sábado, 26 de janeiro de 2013

Conflitos de Consciência


A família reunida e feliz, sabe que nem sempre será assim. A vida ensina, todos os dias, que aqueles que se amam se separam, mais cedo ou mais tarde, por diversos motivos. Nós deveríamos pensar seriamente nisso, pois seríamos melhores, uns para com os outros, principalmente nos dias de hoje. Infelizmente, nem todos se preocupam com isso, desmerecendo e maltratando aqueles que mais amam, por orgulho, pela necessidade de se imporem, e de se fazerem obedecidos. Isso não é educar, é tirar do outro o direito de pensar! Impedindo nossos filhos de pensarem, os condenamos a serem influenciados pelos outros, sem condições de realizarem julgamentos adequados para avaliarem o que é certo ou o que é errado.

Nossa liberdade pessoal é sagrada, e deveríamos respeitar aqueles que amamos, por suas personalidades marcantes. Quando os objetivos são sagrados, o sofrimento é uma consequência inevitável. Se não existissem homens que lutassem pelos seus direitos, ainda estaríamos vivendo na barbárie. Há que se analisar o progresso já alcançado e, neste, a coragem e o sacrifício de muitos mártires. Como impedir uma pessoa, ainda que seja um filho, de ser fiel aos seus princípios?

A História está repleta de pessoas, que se opuseram ao poder vigente, e nós, por tabela, ganhamos em liberdade e progresso, por que não estamos abertos a pequenas idéias distantes das nossas? Por que não nos dispomos a ouvir, com respeito, outras opiniões? E essa resistência é infinitamente maior, quando se trata de pessoas em posição subalterna a nossa, principalmente os filhos, sem nos darmos conta, de que estamos perdendo uma grande oportunidade de rever conceitos ultrapassados, enraizados dentro de nós. Reflitam, medo de que?

Refiro-me aqui também, as lutas sofridas e silenciosas daqueles que se percebem, frente a frente, com a necessidade de trabalhar como médiuns. Para uns é um momento tranquilo e de alegria plena, sentindo-se de acordo com seus mais sublimes sentimentos em ajudar ao próximo, assumindo a mediunidade com muita alegria, e sem muita dificuldade, a não ser a grande vontade em servir. Para outros, porém, é uma situação muito constrangedora e sofrida, pois vai de encontro com antigas crenças e, infelizmente, muitas vezes, precisa enfrentar a incompreensão familiar, sentindo-se sem forças para assumir a tarefa sublime da mediunidade.

Estamos a caminho da perfeição e exercitando um comportamento cada vez melhor diante da liberdade que o Criador nos concede. Nesse mundo, as vezes tão difícil, muitas vezes precisamos fazer aquilo que devemos, e não aquilo que gostaríamos. Precisamos defender nossos ideais, as vezes pagando um preço muito alto, para combater a injustiça, pois somente assim, a justiça será implantada. Precisamos lutar contra os poderosos, quando estes sejam desonestos, ambiciosos e prepotentes, e muitas vezes, arbitrários e corruptos. É preciso coragem e determinação para tal. Não podemos ser omissos para sempre, e se o formos, sentiremos o peso da responsabilidade dessa escolha. Não estou aqui, estimulando uma revolução social, mas sim, uma revolução individual, interna, onde colocamos nossos valores acima de ganhos efêmeros, não corroborando com atitudes contrárias a nossos valores morais. Essa luta é tão difícil, quanto qualquer outra, pois não tem testemunhas na vitória, nem na derrota, é uma luta contra a nossa própria consciência, que nos cobra, constantemente, sem nos dar possibilidades de fuga, mas que também nos trás paz, quando agimos de acordo com o amor incondicional. Temos assim o apoio do Pai Maior!

A incerteza faz parte da vida e, às vezes, determina rumos inesperados, por mais prudentes que possamos ser. Muitas vezes optamos por escolhas mais amenas e seguras, mas quando o destino bate à nossa porta, nos vemos impotentes para transformá-lo. Precisamos evitar, incessantemente, atitudes extremas e, principalmente, a crueldade, mas às vezes, a vida se impõe, e nos cobra uma atitude mais ativa. Nossa vida é incerta e frágil, todos enfrentamos, por vontade própria ou não, grandes riscos, podemos perecer a qualquer momento, e por maneiras estúpidas. Nossa fragilidade humana precisa de mais prudência e menos orgulho.

