sexta-feira, 9 de novembro de 2007

OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte I


Obatalá – O filho de Olorum. O pai da humanidade, da nossa, é claro. Um Orixalá, isto é, aquele que está acima dos Orixás, é um grande deus. Posteriormente, ou seja, aqui no Brasil, recebeu a designação de Oxalá, termos que é uma contração do outro. Já pela influência do clero, foi “identificado” com o Senhor do Bonfim, da bahia, o mesmo que Jesus. Isso foi o começo do chamado sincretismo ou similitude.

Xangô – Deus do Trovão, do Raio, ou seja, do fogo celeste. Dentro do sincretismo passou a ser assimilado a São Jerônimo da Igreja.

Ogum – Deus do Ferro, da Guerra, das Demandas. Dentro do sincretismo passou a ser assimilado, ora a Santo Antonio, na Bahia, ora a São Jorge, em outros estados.

Oxossi – Deus da Caça, dos Vegetais. Dentro do sincretismo, passou a ser assimilado a São Sebastião da Igreja.

Yemanjá – Deusa das Águas, na África é a deusa do rio Oxun. Dentro do sincretismo passou a ser assimilada à Virgem Maria, da Igreja. Segundo uma lenda corrente entre os Nagôs dos seios de Yemanjá, a dona das águas, nasceram dois rios extensos, enormes, que se uniram, formando uma monstruosa lagoa. Do ventre dessa lagoa, nasceram todos os Orixás, isto é, menos Obatalá, Ifá e Ibejê, que têm outras lendas, outros conceitos.

Oxun – Deusa do rio Oxun. Dentro do sincretismo, passou a ser assimilada à Nossa Senhora da Conceição, da Igreja.

Ifá – O Mensageiro dos “deuses”. O Oráculo dos Orixás. O advinhador.

Dadá – Deusa dos Vegetais

Olokun – Deus do Mar

Okô – Deus da Agricultura

Olochá – Deusa dos Lagos

Obá – Deusa do rio Obá

Agê-Chalagá – Deus da saúde

Oiá – Deusa do rio Níger

Chapanã – Deus da varíola, da peste.

Okê – Deus das Montanhas

Agê-Chalugá, com outro atributo, Ajá ou Aroni, Oxanby ou Oxanin – os deuses da medicina, os que podiam curar.

Percebemos os aspectos dessa raiz e mesmo o porques de somente cinco desses Orixás ou desses termos representativos de Forças ou Potências, milenários, tradicionais, remotíssimos, terem sido conservados no conceito interno, oculto, ou melhor, de adaptação oculta do astral, por dentro da Lei de Umbanda, quando chegarmos à questão das verdadeiras Linhas ou das Sete vibrações Originais dessa Lei.

No culto africano puro, em seus ritos, só evocavam Orixás, ou seja, os espíritos enviados deles, que estavam convencidos de nunca terem encarnado, porque aos espíritos ditos como Eguns, eles repeliam, ou melhor, não eram aceitos de forma alguma. Como Eguns consideravam ou qualificavam a todos os espíritos de seus antepassados, as almas dos mortos, enfim, a todos que já tinham sofrido o processo da encarnação.

Portanto, os espíritos de caboclos, preto-velhos e crianças seriam repelidos, porque eram eguns. Todos esses são espíritos velhos, porque já encarnaram dezenas, centenas de vezes.

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