrimentos, para isso basta que nos conheçamos intimamente e busquemos conhecer e entender os outros também, sem maldade e/ou vingança, apenas com amor, respeito, compreensão e com a maravilhosa capacidade de perdoar. Experimentem, vocês não irão se arrepender! Nos conhecer, verdadeiramente, é o maior e melhor presente que podemos nos dar a nós mesmos!


terça-feira, 19 de março de 2013

Pagar o Mal Com o Bem


Não devemos guardar mágoas, ódio ou raiva de ninguém, pois a mágoa só faz mal a nós mesmos, gerando muito sofrimento repetitivo, pois ficamos remoendo a nossa dor, ininterruptamente, fazendo com que revivamos uma situação dolorosa, sem necessidade, e pior, sem alívio no coração, ou sequer encontrando uma solução para a questão. Além disso, adquirimos sérias complicações físicas, que se transformam em doenças malignas. Buda disse que sentir raiva é como segurar um carvão incandescente, com a intenção de atirá-lo em alguém, queimando a quem o está segurando. Pura verdade! É necessário controlar, com muita força de vontade, esses sentimentos negativos, e o perdão é o melhor remédio!

Precisamos aproveitar o nosso tempo aqui na Terra, praticando o bem, pensando no bem e sentindo o bem, pois dessa forma, viveremos mais leves e felizes, literalmente, de bem com a vida! Não é fácil, mas não é impossível! Esse é o caminho que nos leva a Jesus! Jesus disse: "Perdoai não somente sete vezes, mas setenta vezes sete vezes!" Ele também nos pediu que nos amássemos uns aos outros, deixando o segredo da felicidade, bem explícito, pois não é retribuindo o mal, que seremos felizes, e sim, retribuindo o bem a quem nos fez mal. Se todos resolvessem se vingar, nunca sairíamos do primitivismo da Idade da Pedra... Graças a algumas magnânimas almas nobres, que deixaram marcas de bondade por onde passaram que, aos poucos, com seus valorosos exemplos, fomos aprendendo, que há mais alegria em se fazer o bem, do que em se fazer o mal. Hoje nos horrorizamos com muitos atos cruéis, que em tempos pretéritos, não só achávamos normais e rotineiros presenciá-los, como também os praticávamos... Somos infinitamente melhores do que ontem, e estamos cientes de que podemos galgar mundos muito mais felizes e tranquilos do que o nosso, lugares onde o bem impera sobre o mal. Lugares ainda, onde só reine o bem! Cada um de nós tem o poder de transformar a baixa densidade de nosso Planeta, responsabilizando-se pelo seu pedacinho, ou seja, se transformando, e, consequentemente, influenciando os que nos rodeiam, a também vivenciar a alegria de somente sentir, pensar e agir no bem!

Deus, em sua Sabedoria Infinita, utiliza-se da própria maldade que cada ser humano contém dentro de si mesmo, para que cada um, ao seu tempo, aprenda com os próprios erros. Quem somos nós, para fazermos diferente? Porque nos arvoramos em juízes daqueles que nos fizeram mal, se verbalizamos possuirmos fé? Que fé é essa, que duvida da Justiça Divina, que a tudo vê, analisando com critérios não só amorosos, como também justos, em cada mínima intenção, que se agasalhe em nosso coração? Sim, porque muitos não chegam a fazer o mal, por pura falta de oportunidade, mas o desejam imensamente, dentro dos próprios corações, chegando a vibrar de alegrias, quando tragédias caem sobre as cabeças de seus inimigos! Quanta ignorância, pois esse sentimento gera um magnetismo, que voltará, irrevogavelmente, de volta para si mesmo! Somos juízes, réus e jurados de nós mesmos, e de mais ninguém, essa é a estratégia utilizada pelo nosso Pai Maior! Podemos fugir da responsabilidade perante o mundo inteiro, mas jamais escaparemos de nosso próprio julgamento, dentro de nossas consciências! Porque perdermos tempo em dar palpite no julgamento alheio, se não seremos ouvidos? Apenas aumentaremos as nossas mazelas... Eu pergunto, vale a pena? Vamos redirecionar a nossa energia para o bem, pois esse sim será contado a nosso favor! O Amor Universal varre muitos erros e muitas culpas, e é muito mais prazeroso fazer o bem, do que praticar o mal. Todos sabem disso! Ficar entre amigos, curtindo a vida, é bom demais, melhor do que ficar sozinho remoendo mágoas e ódios contra nossos agressores... Sabemos disso! Mas deixamos o nosso orgulho falar mais alto do que o nosso coração, e somente nós, perdemos... Pensem nisso!