Precisamos ser fiéis aos nossos ideais e contar com a Benção de Deus, quando agimos certo, e pedirmos o Seu perdão, quando erramos. Precisamos sempre, manter a clareza de raciocínio, com bom senso, mantendo a mente clara e o coração sensível, quanto à Verdade, pois apesar de nossas inúmeras deficiências, é Deus quem nos conduz! As dores ensinam, e Ele sabe o que é melhor para nós, mesmo quando não O compreendemos.

Algumas vezes exercemos o poder, outras somos subjugados por ele... E de maneira dolorosa ou não, dependendo de nossas atitudes, durante o exercício do poder, iremos aprender valiosas lições de respeito e compreensão pelos menos desvalidos. Que em qualquer situação, respeitemos sempre os ditames de nossa consciência, para que na vitória ou na derrota, encontremos sempre a Paz no Coração, que vem, como consequência, da preocupação constante em agir no Bem, frente a qualquer conflito de consciência que possamos viver. Que saibamos sempre, ouvir o nosso coração e embasar nossas ações num padrão elevado de amor e respeito pelo próximo, garantindo assim a nossa evolução espiritual e a tranquilidade de nossa consciência, e isto, não tem preço!

Fiquem em Paz!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Bondade



A bondade é uma das mais belas e importantes vertentes do amor. Ela provoca a compaixão em nossos corações, nos levando a realizar verdadeiros atos de altruísmo, deveras importantes em nosso mundo atual, tão cheio de egoísmo e arrogância. A bondade, a compaixão e o amor nos conduzem à paz interior, tão desejada por todos nós! Já o ódio e o rancor, assim como os tristes sentimentos de vingança, nos afastam cada vez mais da paz interior.

Quando pensamos em nossos inimigos e nas maldades que eles nos fizeram, sentimos muita angústia e depressão, uma tristeza infinita pelas injustiças que sofremos, e isso só nos leva a desenvolvermos sérias doenças, na alma e no corpo. Porém, é muito pior, quando nos revoltamos e desejamos nos vingar, perdendo nossa vida, nossa alegria, para planejar atos de vingança, dos quais somente nos arrependeremos, mais cedo ou mais tarde.

Muito mais salutar para nós, é aproveitarmos, toda e qualquer oportunidade de sofrimento, para aprendermos, e buscarmos a nossa evolução, deixando para trás essas quimeras, pois o tempo, esse eterno amigo, se encarrega de minimizá-las, e até mesmo, desvanecê-las completamente, de nossos corações. Você deve estar se perguntando como fazer isso, e eu lhe digo que existem diversas formas, mas vou descrever aqui, a que eu utilizo em meu dia a dia.

Busco perdoar o inimigo, considerando-o infeliz por sua ignorância, e pelo caminho, que ainda precisará trilhar, de muito sofrimento, e isto faz brotar em meu coração, sentimentos novos, como a compaixão e a tolerância. Esses sentimentos são nobres, e só despertam em nós, quando compreendemos, na pele, a dor da incompreensão.

Quando consegui compreender isso, passei a ver o meu inimigo como um grande mestre, que muito me ajudou e me ensinou! Passei então, a agradecer meus inimigos, pela oportunidade de aprendizado, que eles me criaram com a sua maldade, pois após a superação do sofrimento a mim impingido, pude me tornar uma pessoa melhor. Tenho certeza, de que sem esses sofrimentos, eu estaria sentada em minha preguiça e inércia, sem me preocupar em desenvolver em mim mesma, valores nobres como o amor, o perdão, a compaixão, a tolerância, a paciência, o altruísmo, me tornando uma pessoa cada vez mais bondosa! E a bondade é o caminho seguro para a felicidade que tanto almejo!

Muitos problemas de relacionamento ocorrem, porque as pessoas estão mais centradas em seus próprios interesses, em ganhar mais dinheiro, em vencer, a despeito do sofrimento que possam causar nos outros, e quase nunca pensam no bem-estar dos outros em geral, quase nunca praticam a bondade. Porém, apesar de sermos únicos, somos iguais a qualquer outro ser humano existente na Terra, ou seja, sofremos pelos mesmos motivos e almejamos imensamente a felicidade!

