terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

REFORMA ÍNTIMA – UM CAMINHO PARA A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

Para que nos tornemos realmente perfeitos, é sumamente importante nos reconhecermos como seres imperfeitos, pois as imperfeições são os alicerces das nossas virtudes. O mais difícil é entender e aceitar que a semente de cada virtude é uma imperfeição.

Tudo é regido por um fluxo de energia perfeita, que dá sentido e vida a todas as formas. Assim, única e simplesmente, é isso que, como seres humanos, devemos buscar. Nossa meta deve ser a consciência de nossas imperfeições, que transformaremos em virtudes, pois somente assim não interromperemos o fluxo de energia que é contínuo e extremamente poderoso. Nossas imperfeições o interrompem, chegando a levar as pessoas e, consequentemente, a raça à própria destruição.

Nós temos um limite, assim como um acumulador, e, se esse fluxo de energia não for liberado, pela transformação das imperfeições em virtudes, que é a única forma de manter em equilíbrio tal energia, a sobrecarga fará com que as pessoas destruam-se e, consequentemente, passem a destruir tudo que as rodeia. A expressão por meio das imperfeições equivale a algo como o solo negar a doação dos minerais para a árvore, esta negar seus frutos e flores aos insetos e animais e, assim, sucessivamente.

As pessoas vivem sofrimentos, guerras, doenças, destruição, por não conseguirem relacionar-se a partir da expressão ou manifestação das virtudes.

Expressar-se pelas virtudes não exige força, é natural. Quem as conquista é a própria virtude, pois cada virtude conquistada é como se forjássemos o dente de uma engrenagem, que quanto mais perfeita e equilibrada, menos trancos e solavancos dará, contribuindo melhor para todo o desempenho do conjunto.

Ninguém nasce virtuoso, a virtude é fruto de vidas e vidas forjando imperfeições, a fim de que as mesmas se transformem. É um caminho árduo e demorado, mas se identificarmos as imperfeições básicas, reconhecendo-as e as trabalhando, poderemos abrir um caminho bastante direto e certeiro para conquistar as virtudes.

Quem neste universo teria condições de afirmar o que o outro é ou deixa de ser, essencialmente? Para que isso fosse possível, haveria a necessidade de saber, em primeiro lugar, quem a pessoa é realmente, o que ninguém pode saber ao certo... O homem é um ser especial no universo! Ele tem como missão conhecer a si próprio.

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