sexta-feira, 9 de novembro de 2007

OS ORIXÁS OU “DEUSES” VENERADOS NA CONCEPÇÃO DOS NAGÔS - Parte III

Irmão umbandistas, brasileiros ou não, saibam que nossos índios, especialmente os Tupy-Nambá e os Tupy-Guarany, lá pelo ano de 1500, não eram tribos ou um povo primitivo que estivesse na infância de sua evolução. Quem supôs isso, foram os brancos conquistadores.

Não tiveram capacidade para verificar que, em vez de ser um povo primitivo, era sim, um povo ou uma raça tão antiga, que se perdia por dentro dos milhões de anos a sua origem. Também eles, os portugueses que aportaram com Cabral, e mesmo posteriormente, nas terras dos brasis, não vieram para estudar a antiguidade, a cultura, a civilização de nossos aborígenes.

Os Tupy-Nambá e os Tupy-Guarany, como ficou constatado muito depois, por inúmeras autoridades e estudiosos pesquisadores, era um povo que estava em franca decadência, isto é, no último ciclo de sua involução ou decadência.

É fato histórico que toda raça surge, faz sub-raças, evolui sob todos os aspectos e, depois, entra em decadência, para dar lugar à outra nova raça. Esta decadência diz respeito ao fenômeno das “migrações espirituais”, ou seja, os espíritos vão deixando gradativamente de encarnar numa raça, ou melhor, na última sub-raça, para irem animar novas condições, em novos movimentos de novas correntes reencarnatórias, para se constituírem em nova Raça. Assim, o que os espíritos abandonam, obedecendo as diretrizes de uma lei Superior, Cármica, são os caracteres físicos de uma raça e sua espécie vai diminuindo, por falta do dinamismo das reencarnações, até se extinguir, ou na melhor das hipóteses, conserva os remanescentes atrasados, porque os mais adiantados não voltam mais.

A Humanidade, obedecendo à Lei dos Ciclos e do Ritmo, evolui constantemente, porém através de várias Raças. Algumas dessas Raças já nos precederam e passaram por duas fases: a ascendente ou de progresso e a descendente ou de decadência.

Foi dentro desse critério, desse conceito, dessa verdade, que a antiga tradição de todos os povos atesta a passagem pela face da Terra de Raças assim qualificadas:
1ª. Raça pré-Adâmica
2ª. Raça Adâmica
3ª. Raça Lemuriana
4ª. Raça Raça Atlanteana
5ª. Raça Ariana, que é a nossa, a atual, no início de sua Quinta Ronda Cármica.

Sete são as Raças-raiz e sete são as Rondas Cármicas. Sete são os Ciclos Evolutivos, pelos quais, terá de passar toda a Humanidade. Portanto, já passou por 4 dessas condições e está na 5ª, falta ainda passar por mais duas Raças, 2 Rondas e 2 Ciclos, que virão no futuro, daqui a milhões e milhões de anos.

Foram diversos os fatores ou as causas que contribuíram para a decadência e conseqüente desaparecimento dessas raças pré-históricas, com suas civilizações: causas psíquicas ou morais, físicas, cósmicas (cataclismos), biológicas, mesológicas, etc.

As suas civilizações, todos os documentos, todos os códigos, todos os ensinamentos da antiga tradição o atestam, foram adiantadíssimas, sob todos os aspectos.

Foi, portanto, um povo, os tupy-nambá, os tupy-guarany, já na última fase de acentuada decadência da raça, ou seja, dentro das condições acima citadas, porém ainda com os vestígios positivos de uma avançada civilização, que os portugueses encontraram no Brasil do ano de 1500.

O povo dos tupy-nambá, dos tupy-guarany, da era pré-cabraliana, era tão adiantado, tão civilizado, quanto os outros povos que habitaram a América do Sul, na época deles, assim como os Maias, os Quíchuas, etc.

Suas concepções, sua mística, enfim, sua Teogonia, era de grande pureza e elevação, somente alcançada pelos que já vinham dentro de uma velhíssima maturação espiritual.

E a prova insofismável disso era a sua língua, o nhengatu, o idioma sagrado, a língua boa, incontestavelmente um idioma polissilábico.

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