Existem muitos sofrimentos naturais da vida em geral, como por exemplo, a doença, a morte, acidentes imprevisíveis e naturais, como terremotos, maremotos, furacões, tempestades, queda de aviões, acidentes de trem, de carro, acidentes pessoais, mais ou menos graves, a despeito de toda prudência e cuidado tomados, que já são suficientes para nos fazer sofrer, então por que não evitamos provocar mais sofrimentos desnecessários? Sofrimentos que provocamos nos outros por ódio, raiva, inveja, ciúme, vingança, mentiras, fofocas, maledicências, e, por nos deixarmos levar por eles, nos tiram a paz? Quando é muito mais tranquilo viver com bondade, praticando a compaixão, a tolerância, o perdão, o amor! Muito mais prazeroso, nos propiciando uma felicidade e tranquilidade imensa em nossos corações!

Conforto e estabilidade financeira são necessários para nosso progresso intelectual e nossa tranquilidade, mas eles não trazem paz ao nosso coração! Nossas atitudes e nossos valores internos trazem essa paz tão desejada. A forma como vemos e enfrentamos nossos problemas nos diferencia uns dos outros. Quem vê a vida sob o prisma da bondade é infinitamente mais feliz do que aquele que amarga os dias, desejando o mal dos outros. O egoísmo nos afasta de todos, inclusive daqueles que mais amamos, já a bondade nos aproxima e, seu exercício constante, por si só, já é, em essência, uma imensa alegria!

Respeitando e compreendo as outras pessoas, principalmente as mais difíceis de se conviver, estamos praticando a bondade e adquirindo a paciência, que nos trás calma. Experimente! Tente! Pratique! Treine! E quando menos esperar, será natural, você sentirá uma força interior, se sentirá mais auto-confiante, e aí então, você estará em paz e será feliz!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Egoísmo


O egoísmo é o pior de todos os males, pois dele resultam todos os outros vícios, que atrapalham a evolução espiritual. Infelizmente, da forma como anda a sociedade, muito difícil se faz o combate desse mal. Atualmente, a maior preocupação é com o Ter e não com o Ser. Valoriza-se muito os aspectos materiais, em detrimento dos valores morais.

Ao rico e poderoso todas as portas se abrem, todos os rostos são iluminados por um sorriso, ainda que seja cheio de falsidade e inveja. Já ao pobre, evita-se o contato, como se ele tivesse uma doença contagiosa. As pessoas se afastam do pobre, por vergonha ou por medo de ser confundido como uma pessoa sem sucesso, afinal, diga-me com quem andas, que te direi quem és! Sucesso é estar em alta, e estar em alta é estar perto do poder, do dinheiro. Também se afastam dos pobres por medo de serem importunados com pedidos de dinheiro emprestado, ou com lamentações de problemas, que não querem entrar em contato. Porém, o pior de tudo, é que o rico pode ser imoral e o pobre um virtuoso, mesmo assim, privilegia-se estar perto do rico, mantendo contato, sendo visto, sem se preocupar, que também será avaliado por ser conivente com atitudes sem valor moral e/ou ética. Essa é a nossa triste realidade social.

Claro que nem todos pensam assim, mas sofrem, diretamente suas consequências, que magoam profundamente o coração. Por exemplo, no mundo empresarial, o fato mais comum é a dança das cadeiras, onde hoje usufrui-se do poder, que em qualquer momento pode lhe ser retirado. Quando se está no poder, mesmo agindo com ética, respeitando as pessoas com base na justiça e nos valores morais, adquire-se muitos amigos e seguidores, como também muitos inimigos e invejosos. Sim, porque o que importa é estar no poder ou ao lado dele, mas se houver uma chance da troca, não se vacila! Mesmo agindo com integridade, muitos caem do poder, injustamente, e nessa queda, descobrem, que entre os amigos, muitos só eram bajuladores, e com a perda do poder, sua companhia não interessa mais. E é nessa hora, que se sofre mais, pois descobre-se que os que o traíram, ocasionando sua queda, se sentavam junto à mesa para se divertirem, além de que, quando mais precisamos de um ombro amigo, menos o temos! E os outros, amigos verdadeiros e fiéis, se dividem também, pois lembrem-se, ou se tem o poder, ou se está ao lado do poder, portanto aos poucos, se afastam também, não por maldade, mas por necessidade dessa atual sociedade, sendo assim, logo prioriza-se o estar perto do poder, em vez da amizade sincera e verdadeira, até por que esta, é verdadeira, então compreenderá e saberá esperar as migalhas de atenção, que em algum momento se disponibilizará a dar.

