sábado, 26 de janeiro de 2013

Conflitos de Consciência


A família reunida e feliz, sabe que nem sempre será assim. A vida ensina, todos os dias, que aqueles que se amam se separam, mais cedo ou mais tarde, por diversos motivos. Nós deveríamos pensar seriamente nisso, pois seríamos melhores, uns para com os outros, principalmente nos dias de hoje. Infelizmente, nem todos se preocupam com isso, desmerecendo e maltratando aqueles que mais amam, por orgulho, pela necessidade de se imporem, e de se fazerem obedecidos. Isso não é educar, é tirar do outro o direito de pensar! Impedindo nossos filhos de pensarem, os condenamos a serem influenciados pelos outros, sem condições de realizarem julgamentos adequados para avaliarem o que é certo ou o que é errado.

Nossa liberdade pessoal é sagrada, e deveríamos respeitar aqueles que amamos, por suas personalidades marcantes. Quando os objetivos são sagrados, o sofrimento é uma consequência inevitável. Se não existissem homens que lutassem pelos seus direitos, ainda estaríamos vivendo na barbárie. Há que se analisar o progresso já alcançado e, neste, a coragem e o sacrifício de muitos mártires. Como impedir uma pessoa, ainda que seja um filho, de ser fiel aos seus princípios?

A História está repleta de pessoas, que se opuseram ao poder vigente, e nós, por tabela, ganhamos em liberdade e progresso, por que não estamos abertos a pequenas idéias distantes das nossas? Por que não nos dispomos a ouvir, com respeito, outras opiniões? E essa resistência é infinitamente maior, quando se trata de pessoas em posição subalterna a nossa, principalmente os filhos, sem nos darmos conta, de que estamos perdendo uma grande oportunidade de rever conceitos ultrapassados, enraizados dentro de nós. Reflitam, medo de que?

Refiro-me aqui também, as lutas sofridas e silenciosas daqueles que se percebem, frente a frente, com a necessidade de trabalhar como médiuns. Para uns é um momento tranquilo e de alegria plena, sentindo-se de acordo com seus mais sublimes sentimentos em ajudar ao próximo, assumindo a mediunidade com muita alegria, e sem muita dificuldade, a não ser a grande vontade em servir. Para outros, porém, é uma situação muito constrangedora e sofrida, pois vai de encontro com antigas crenças e, infelizmente, muitas vezes, precisa enfrentar a incompreensão familiar, sentindo-se sem forças para assumir a tarefa sublime da mediunidade.

Estamos a caminho da perfeição e exercitando um comportamento cada vez melhor diante da liberdade que o Criador nos concede. Nesse mundo, as vezes tão difícil, muitas vezes precisamos fazer aquilo que devemos, e não aquilo que gostaríamos. Precisamos defender nossos ideais, as vezes pagando um preço muito alto, para combater a injustiça, pois somente assim, a justiça será implantada. Precisamos lutar contra os poderosos, quando estes sejam desonestos, ambiciosos e prepotentes, e muitas vezes, arbitrários e corruptos. É preciso coragem e determinação para tal. Não podemos ser omissos para sempre, e se o formos, sentiremos o peso da responsabilidade dessa escolha. Não estou aqui, estimulando uma revolução social, mas sim, uma revolução individual, interna, onde colocamos nossos valores acima de ganhos efêmeros, não corroborando com atitudes contrárias a nossos valores morais. Essa luta é tão difícil, quanto qualquer outra, pois não tem testemunhas na vitória, nem na derrota, é uma luta contra a nossa própria consciência, que nos cobra, constantemente, sem nos dar possibilidades de fuga, mas que também nos trás paz, quando agimos de acordo com o amor incondicional. Temos assim o apoio do Pai Maior!

A incerteza faz parte da vida e, às vezes, determina rumos inesperados, por mais prudentes que possamos ser. Muitas vezes optamos por escolhas mais amenas e seguras, mas quando o destino bate à nossa porta, nos vemos impotentes para transformá-lo. Precisamos evitar, incessantemente, atitudes extremas e, principalmente, a crueldade, mas às vezes, a vida se impõe, e nos cobra uma atitude mais ativa. Nossa vida é incerta e frágil, todos enfrentamos, por vontade própria ou não, grandes riscos, podemos perecer a qualquer momento, e por maneiras estúpidas. Nossa fragilidade humana precisa de mais prudência e menos orgulho.

Precisamos ser fiéis aos nossos ideais e contar com a Benção de Deus, quando agimos certo, e pedirmos o Seu perdão, quando erramos. Precisamos sempre, manter a clareza de raciocínio, com bom senso, mantendo a mente clara e o coração sensível, quanto à Verdade, pois apesar de nossas inúmeras deficiências, é Deus quem nos conduz! As dores ensinam, e Ele sabe o que é melhor para nós, mesmo quando não O compreendemos.

Algumas vezes exercemos o poder, outras somos subjugados por ele... E de maneira dolorosa ou não, dependendo de nossas atitudes, durante o exercício do poder, iremos aprender valiosas lições de respeito e compreensão pelos menos desvalidos. Que em qualquer situação, respeitemos sempre os ditames de nossa consciência, para que na vitória ou na derrota, encontremos sempre a Paz no Coração, que vem, como consequência, da preocupação constante em agir no Bem, frente a qualquer conflito de consciência que possamos viver. Que saibamos sempre, ouvir o nosso coração e embasar nossas ações num padrão elevado de amor e respeito pelo próximo, garantindo assim a nossa evolução espiritual e a tranquilidade de nossa consciência, e isto, não tem preço!

Fiquem em Paz!

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