Só o bem nos protege do mal. Praticando o bem, formamos, ao nosso redor, um escudo magnético protetor, no qual nenhum mal é capaz de ultrapassar. Tudo o que pensamos ou sentimos, seja o bem seja o mal, marca nosso perispírito, e esse nos pertence agora, e nos acompanhará no plano espiritual, portanto, saibamos escolher, com propriedade e sabedoria, o melhor para nós mesmos! Lembrando, que é pela intenção, mais do que pelo ato em si, que somos premiados ou punidos pela Lei Universal do Amor! Sim, pois muitas vezes, agimos sem pensar, por impulso, para logo em seguida, cairmos no arrependimento de nossas loucuras, o que é muito mais perdoável, do que ruminar, por dias, ou meses até, um pensamento negativo ou um sentimento malévolo. E é somente através do sentimento amoroso, acalentado em nossos corações, que encontraremos a Verdade Divina e compreenderemos Deus!

Que Jesus abençoe as nossas mais nobres intenções, e que, a partir de hoje, só tenhamos pensamentos e sentimentos de amor! Que as nossas boas ações, e a nossa imensa capacidade em perdoar, nos acompanhe hoje e sempre, instigando a muitos, que nos acompanhem também, e, estes, por sua vez, hasteiem conosco, a mais bela bandeira, a Bandeira do Amor Universal! Nosso maravilhoso e belo Planeta Azul agradece!

segunda-feira, 18 de março de 2013

A Roupagem Espiritual


Aqui na Terra, nos preocupamos muito com a nossa apresentação pessoal, de certa forma, há uma cobrança social, para que prestemos muita atenção à aparência física. Queremos ser desejados, valorizados e bem vistos por todos. Preocupamo-nos em sermos esbeltos e bonitos, de preferência o mais belo possível. Para isso, nos utilizamos da ciência, através das mais diversas técnicas de cirurgias plásticas, da lipoaspiração, de exercícios físicos com aparelhos sofisticados, além de medicamentos para emagrecer e/ou desenvolver fortes músculos, sem abrirmos mão dos cremes contra rugas, gorduras, celulites, estrias, manchas ou qualquer flacidez. Como se não bastasse tudo isso, recorremos à maquiagem, esmaltes, perfumes, constantes cortes modernos de cabelos, além das tinturas para garantir um maravilhoso tom de cabelo, sem falar nas pranchas e alisamentos dos fios, ou nos permanentes, que garantem lindos cachos e ondulações em nossa cabeleira, enfim nos esmeramos em nos especializar na utilização de cada um dos produtos citados... Porém, não ficamos totalmente satisfeitos, ainda precisamos estar na moda! Portanto, compramos roupas e acessórios, muito além do que necessitamos para nos vestir adequadamente, sem falar nos preços exorbitantes que pagamos para obtermos uma roupa ou acessório de marca reconhecida e valorizada, que nos garanta um status de classe... Pois é, essa é a roupagem que utilizamos na Terra, não apenas com o intuito de nos cobrir para nos proteger do clima ou da exposição da nudez, mas também para sermos valorizados pela sociedade...

A aparência é tudo por aqui, se você quer vencer, ou deseja obter sucesso, não basta ser bom, tem que parecer bom. Tem que mostrar que é bom demais, afinal, o Marketing Pessoal é tudo, ele é o cartão de visitas de qualquer profissional que deseja obter um bom emprego, ou uma promoção, ou mesmo de qualquer pessoa que deseja conquistar alguém para se relacionar ou até para se casar... Essas são preocupações comuns a quase todos nós, com total aprovação da sociedade! Isso tudo não seria um problema, se a mesma preocupação existisse com relação à conquista de valores espirituais, às qualidades do coração e à elevação da alma. Poucos se preocupam com o caráter das pessoas, suas ações, suas verdades ou mentiras, desde que sejam bonitos e ricos, são bem aceitos e bem tratados, enquanto os gordos, feios e pobres, poucas chances têm de se realizarem, ou de serem respeitados.