Triste realidade, mas que não para aí. Todos nós envelhecemos, sem exceção, porém muitos parecem acreditar na juventude eterna, desprezando a experiência e a sabedoria adquiridas ao longo dos anos. Ficar velho é um horror hoje em dia, indústrias investem milhões em descobrir remédios milagrosos, que garantam o adiamento do aspecto natural de envelhecimento da pele. Gordo então, nem se fale, uma vergonha, não faz parte da realeza do poder. Deus me livre! Logo, investe-se mais tempo com essas preocupações de beleza temporária, do que com os valores morais. O pior de tudo é que se despreza pessoas idosas e/ou gordas, não pelos seus valores imorais, mas sim pelo seu aspecto horrendo, esquecendo que terão o mesmo aspecto em breve...

Existe algo mais delicioso do que ter avós? Eles são pacientes, tolerantes, sábios, amorosos, compreensivos, sempre têm tempo livre para nos dar atenção, mesmo assim, despreza-se, socialmente, os idosos. Que louco paradoxo, quanta incoerência!

Bom, voltemos ao mundo nobre, que são as Casas que trabalham em nome de Deus, aonde os valores morais predominam sobre o material, e que vocês, com certeza, participam ou já participaram de alguma, como trabalhadores ou como assistidos, necessitados. Perguntem-se, com sinceridade, nesses locais, a realidade é diferente do mundo empresarial? Infelizmente, na maioria não! Sabem por que? Porque nesses dois ambientes, tão diferentes em objetivos (um visa lucro, o outro caridade, pelo menos em princípio), encontramos um fator comum: o ser humano, e este está inserido no contexto social, que já expliquei, contexto esse, embasado em valores materiais e não morais.

Nas Casas de Caridade também encontramos a disputa pelo poder, a inveja, o julgamento, a maledicência, a fofoca, a vontade de se sobrepor uns sobre os outros, e na raiz de todos esses problemas, vamos encontrar o egoísmo, tão combatido e criticado verbalmente, mas que move quase todos os nossos pequenos defeitos, que buscamos eliminar! Acreditem, sem o combate ao egoísmo, muito pouco conseguiremos caminhar na senda da justiça, da caridade e do amor! Não dá para fazer caridade, com o egoísmo no coração!

Comecem hoje mesmo a se analisar, a se perceber com pequenos atos egoístas, e lutem bravamente contra esse mal, pois somente assim, conseguirão mais facilmente, eliminar nossos vícios e fortalecer nossas virtudes! Lembrem-se, que a praia é feita de pequenos grãos de areia, portanto não se intimidem com a maioria, façam a sua parte, que a sua mudança alterará o seu em torno! Mude você, e observe o milagre ao seu redor!

Desejo muito Amor no coração de cada um de vocês, além de uma vida pautada na Luz, sem a presença do egoísmo a toldar-lhes a visão, para que possam então, usufruir da verdadeira felicidade!



quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Maldade e Rudeza


A Maldade e a Rudeza são apenas máscaras, que as pessoas se utilizam para esconder suas fragilidades. É preciso força de vontade e muito amor para encontrarmos a verdadeira essência das pessoas más e rudes. Elas fazem um esforço colossal para esconderem sua parte mais doce e amorosa, pois têm medo de que os outros as considerem fracas, ou temem serem magoadas, mais do que já o foram.

