domingo, 26 de agosto de 2007

A IABÁ


Iabá ou Iyabá é o termo usado para definir os Orixás femininos tais como: Oxum, Oyá, Obá, Yewá, Iemanjá, Nanã e outras. Também é a designação de um cargo feminino, dentro de um Centro de Umbanda, sendo que, quando um médium passa a ser uma Iabá, é porque sua sensibilidade está se aflorando, é um crescimento espiritual.

A Iabá é a responsável pela preparação das oferendas ou amacis, tanto preparo das oferendas aos Orixás, quanto preparo dos amacis para os médiuns, sempre se utilizando das mesmas pedras. O amaci é uma mistura de água pura e sumo de ervas, imantado aos pés do Congá, que dentro da Umbanda, é o altar. Basicamente, o amaci é utilizado para reenergizar o chacra coronário, para que o médium suporte as incorporações e as energias manipuladas na Umbanda.

No livro “A Missão do Espiritismo”, psicografado por Hercílio Maes, pelo espírito Ramatis, apresenta um estudo profundo de comparação entre religiões e nos explica, que diferentemente dos irmãos espíritas Kardecistas, um médium de Umbanda trabalha diretamente no desmanche de fluidos pesadíssimos emanados da magia negra, em um trabalho corpo-a-corpo que exige proteções fluídicas, como no caso do uso do branco ou das tradicionais guias no pescoço. O amaci então, tem a função de reenergizar o médium diante de tamanho desgaste físico e espiritual, fortalecendo seu corpo e seu perispírito, bem como fazendo uma conexão com os guias que compõem sua corrente espiritual, em especial seu guia chefe.

Ao preparar o amaci, a Iabá deve estar sempre buscando a sintonia com o Orixá correspondente através de seu ponto, vibrando sempre com amor e fé. Há de se saber, que a Iabá está colocando também a sua vibração no que está fazendo, portanto também possui responsabilidade no que acontece ao médium envolvido.

Outra responsabilidade da Iabá é com relação ao bom andamento dentro da corrente, cuidando do médium desatento ou distraído. Ela ensina como o médium deve se comportar na corrente e deve sempre prestar atenção em tudo que está acontecendo. Ela ajuda na busca das entidades dos médiuns, sentindo a necessidade de cada um. Se tiver duvidas, deve esclarecê-las com o Dirigente do Centro, um dos Babás ou com as Entidades de Luz. Em reuniões de Iabás com os Babás o que for falado sobre os médiuns e seus problemas, será sempre na intenção de como ajudar o mesmo. Porque temos na corrente, médiuns em vários níveis de desenvolvimento com suas entidades. O que for dito nas reuniões não deve ser levado para fora, pois o respeito por todos deve imperar, num Centro que trabalha em nome de Jesus.

A Iabá tem a responsabilidade de ensinar várias coisas ao médium iniciante, tais como os cuidados que o médium deve ter com a própria roupa que se utiliza nos trabalhos no Centro. Ensina também a bater cabeça no Congá – que é um ato submissão, onde nos abaixamos diante de Jesus e todos os Orixás, pedindo sua proteção. O médium se abaixa e toca suavemente a testa no chão, ou no Congá, demostrando respeito pela terra que toca, e humildade ao se abaixar diante de Deus.

Outro ensinamento passado pela Iabá é o ato de salvar a trunqueira – um local físico que delimita o campo energético das linhas de direita e de esquerda, onde se fazem alguns tipos de descarregos. A esquerda dentro de um Centro, é quem segura a trunqueira, pois nela é feito o firmamento de um exu como chefe da esquerda e sob o comando dele trabalha todas as outras entidades da esquerda do terreiro, não podendo jamais fazer algo que contrarie a Lei.

O exu firmado como chefe, além de obedecer às Entidades de Luz, respondem também ao dirigente do Centro. Ele trabalha sob o comando de Ogum, que é a Lei, respondendo por todos os seus atos. A Umbanda trabalha sob a Lei que o Pai deixou escrita na Bíblia, ou seja, com humildade, fé, caridade, esperança, perdão, respeito, enfim, todas as virtudes. A Iabá também é responsável por cuidar da Trunqueira.

Uma Iabá sempre terá palavras de conforto e carinho para com os médiuns, e deve tratar todos de uma maneira igual e com respeito. Tanto os Babás, ou Dirigentes, como as Iabás sempre devem estar prontos para ajudar um irmão de fé, sem julgar quem merece ou não, tanto dentro ou fora do Centro.

4 comentários:

Anônimo disse...

muito bem, tem ser assim mesmo um centro , gostei do texto que serve de base para muitas religiões que não se importam nem um pouco com o ser humanho, tratando o como se fosse um animal, religião que se diz ser a verdadeira diz que umbanda é do mal,julgando -a , se pelo menos essa religião da universal tivesse esse amor e paz que tem a umbanda as pesosas seriam mais felizes.

Anônimo disse...

Respeito a opinião anterior, porém gostaria de ressaltar que os animais também merecem carinho e respeito tanto quanto qualquer ser humano.

Anônimo disse...

A umbanda não imola animais...
Há o que se chama de umbanda omolokô, próxima do candomblé, que ainda sacrifica animais, mas de maneira geral, não há mais o axé de origem animal na umbanda.

Fernando Fonseca Costa - Frater Drakon do Templo Ísis-Vênus disse...

Embora o elemento akáshico seja encontrado de forma mais abundante no sêmen e no sangue, de forma a facilitar a comunicação com as entidades evocadas, sou radicalmente contra o sacrifício de animais. A dor e o terror que o animal sente quando é submetido a este tipo de prática não justifica, a meu ver, a perpetração da mesma. Quem insiste em tais crimes tem o seu karma cada vez mais negativo. Fernando Fonseca Costa - Frater Drakon, do Templo Ísis-Vênus