terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A UMBANDA DO III MILÊNIO - Parte I


As Imagens

No início da espécie humana, os primeiros homens colocavam pedras enormes numa posição vertical, transformando-as em deuses.

Com o surgimento de ferramentas (pedras, ossos afiados) começaram a dar forma às imagens. As formas iniciais eram de animais, posteriormente as imagens tomaram a forma do próprio homem. E o homem passou a deslocar sua força interior para essas imagens.

Até hoje, o homem busca sua força perdida e, cheio de esperanças, negocia com as imagens, seu futuro, acreditando mesmo poder regatear com elas, através de orações, velas, flores, etc.

A Umbanda do III milênio não precisa de nenhum tipo de imagem, pois sabe que a força está no próprio homem.

As imagens criadas pelo homem representam um comodismo mental e geram a ilusão de que as energias cósmicas podem ser prisioneiras de qualquer imagem.

As Velas

A Umbanda do II milênio usa vela de cor branca para representar a pureza e por ser a cor que resulta da soma de todas as outras cores. Assim, sintetiza a soma das cores de vibração das linhas.

A vela funciona como um código mental. Os estímulos visuais captados pela luz da chama da vela acendem, na verdade, a fogueira interior de cada um, despertando lembranças profundas.

Sabemos que a vida gera calor e que a morte traz o frio. Sendo a chama da vela cheia de calor, ela tem um amplo sentido de vida, despertando nas pessoas a esperança, a fé e o amor.

Na Umbanda do III milênio o Homem deverá estar plenamente consciente de que sua força mental é a sua grande aliada e nunca sua inimiga. Deverá libertar-se gradativamente dos valores exteriores criados por sua mente e valorizar-se mais. Seu grande desafio é superar a si mesmo. E cada vez mais, ao invés de acender vela, deverá acender sua chama interior e tornar-se um iluminado e, com o brilho dessa chama sagrada, mostrar o caminho aos seus irmãos.

Para uma grande caminhada, o primeiro passo é o mais importante, pois vem logo depois da intenção. Assim, na caminhada espiritual, a incorporação é o primeiro passo e a intuição é o derradeiro.

Os Pontos Cantados e/ou Riscados

A Umbanda é magia, e essa magia está presente nos pontos riscados ou cantados. Assim, grande parte das letras das músicas nos Centros funcionam na mente dos médiuns como uma forma de despertar suas forças mentais. No desenvolvimento mediúnico, os cânticos exercem um papel fundamental. Eles atuam como elementos fixadores das energias dos Guias na mente dos médiuns.

No Centro, durante toda a sessão, os cânticos devem ser mantidos como uma forma de evitar a dispersão mental. Como o trabalho de Umbanda é dinâmico, a captação de energias positivas ou negativas irá ocorrer durante todo o tempo, sendo necessário cantar para equilibrar as energias.

Os pontos riscados são também recurso de captação de energia cósmica e/ou representam a “assinatura” do mentor que a utiliza na prática da caridade.

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