segunda-feira, 29 de outubro de 2007

ETERNA DOUTRINA DA LEI DE UMBANDA - Parte II

A fim de incrementar a evolução de todos os Seres ou Espíritos carnados ou desencarnados que estão situados na faixa vibratória e Cármica da Corrente Astral de Umbanda, é que existem os Caboclos, os Preto-velhos, olhando, fiscalizando e ajudando de todas as maneiras positivas nos ambientes astrais dos terreiros ou tendas, que os chamam incessantemente, em tremenda barulhada, pensando que eles podem incorporar nos “cascões” da ignorância dos homens ditos e tidos como médiuns.

Naturalmente que é imenso o esforço das entidades dentro desses ambientes, para incorporarem num aparelho de fato, a fim de poderem aplicar diretamente a Doutrina do Cristo Planetário dito como Jesus ou Oxalá.

Esses ambientes ruidosos, porém, têm seu lado bom, pois cumprem a sua parte na lei natural das coisas. Nem tudo está preto no meio umbandista.

Existem muitas e muitas Casas de Umbanda onde a Caridade é norma, é o pão de cada noite. Há centenas e centenas de umbandistas conscientes que não se apavoram, nem se deixam envolver pela ostentação, pela vaidade de seus irmãos ainda escravizados ao aspecto exterior, vulgar, material das coisas que os olhos físicos gostam de ver.

Nós, umbandistas conscientes, não estamos arraigados aos exteriores que servem de escala e de contato para os planos superiores. Quem se aferra a eles, são as criaturas dentro do sagrado direito de praticarem de acordo com seus estados de consciência ou de percepção.

Concebemos a Lei de Umbanda como a parte atuante na Terra, das Hierarquias Constituídas. Interpretamos a Lei de Umbanda como o Movimento dessas Hierarquias Constituídas que originam mensageiros ou trabalhadores espirituais que são os espíritos chamados de caboclos e preto-velhos, Orixás intermediários, Guias e Protetores e que, portanto, representam a Lei de Umbanda.

O caminho que nos apontam é o do Amor, no duplo aspecto da Renúncia e da Caridade, não por nossa palavra apenas, pois nos consideramos muito aquém deste Amor-Renúncia. Traduzimos a palavra como simples e despretensioso veículo, destes caboclos e preto-velhos que muitos desprezam, pensando serem eles calapalos ou xavantes ou pobres negros africanos egressos de carnações recentes, pois que só pensam ou têm em mente a visão de mestres orientais, sem quererem dar crédito quando afirmamos que esses mestres são os mesmos que se envolvem em outras roupagens. Eles não fazem escolhas pessoais, quando se trata de fazer a caridade ou incrementar a evolução das coletividades humanas.

Sabiamente se adaptam à mística, pelo relevo moral e espiritual, étnico, místico, social e religioso de cada povo ou raça. O objetivo é atingir o estado de renúncia, porque é a forma de dinamizar a própria matéria orgânica, pelas vibrações do espírito, nos aproximando do Cristo, realizando o cristo em nós.

A meta das Entidades militantes da Lei de Umbanda não é apenas atuar em médiuns de incorporação, na maioria se prestam tão só para servir, que quase sempre, forçados pelas circunstâncias, que os obrigaram a procurar o espiritual. Eles procuram médiuns com faculdades mais elevadas, a fim de fazê-los missionários de luz.

Afirmamos então, que o objetivo real dessas entidades é preparar mediadores entre esses médiuns, influentes ou com tendências afins, às luzes da verdade na própria consciência, para que possam ser, assim, os mediadores reais de suas mensagens ou ensinamentos, veículos adequados aos contatos superiores dos orixás intermediários nas mensagens aceleradoras da evolução humana.

Ao falarmos nestes caboclos e preto-velhos, queremos definir o mérito destes espíritos, Oh! Irmãos, que não querem ver! Cegos, guias de cegos, que não vêem a luz do Sol estender suas vibrações pelos cumes das montanhas, para beijar o mais ínfimo dos seres. O Sol espiritual é para todos, oh! Irmãos criados nos cascões da ignorância ou da incompreensão religiosa!

Por que desprezar o que não conhecem internamente? A sublimidade da obra está, justamente, na não seleção dos agrupamentos, quando se espalham as sementes! Quanto mais o campo for agreste, maior o mérito, pelo espírito de sacrifício e tolerância. É assim que nossas Entidades trabalham, ao se revestirem das formas apropriadas, tal e qual como as ferramentas que se usam no preparo da terra de um campo agreste.

Seria inútil devassar a mata virgem, sob condições bravias, na roupagem dos ricos e potentados, de finos calçados e elegantes tecidos. Logo perceberiam a reação dos espinhos ou cardos da incompreensão. Não seriam olhados na confiança pelo desajuste no alcance e assimilação, apenas com temor e desconfiança.

Irmãos! Assemelhem à imagem! Estados de consciência são questões de foro íntimo! Somente a psicologia desses caboclos e preto-velhos, que é a divina Magia da compreensão e adaptação, pode vencer nos centros, quando impulsionam as criaturas pelos degraus de ascensão!

Oh irmãos! Que sentimos nós quando atingimos aquele degrau e olhamos os que ficaram nos outros! Sentimos dor e piedade. Dor, por vermos o quanto lutamos e ainda temos que lutar dentro das ações e reações da matéria às reencarnações! Piedade, por identificarmos neles, a ilusão, mãe da amargura, a mesma que, no passado, nos levou através das lições a duras experiências.

Elevemo-nos ao Cristo, realizando dentro de nós mesmos a consciência crística, nos conduzia à Consciência Una, a Deus-Uno!

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