terça-feira, 30 de outubro de 2007

ETERNA DOUTRINA DA LEI DE UMBANDA - Parte III


Umbanda é Movimento Espiritual sério e não somente os sincretismos ou similitudes das práticas que as criaturas transformam na bizarria dos fetiches coloridos, que são os adornos que a vaidade embala, como se fossem da Umbanda!

Oh! Irmãos! Quem transforma os ambientes no desregramento das tendências que são os espíritos que conhecemos como caboclos e preto-velhos! São os humanos, seres que imaginam recebê-los para isso ou aquilo!

Esse Movimento é tão sério, que podemos até dizê-lo como revelado, sabendo-se que revelar é fazer surgir, não do nada, descobrir, tirar o véu, mas não como revelações numeradas, pois revelações à semelhança têm surgido desde remotas épocas sob aspectos apropriados aos tempos ou aos povos e se podem anotá-las às centenas.

Fala-se que a primeira revelação veio por Moisés, nos 10 mandamentos. Bem, Moisés descobriu para os que não sabiam, aquilo que já existia nos primitivos livros sagrados dos quais ele extraiu e adaptou à época.

Fala-se de uma segunda que foi o Cristo Jesus quem revelou. Este veio confirmar aquilo que já existia, desde Rama, através do Brahmanismo, Budismo, etc.

Fala-se de uma terceira, atribuída ao espiritismo particularizado como de Kardec. Mas o que foi que Kardec revelou? Aquilo que também já existia sob todos os aspectos, entre todos os povos e que ele codificou para a massa.

Atribuir, porém, a doutrina da reencarnação, de causas e efeitos, o carma dos hindus, da pluralidade dos mundos, enfim, tudo o que está especificado nos 34 itens do seu Livro dos espíritos, que são Verdades tão eternas, quanto conhecidas desde os primórdios das civilizações, tão somente porque essas antigas ou eternas verdades parecem se relacionar com manifestações espiríticas nas palavras atribuídas a Jesus, no Evangelho de João 16, 7 e 13: “Todavia, digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós, mas se eu for, enviar-vo-lo-ei. Mas quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir”, dá-nos o que pensar.

Não queremos polemizar, nem desfazer do maravilhoso movimento feito por Kardec, que seus seguidores em grande parte transformaram em princípios dogmáticos, aferrando-se aos aspectos já superados, pela precipitação da mente-inteligência insatisfeita, daqueles que já se afastam por não sentirem mais a guarida espiritual ou alimento que lhes matem a fome de saber, pois esta não se pode limitar a princípios que não evoluem.

O Umbandismo é Movimento que repele todo e qualquer aspecto de intransigência ou preconceitos de qualquer espécie, que venham ferir os estados de consciência dos humanos, e não se aferra a princípios que não se pautem no paralelismo da evolução, da concepção inteligência e consciência.

Não se oculta numa espécie de lenda de Adão e Eva encobrindo ou desconhecendo o aspecto real da maçã, para aqueles cujo alcance não mais aceitam regras que não lhes demonstrem o nexo ou a lógica de suas razões de ser.

Este Movimento da Corrente Astral de Umbanda, através dos espíritos chamados de caboclos e preto-velhos, razão de ser da Umbanda externa, não funde na alma de seus filhos de fé, o relevo patético do religioso ignorante, tampouco desdenha do místico, que se eleva pelo espírito da verdade e que não se acovarda diante dos Arcanos no além, bem como não os induzem apenas pelo lado científico, pois que a ciência não explica tudo. Esbarra constantemente naquilo que não sabe ver. Não se mede, pesa e conta a evolução luz e saber, que é consciência, nos tubos de ensaios dos laboratórios pelas combinações químicas ou físicas de seus estados.

A maravilhosa magia que a Umbanda revela está na sublime tolerância de jamais suas Entidades indagarem qual a religião ou crença daqueles que as procuram, para esse ou aquele fim. Apenas indagam uma coisa: é se sofrem, traduzindo assim, exatamente, o pleno sentido da Fraternidade.

Para isso usam de todos os meios para fazê-los compreender a Verdade-Uma, que ela representa na Terra, em face do sofrimento. Seus enviados, os caboclos e preto-velhos, não afirmam que o Deus Uno, que para uns é Zambi e para outros Tupã, somente pode ser alcançado dentro da Umbanda, desta ou daquela forma, dentro deste ou daquele ritual.

Aceitam os fatos, pelo evolutivo das coletividades e trabalham incessantemente para que estas coletividades se esclareçam, despojando-se das práticas ou dos ritos que limitam oi alcance, espessando os véus da ignorância, prejudicando o despertar de melhores concepções nas Eternas Verdades.

Porém, não desampara estes que assim praticam, enviando, dentro dos planos afins, assistência correspondente a cada um destes planos ou graus. E nem poderia de deixar de ser assim, dentro da lei de afinidades. E para isso existem as Hierarquias. Todos têm direito à luz do Sol.

Nenhum comentário: