terça-feira, 10 de julho de 2007

CARACTERÍSTICAS DA OBSESSÃO


A obsessão apresenta características que pode situá-la no grau de gravidade que lhe é própria. Há três graus de gravidade: Obsessão Simples, Fascinação e Subjugação.

a) Obsessão Simples

É um tipo de influência que, de forma sutil, constrange a pessoa a praticar atos ou ter pensamentos diferentes do que geralmente possui. O obsedado, às vezes, nem percebe o que lhe está ocorrendo. Em outras, têm consciência da influência daninha, mas não consegue se livrar dela. Este tipo de obsessão é muito comum e pode agravar-se, dependendo da natureza do Espírito atrasado envolvido e das disposições morais do paciente.

É um hábito – vou estranhar se não costumo agir assim, mas não vou notar, se é meu comportamento normal.

b) Fascinação

Allan Kardec disse, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", que a fascinação é o pior tipo de obsessão. Trata-se de uma ilusão provocada por um Espírito hipócrita que domina a mente do paciente, distorcendo seu senso de realidade. O Espírito obsessor planeja muito bem seu intento destrutivo e busca envolver o indivíduo em artimanhas mentais bem preparadas.

Mais vale poucas qualidades na humildade, do que muitas qualidades no orgulho (muitos se perderam assim...). Devemos combater nossos defeitos, o pior é o orgulho.

As portas de entrada para a fascinação, como sempre, são as falhas morais. É no orgulho de sua vítima que o Espírito hipócrita encontra o alimento para fascinar-lhe a personalidade.
Para conseguir seu domínio, a entidade maldosa exalta a vaidade do obsedado, fazendo-o sentir-se infalível e autoconfiante. A ilusão é tamanha que o fascinado adquire uma grandiosa cegueira, o que não lhe permite perceber o ridículo de certas ações que pratica.

c) Subjugação

A subjugação pode ser moral ou corpórea. No caso moral, o Espírito obsessor adquire forte domínio sobre o psiquismo do indivíduo, levando-o a tomar decisões contrárias ao seu desejo. Na fascinação há uma ilusão. Na subjugação, o paciente tem consciência do que lhe acontece.
Na subjugação corpórea, além de exercer o domínio psíquico, o obsessor atinge a parte fluídica perispiritual do doente. Domina seu corpo físico e, às vezes, numa crise semelhante à epilepsia, atira-o ao chão. Como o obsedado fica quase sempre sem as energias necessárias para dominar ou repelir o mau Espírito, carece da intervenção de uma terceira pessoa com ascendência moral sobre ele, para auxiliá-lo a sair da difícil situação.

Segundo Allan Kardec, o Espírito infeliz estará atuando sobre o encarnado em dois níveis:

1- Mente a mente: constrição mental

O obsessor instala a sua onda mental na mente da pessoa visada. Forma-se uma ponte magnética, através da qual, o perseguidor vai enviando os seus pensamentos e suas idéias, promo­vendo uma verdadeira hipnose:
"Você é infeliz..."
"Sua vida não presta..."
"Mate-se..."
A princípio o indivíduo pode reagir fugindo da faixa de atuação do obsessor. No entanto, se ele se entrega àquelas idéias ou se com­praz com este conúbio mental, o processo pode agravar-se, chegando ao grau máximo de obsessão, que é a subjugação moral, onde o obsediado perde completamente o seu livre-arbítrio.

2- Perispírito a perispírito: envolvimento fluídico

Ao envolver o indivíduo, o persegui­dor identifica os seus fluidos com os dele, há uma aproximação das au­ras, os perispíritos se assimilam. Este convívio perispiritual vai permitir ao Espírito sugar energias vitais do encarnado, o que vai contribuir para o emagrecimento, o cansaço e as infecções que acompa­nham com freqüência as vítimas da obsessão. O envolvimento fluídico vai permitir também que o Espírito transmita para o encarnado fluidos deletérios fabricados por ele.

A obsessão é responsabilidade também do obsediado. Temos que estar sempre alerta. Orai e Vigiai.

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