Será que todos lembram que a roupagem terrestre, seja ela do mais alto nível material ou não, só pode ser utilizada, enquanto estivermos vivos? Ao desencarnarmos, não levamos nenhum dos apetrechos utilizados para nos embelezar, mas é exatamente aqui na Terra, enquanto estamos vivos, que tecemos a nossa roupagem espiritual. Mas afinal, no que consiste a nossa roupagem espiritual? A nossa alma, assim que se desliga do corpo carnal, fica completamente desnuda só nos restando nosso corpo espiritual, que se reveste apenas do perispírito. O perispírito consiste na estrutura de nossas vibrações pessoais, definida de acordo com a nossa personalidade, como uma impressão digital magnética, que reflete, como um espelho, a verdadeira e real imagem de nosso caráter geral, enfim, a nossa alma. No mundo espiritual, a questão da essência é fundamental, ou seja, nos revelamos exatamente como somos sem nenhuma possibilidade de nos escondermos atrás de máscaras ou disfarces, tão comuns e úteis em nossa vida terrena.

No mundo astral, a astúcia dos espíritos sem luz escraviza, com facilidade, espíritos que erraram aqui na Terra praticando o mal. Escraviza também, os que foram omissos na prática da caridade, ou simplesmente por não possuírem sentimentos mais elevados, os quais não se preocuparam em desenvolver, somados ao sentimento de medo, culpa ou vergonha por se sentirem expostos, revelando, sem nenhuma possibilidade de proteção, sua verdadeira essência.

Quase todos os espíritos, que aqui não se preocuparam em evoluir espiritualmente, ao chegarem nesse novo mundo, ingenuamente, utilizam-se das mesmas técnicas de negociação, que muito sucesso lhes hauriu aqui na Terra, porém, extremamente inócuas no plano espiritual, porque além da roupagem ser transparente, revelando a alma, pura e simplesmente, exatamente como ela é, de fato, encontram um meio de comunicação no mundo espiritual, extremamente eficaz e rápido, que é o pensamento, revelando também, de maneira totalmente transparente e evidente, sem a necessidade de se falar, onde qualquer argumento, por mais inteligente e perspicaz que seja, será ineficaz, se não for verdadeiro e puro.

Somos o somatório de nossas ações, sentimentos e pensamentos. Levamos a vida, de acordo com nossos hábitos e costumes sociais. Escolhemos os grupos, aos quais queremos participar, e adotamos as regras que esses grupos nos impõem. Caso essas regras sejam contrárias à única regra vigente no mundo espiritual, que é a Lei do Amor Universal, de forma alguma, nós seremos desculpados por termos obedecido às regras humanas impostas, pois tivemos o livre arbítrio para escolher com quem queríamos conviver, de acordo com nossas conveniências sociais ou morais, e todos nós, principalmente os adultos, sabemos bem o que é certo ou errado, ou o que faz mal ao outro, pois não queremos que façam conosco. No plano espiritual, revelamos através da nossa própria alma, que é a única roupagem que teremos com, exatamente, os frutos doces ou podres que semeamos livremente aqui no plano terreno...

A maldade é tão comum em nossa vida, que chegamos até a achá-la normal, em muitas atitudes extremamente contrárias ao Amor Universal, como por exemplo, a infidelidade, a sedução, a ambição, a maledicência, a intriga, a fofoca, entre outras ações. Muitos erros cometidos aqui, que são totalmente aceitáveis pelos humanos, são muito contrários aos desígnios de Deus, enquanto muitas coisas, que consideramos erradas, Ele perdoa mais amorosamente, por compreender a nossa alma com o Poder e a Verdade Divinos. No plano espiritual, não adianta se desculpar, que viveu dentro dos padrões normais, acreditando estar sendo correto e justo, porque lá o que vale, é a verdade simplesmente, ou seja, o amor fraternal, o respeito e a caridade praticados, de coração!

