A Umbanda possui também suas entidades aquáticas. Não são espíritos elementais, como os citados, mas verdadeiros ORIXÁS. Na mitologia Nagô, por exemplo, OBÁ é a divindade do rio OBÀ; NANÃ é a mais velha das mães d'água; YANSAN é o orixá do rio NÍGER; OXUN do rio OXÚN; finalmente YEMANJÁ, a poderosa YEMANJÁ é o orixá do mar e da água doce.
Em muitos pontos do Brasil, houve o cruzamento de indígenas com africanos. Essa mistura de raças deu como resultado um interessante sincretismo religioso, que se torna mais evidente na parte relativa às entidades aquáticas. A YARA, por exemplo, foi adotada pelos umbandistas, porque a sua função espiritual é semelhante à de YEMANJÁ.
A linha da água, nas giras de Umbanda, geralmente se manifesta para purificar e energizar os filhos de santo, nem como a assistência. Sua manifestação é rápida. Não falam, e em suas danças sempre se movimentam com gestos que representam seus domínios.
A incorporação de Yemanjá, é bastante serena, e sempre movimentam os braços lentamente como se estivessem abrindo caminho entre as ondas do mar. Ao contrário de Iansã, que como uma grande ventania é agitada e sempre movimenta os braços para cima, expulsando os eguns.
A linha d'água ainda traz Oxum e Nanã. Oxum das cachoeiras e lagos, e Nanã Boruquê das águas lodosas e barrentas. A linha d'água representa o ciclo da renovação.
Essas entidades, como as águas, levam as energias negativas, e nos devolvem fôlego renovado e purificado. Por isso, quando fizer alguma oferenda no mar, lembre-se: O mar leva, mas também trás, portanto se quiser receber flores, antes de mandá-las ao mar, tire os espinhos.
Um comentário:
texto muito bom.
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