Todo mundo têm um coração, e nele uma grande força Divina e Amorosa, o problema é que alguns, convivem e/ou enfrentam tanta crueldade e dificuldade, que seus corações se endurecem, criando cascas de proteção, verdadeiras couraças, na ânsia infantil de esconderem seus sentimentos, e preferirem demonstrar serem verdadeiras rochas, isentas de qualquer possibilidade de se ferirem emocionalmente. Santa ilusão, pois dessa forma, se afastam cada vez mais, do que mais desejam, que é serem amados!

As pessoas que possuem um coração frustrado por não receberem amor, ou por sentirem falta do calor de uma família unida, por não a terem, ou terem uma família desunida, agressiva e desequilibrada, ou por serem obrigados a trabalhar em condições sub-humanas e massacrantes, desenvolvem, dentro de si mesmas, sentimentos muito ruins, que as tornam más e rudes. Somente um ato amoroso e misericordioso poderá quebrar essa rocha aparente, mas infelizmente, na condição que escolheram se apresentar, ou seja, más e rudes, somente afastam aquilo de que mais necessitam, quase mais do que o próprio ar.

Todo aquele, que se diz espírita e trabalhador na senda da Luz, tem como obrigação, abrir seu coração para compreender toda e qualquer pessoa difícil, que se apresente em sua vida. É preciso olhar para a pessoa má e rude, com o olhar de raio X, e identificar dentro dela, uma carência infinita, a espreita de algum raio de esperança, de uma palavra amiga, isenta de críticas e cobranças, que isso ela já tem, de sobra, em sua vida. Cegos que são, acreditam que a maldade e a rudeza os protegem de mais sofrimento, cabendo a nós, trabalhadores no Bem, levarmos a Luz e o Amor para podermos amansar essas feras, que são como gatos acuados num canto, mostrando as garras para demonstrarem que são até capazes de matar, para não sofrerem mais!

Os maldosos e rudes não buscam ajuda, não pedem socorro, é preciso um trabalho de garimpo para encontrá-los, e a se disponibilizar em ajudá-los, e para isso é preciso muita coragem! Eles nunca precisam de ninguém!!! E normalmente, evitamos as pessoas más e rudes... Olhar a maldade e a rudeza com amor, não é tarefa fácil, mas é a conduta mais digna e nobre, que Deus espera de nós, e esse sim, é um trabalho santificado no Bem, uma verdadeira caridade, sem falar, que também é uma oportunidade de resgate e de aprendizado!!!

É preciso muito altruísmo para não revidar uma maldade ou um ato rude, pois nosso primeiro impulso é o de odiar e ferir quem nos magoe, ou magoe alguém que amamos. Tratar com respeito e consideração alguém que nos fez uma maldade é uma tarefa que requer treino, muito treino, mas precisamos começar um dia... pois nosso objetivo é o amor fraternal e incondicional para com todos, então por que não começarmos logo? Primeiro não reclamando e falando mal deles, depois compreendendo e orando por eles, para depois conseguirmos estender a mão amorosa.

Costumo sempre dizer, que primeiro controlamos nossa língua, o que se consegue com menor esforço, mas não necessariamente de maneira fácil! Como? Não dizendo mentiras e injúrias, não fazendo fofocas ou maledicências, não ressaltando a maldade alheia e evitando fazer julgamentos! Após a conquista dessa proeza, devemos buscar controlar nossos pensamentos, que é uma tarefa mais árdua, principalmente, porque eles fluem rapidamente, nos parecendo quase autônomos, não necessitando da nossa aprovação, o que sabemos não ser verdade, pois podemos, e devemos ter controle sobre nossos pensamentos! Orai e Vigiai, já nos dizia Nosso Amado Mestre! Somente após vencermos essa duas guerras, é que conseguiremos passar nossa força de vontade da mente para o coração! E é então que nos sentiremos mais felizes e estaremos agindo mais de acordo com o Amor Universal, nos doando através da caridade constante!