Outra coisa importante de ser lembrada, é a de que não basta não ter feito mal algum a ninguém, é preciso também, ter realizado boas ações, feito algum benefício a alguém. A omissão é tão ruim, quanto o erro. O omisso é cúmplice, muitas vezes, pois não revelando o mal, nem defendendo alguém que esteja sendo injustiçado, é tão ruim, quanto quem pratica o mal... O egoísmo e a indiferença são muito nocivos, magoando muitos corações inocentes.

Agora é a hora de nos conscientizarmos de que, de nada vale nos escondermos em desculpas esfarrapadas, pois aqui, protegidos pela carne, podemos enganar a muitos, mas jamais a Deus! Nem ao menos enganamos os espíritos sem luz, que nos rodeiam todos os dias. No mundo espiritual não temos o poder de esconder nada, não conseguimos manipular nenhuma situação ou espírito, não podemos esconder nossos sentimentos e pensamentos mais vis, que hoje, através de mentiras e máscaras, conseguimos, ainda que por um tempo, pois a verdade sendo luz, sempre aparece, nós sabemos disso muito bem! Lá a indiferença também não tem espaço, e muitos de nós, se orgulham em não praticarem mal algum, acreditando-se até, os eleitos de Deus, surpreendente será quando se derem conta, de que pensamento ruim também conta, ódio e rancor também são ruins, falta de perdão e misericórdia, nem se fale... Será que podemos mesmo dizer, com tranquilidade, que estamos tecendo uma bela roupagem espiritual? A resposta para essa pergunta cabe a cada um, de acordo com suas obras, sentimentos e pensamentos... Que possamos tecer uma roupagem simples, porém eficaz, que nos proteja, pois só o amor, poderá nos garantir uma vida tranquila no mundo da verdade, que é o plano espiritual!

Todo e qualquer ato, pensamento ou sentimento produz uma marca em nosso perispírito, e isso ocorre durante toda a nossa vida, os efeitos de nossas ações se cristalizam em nosso campo energético, harmonizando-o ou desarmonizando-o, de acordo com nossas escolhas. Toda crueldade deforma o nosso perispírito, e só isso já gera muito sofrimento ao nosso espírito, pois se aqui nos preocupamos tanto com a nossa roupagem, por que acreditamos que lá, na verdadeira vida, não ligaremos para a nossa roupagem espiritual? Se agora damos tanta importância à nossa aparência física, porque acreditamos que não sofreremos pelas deformidades que se criarão em nosso corpo sutil, exacerbando a nossa culpa, por sermos os únicos responsáveis por isso? Eu pergunto, será que vale a pena? De que valem alguns momentos de prazer e glória, a custa do sofrimento alheio, para termos que enfrentar essa verdade inexorável, mais cedo ou mais tarde? A revolta e o ódio acumulados em nossos corações nos transformam de vítimas para algozes, e além de todo sofrimento já exposto, teremos que amargar a perseguição de nossos inimigos, aos quais não poderemos evitar, porque o único escudo possível, no mundo espiritual, é a prática do Amor Universal, do perdão incondicional e da caridade ao próximo... Os únicos atenuantes desse cenário horroroso serão as nossas ações na prática do bem comum, sem ostentação, o amor sincero e devotado a todos aqueles que nos compartilharam a vida, a renúncia e o sacrifício dos nossos próprios interesses mundanos e a caridade, verdadeiramente praticada. Apenas esses recursos serão levados em conta no mundo verdadeiro, onde reina a Justiça e o Amor Universal, sob as vistas do Poder Absoluto de Nosso Pai Maior, que Nos ama a todos, igualmente e incondicionalmente.

É imprescindível relembrar, que Deus, em Sua Infinita Bondade, deseja misericórdia e, de forma alguma, quer sacrifícios ou sofrimentos. Infelizmente, somente nós seremos responsabilizados por nossas escolhas erradas, a opção está em nossas mãos, já que temos o poder de tecer a nossa própria roupagem espiritual... No plano espiritual não existem privilégios, nem acordos escusos, apenas o retorno de nossa semeadura... Que possamos tecer, um pouco a cada dia, uma linda roupagem espiritual, a qual nos protegerá de todo e qualquer perigo, sofrimento ou vergonha...