quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

REFORMA ÍNTIMA – UM CAMINHO PARA A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL - Parte III

As pessoas precisam acordar e perceber que elas mesmas criam a sua realidade. Precisamos mudar nossa maneira irresponsável de viver, de deixarmos de ser crianças espirituais, tornando-nos efetivamente adultos, em nossa essencialidade.

O orgulho – é a semente da humildade. O orgulho em detrimento da humildade desenvolve doenças que atingem a face e frequentemente são atingidas por problemas nos órgãos sensoriais, apresentando tonturas e perdas de equilíbrio. As pessoas orgulhosas são infelizes, apresentam tristezas profundas, que as tornam apáticas e, assim, fogem do mundo. Não aceitam ajuda facilmente, mesmo quando em situações precárias e dissimulam o quanto se sentem inferiores.

As pessoas acreditam que o afloramento das imperfeições acontece diante de situações graves, mas na verdade, surgem em processos bem mais simples, que aparentam ser coisinhas passageiras, às quais, comumente, as pessoas não dão real importância, o que as torna vulneráveis.

Quando uma virtude é conquistada abre-se para a pessoa a consciência do fantástico universo de criaturas que vivem sob o jugo das mais sérias imperfeições. As almas evoluídas não se regozijam com isso, ao contrário, sentem vontade de ajudar tais criaturas. Isso nos explica, porque muitos se sacrificam em prol de seus semelhantes.

O egoísmo – é a semente do altruísmo. O altruísmo é a principal virtude, quem a possuiu, de certo modo, já possui todas as outras virtudes. A pessoa egoísta desenvolve doenças nos aparelhos, respiratório e circulatório, enfraquecendo sua imunidade, tornando-a suscetível a inúmeras infecções.

Semelhantes atraem semelhantes, mas independentemente do que expressamos, as pessoas virtuosas estão sempre muito próximas. Quem se expressa por imperfeições não consegue enxergar uma pessoa virtuosa ao seu lado... É importante que os relacionamentos deixem de ser exclusivamente sensoriais, norteados unicamente pelos sentidos e pelos desejos.

O instinto sexual é a mais potente força de prazer natural das espécies, inclusive do homem. Não devemos negar o instinto sexual, pois é uma energia evolutiva, dela depende todo o aprimoramento da espécie e foi por essa energia, que nós desenvolvemos o corpo que possuímos atualmente, e é através da transmutação dessa energia que adquiriremos corpos mais sutis e evoluídos. Por ser uma energia, jamais deve ser reprimida, mas sim transformada, pois a repressão pura e simples desta energia faz com que a pessoa desenvolva sérios distúrbios de comportamento.

Reprimir a energia sexual significa limitá-la somente ao nível físico, com banhos frios ou castigos corporais. Dar vazão é tão grave quanto reprimir, o fundamental é o equilíbrio. Devemos direcionar essa energia não somente para o prazer, mas também para o equilíbrio de nossas ações e reações, buscando nosso auto-controle. Somente com o domínio dessa energia é que conseguiremos nos relacionar adequadamente com outras pessoas.

Quem não controla essa energia oscila de humor, ora explodindo, xingando, gritando ou agredindo outras pessoas, outras vezes com atitude passivas, tornando-se caladas, chorando por qualquer motivo, evitando relacionar-se com quer que seja. A energia sexual segue a lei universal dos pares contrários, ou seja, do claro e do escuro, do quente e do frio, do homem e da mulher, o importante é que os relacionamentos deixem de ser norteados apenas por aspectos sensoriais, pelos sentidos e pelos desejos.

Relacionamentos sensoriais valorizam exclusivamente o aspecto externo relacionado ao outro, tais como beleza, bens materiais, e, agir assim é negar a própria responsabilidade num casamento fracassado, pois sempre é o outro que perdeu o encanto... Manter um relacionamento sensível, nada mais é do que exercermos a capacidade sentir o outro, reconhecendo-o como ele realmente é e não como aparenta ser, evitando as teias da ilusão, que nos levam a decepção.

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