Se vocês repararam, até agora, falei apenas sobre como lidar, de maneira mais espiritualizada, com as pessoas más e rudes, mas não falei de como devemos evitar a maldade e a rudeza, em nós mesmos, que é um trabalho árduo também. Todos nós temos um pouco de maldade e de rudeza ao tratar com os outros, seja na relação profissional, seja na familiar, que costuma ser muito pior! Pessoas dóceis com estranhos ou com colegas profissionais, são verdadeiros algozes com seus familiares... As vezes somos rudes com pessoas que nos estão prestando um serviço, e não têm culpa alguma, se estamos num dia infeliz, ou não gostamos do serviço adquirido... Outras vezes somos verdadeiras feras no trânsito, sem nos atentarmos, que todos têm um itinerário e um horário a cumprir, e ninguém, tem obrigação de aturar o nosso mau humor. Sem falar na indelicadeza, que as vezes cometemos para com aqueles que nos tratam bem, e que só merecem a nossa gratidão, sem comentários nesse quesito... E alguns, chegam ao cúmulo de maltratarem os animais, seres indefesos, que na maioria das vezes, só nos devotam amor e carinho, mesmo quando estamos arredios e agressivos...

Deixo essa reflexão para que cada um, com sua própria consciência, se perceba, e busque no seu ritmo, e no seu tempo, rever suas atitudes maldosas e/ou rudes para com os outros, bem como, buscar a compreensão e o perdão junto às pessoas más e rudes, que cruzarem o seu caminho, aproveitando, em prol de si próprios, todas as oportunidades de aprendizado, através do trabalho santificado de amar ao próximo, como a si mesmo! Afinal de contas, quem não gosta de carinho e atenção? Só faz bem, não?

Paz e luz à todos!


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Sofrimento Salutar


Não existe um ser humano sequer, que nunca sofreu. Todos, em algum momento de sua vida, compreendem bem o que seja sofrer. Todo mundo já sofreu uma perda, uma decepção, a dor da doença, da mágoa, da culpa, do arrependimento, do desespero, da solidão, da injustiça, da ingratidão, da incompreensão, da traição, enfim, qualquer tipo de sofrimento que nos deixa tristes, todos nós sabemos o que é viver uma situação angustiante.

O que gostaria que vocês refletissem, sobre a própria situação de sofrimento em que viveram, é com relação aos outros, não em si próprios, estranho, não? Eu explico, é muito fácil nos lembrarmos de nossas dores, que quase instantaneamente nos vêm à nossa lembrança, em toda e qualquer situação em que nos sentimos impotentes, mas eu pergunto para vocês, a impotência era total? Não havia mesmo nada de útil e positivo, que vocês poderiam fazer, acredito, que alguns de vocês, até o fizeram, mas não deram o valor real no momento.

Não existe dor isolada, se todos nós sofremos, é impossível estarmos sofrendo sozinhos, mas para isso é preciso que nós tiremos o olhar de nossos umbigos e o levantemos para o próximo e, sem dúvida, vamos nos deparar com inúmeros sofredores, os quais podemos ajudar, e muito!

Eu já comentei, que o sofrimento e a dor não são punições, necessariamente, são, de forma muito mais salutar, aprendizados, os mais diversos possíveis. Neles, aprendemos o valor de uma amizade, de um amor, da saúde, da paz, da consciência tranquila, da compreensão, enfim, são infinitos os aprendizados, para valorizarmos o que desvalorizamos no passado, sentimos na própria pele, o que fizemos alguém sofrer. Esse aprendizado dependerá do estágio de evolução de cada um, mas eu gostaria de ressaltar o altruísmo, que em sua definição, é esquecer-se de si mesmo, para pensar no outro. E é dessa forma, que aproveitamos de maneira salutar, uma situação desconfortável de sofrimento, pois além de estarmos aprendendo uma lição moral, também podemos minimizar as nossas dores, ajudando aos outros. Vocês não imaginam o prazer interior que obtemos, quando tornamos mais leves os sofrimentos alheios!

Em qualquer situação de sofrimento, encontramos oportunidades preciosas ao nosso lado, para aproveitar! Num hospital, por exemplo, todos estão lá por motivos de saúde precária, não há dor isolada, no quarto ao lado do seu, há outro ser humano, também doente como você, talvez em situação mais grave, uma palavra amorosa, trás esperança para uma alma em desespero, e isto é caridade, é altruísmo!

Você pode escolher em se fechar na sua dor, se sentindo o último dos últimos, que a sua dor é a pior, e esta postura, na verdade, só agrava seus sofrimentos. Ou pode escolher olhar para o lado, sem sentir pena de si mesmo, e perceber que há outras dores, além da sua, e que você pode ser o instrumento salutar para aliviar esse sofrimento, sentindo alívio em seu coração, e, porque não dizer, até alegria! Quando aliviamos uma dor alheia, recebemos as vibrações de amor da própria pessoa a quem ajudamos, através de sua gratidão, e quando essa pessoa está endurecida demais para perceber e compreender o que recebeu, recebemos as vibrações de amor de nossos amigos espirituais, dos amigos espirituais da pessoa, e de Deus!!! Que delícia, pois é aí que minimizamos o nosso sofrimento e o transformamos num precioso aprendizado, assim como também, amenizamos nosso resgate de antigas faltas. Esse é o sofrimento salutar...

Não escapamos das dores que tenhamos que suportar, mas podemos transformá-las em degraus de evolução, acelerando nosso processo de evolução, e também obtermos como companhia muitos irmãos agradecidos por nosso amor incondicional. Podemos escolher em simplesmente sofrer, ou transformarmos nosso sofrimento em aprendizado salutar, como sempre digo, a escolha é sempre nossa, mas as consequências de nossas escolhas, também são nossas...

Que a Paz e a Luz sempre nos acompanhem!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Imaturidade Espiritual


Todos nós erramos nessa vida, uns mais, outros menos, cada qual age de acordo com a maturidade espiritual que tenha atingido. Ocorre o mesmo com nossos inimigos. Ao compreendermos esse fato, facilitamos o nosso perdão, frente a qualquer ofensa que se tenha feito contra nós. Fica muito mais fácil perdoarmos os nossos inimigos, pois o percebemos como seres falíveis como nós, porém mais imaturos espiritualmente, carentes de aprendizado, que só adquirirão às custas de muito sofrimento no futuro.

Quando perdoamos, nos libertamos, e não desenvolvemos doenças sérias, consequências de sentimentos negativos, tais como a depressão, a tristeza, a mágoa, a raiva, o ódio, o desejo de vingança. A ciência tem feito grandes descobertas nesse sentido. O equilíbrio emocional garante uma vida mais saudável, e esse equilíbrio está diretamente ligado ao perdão, que é fruto da compreensão da imaturidade espiritual de nossos inimigos. Não esperamos uma atitude responsável de uma criança, da mesma forma que não podemos esperar o amor dos imaturos espiritualmente, eles irão amadurecer, no momento certo, através de lágrimas vertidas a custo de muito sofrimento.

A criança, quando nasce, é egocêntrica, acredita que o mundo gira ao seu redor, e que ela é o centro do Universo. Aos poucos ela aprende que existem mais pessoas a sua volta, entendendo que precisa dividir, respeitar, compartilhar. Aceita que as vezes vai ganhar, e em outras vezes vai perder, aprendendo aos poucos, conceitos como justiça, direitos iguais, honestidade, ética. Começa a compreender, que para se obter algumas coisas, há necessidade de se investir em esforço, estudo, treino, paciência, e que há momentos de prazer e diversão, e há momentos de responsabilidade e, principalmente, que a mentira magoa, que a agressão física dói. Cada criança aprende numa velocidade diferente, algumas nem aprendem e outras, infelizmente, preferem trilhar caminhos mais tortuosos.

O mesmo acontece com a alma, dependendo da sua maior ou menor resistência em aprender, das tendências mais ou menos virtuosas, a alma passa a vida aproveitando, ou não, diversas oportunidades de aprendizado, amadurecendo aos poucos, mas sempre tendo que assumir a responsabilidades por suas escolhas. E assim, vai amadurecendo espiritualmente. Todos nós somos assim, somos iguais. A diferença está no estágio de maturidade espiritual. Todos precisamos de amor, de compreensão, de perdão, por que insistimos em negar ao próximo, aquilo de que somos também carentes?

Resta-nos saber em que grau de maturidade espiritual nos encontramos, no bebê egocêntrico, na criança mimada, no adolescente mais esclarecido, porém sem preocupações que não sejam só consigo próprio, no jovem desejoso de conquistar e dominar o mundo, no adulto mais equilibrado e coerente com seus princípios morais, ou no idoso sábio, que sabe esperar o amadurecimento dos outros, acostumado a observar as quedas naturais, pelas quais ele mesmo vivenciou e, pacientemente aconselha aqueles que lhes buscam a sabedoria adquirida com o passar dos anos?

Imaturidade Espiritual é tentar controlar o destino dos outros e o próprio, acreditando-se superior aos outros. Maturidade Espiritual é respeitar as limitações dos outros, sabendo-se falível também. Entre um e outro há muitos graus de imaturidade e maturidade espiritual, o importante é termos vontade de sermos melhores do que ontem, aprendermos com nossos erros e não errarmos mais os mesmos erros, e procurarmos agir sempre no bem, bem como respeitarmos os processos alheios, através da compaixão, da misericórdia e do perdão.

Paz e luz em sua busca pela Maturidade Espiritual.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Sonhos Ousados


Ter idéias, metas, planos, sonhos é muito bom, se esforçar para atingi-los é melhor ainda, pois o trabalho dignifica o ser humano! Porém, quando passamos por cima dos valores éticos, e enganamos outras pessoas para atingirmos esses mesmos objetivos, evitando o esforço sadio para tal, passamos a agir de modo equivocado, movidos pela ambição, e provavelmente não iremos nos sentir realizados ou felizes com o resultado.

Não podemos ter uma vida sem metas alicerçadas no amor, na justiça, no respeito, na honestidade e na fidelidade, e esperarmos resultados positivos. Poderemos obter um cargo desejado, uma fortuna grandiosa, e até termos a pessoa, que acreditamos amar, sob nosso domínio, mas sentiremos a amargura da solidão no alto poder, a alegria efêmera do conforto, sem a felicidade no coração, tão almejada, e a carência de amor verdadeiro, já que quem ama, jamais cerceia o ser amado com exigências egoístas, nem aceita um casamento por interesse, quem assim o faz não sabe amar e jamais se sentirá amado.

A vida é feita de escolhas, e toda escolha envolve um ganho e uma perda. Precisamos aprender a fazer escolhas adequadas, condizentes com nossos valores morais, pesando criteriosamente, o que queremos ganhar e o que estamos dispostos a perder. Somos seres humanos falíveis, o erro faz parte de nosso aprendizado, portanto precisamos sempre pesar nossas escolhas de forma a avaliar se elas estão condizentes com as verdades divinas, ou seja, o que desejamos vai prejudicar alguém? É justo? É honesto? Dessa forma minimizaremos as possibilidades de cairmos num erro, pois como disse, toda escolha tem consequências. O objetivo é buscarmos errar cada vez menos, para que possamos encontrar a paz espiritual, tão desejada por todos nós.

Já sabemos que toda ação tem uma reação, que quem semeia, colhe, portanto já sabemos que todo e qualquer sofrimento, que venha a recair sobre nós, de uma forma ou de outra, é de nossa inteira responsabilidade. Ou fizemos escolhas erradas nessa vida, ou em outra anterior, pois Deus na Sua imensa justiça e bondade, jamais permitiria um sofrimento não merecido, que não trouxesse um aprendizado necessário para nossa evolução espiritual, assim como nós, pais humanos, deixamos que nossos filhos sintam a responsabilidade de seus atos inadequados, não é mesmo?

Com isso não quero dizer, que devamos nos acomodar no sofrimento, pelo contrário, devemos sim, fazermos tudo para sairmos de qualquer situação incômoda, por esforços próprios, pedindo ajuda de nossos amigos espirituais através da prece sincera, aceitando a ajuda amiga daqueles que nos queiram bem, apenas tomando cuidado em como fazermos nossas escolhas, que deverão ser sempre baseadas no amor, como já citei acima. Precisamos arregaçar as mangas, fazer diferente ao levantarmos após qualquer queda, registrarmos a lição aprendida e, acima de tudo, não reclamarmos, pois nos tornamos pessoas desagradáveis para se conviver, que só nos distanciará das pessoas.

Enfim, podemos e devemos ser ousados em nossos sonhos, mas sempre preocupados com as consequências das escolhas que fizermos, nos questionando se elas prejudicam alguém, conscientes de que, em uma má escolha, nós mesmos seremos os mais prejudicados...