terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A UMBANDA DO III MILÊNIO - Parte II

A Defumação

As defumações são imprescindíveis nos trabalhos de magia realizados nos Centros de Umbanda.

As ervas utilizadas no processo de defumação foram selecionadas através de milênios, não só pelo aroma, mas pelos efeitos causados na mente humana, de acordo com seus fins.

Os elementos químicos absorvidos pelo organismo, através da fumaça, durante a defumação, aumentam a freqüência vibratória das nossas ondas mentais. São essas ondas mentais projetadas pelas mentes das pessoas que na verdade “defumam” os ambientes, devido ao seu conteúdo energético de carga positiva, expulsam as ondas mentais negativas.

Os Ebós

Ao fazer uma oferenda, o umbandista está repetindo um gesto que seus ancestrais faziam antes de cada caçada, num momento de concentração e fé, para garantir a sobrevivência da tribo. Se a caçada fosse bem sucedida, a oferenda havia sido aceita, no caso de fracasso, ela fora rejeitada e tudo começava novamente numa nova caçada.

Se muitas vezes foi nos solicitado sacrifícios de animais ou oferendas, foi com o intuito de nos despertar ou nos colocar em sintonia com a energia de nossos Orixás. Porém, no II milênio estaremos usando nossa força mental, independentemente de quaisquer artifícios. Na verdade, não precisamos do sacrifício de animais, pois a energia de que o médium precisa, está em sua mente e não em simples seres vivos. Precisamos lembrar que no espaço cósmico não possuímos um corpo físico e, por isso, nossos Guias não têm olhos para ver, ouvidos para escutar, nariz para cheirar e boca para comer. São eles vibrações, e assim sendo, captam vibrações, e as vibrações essenciais são as da mente das pessoas.
A Incorporação

Médium é aquele que pode mediar entre duas dimensões. A incorporação é a projeção da mente no espaço cósmico para captação das vibrações das entidades Guias. Ela deve ser discreta e calma, o que demonstra o auto-controle do médium.

Não podemos fazer da Umbanda um espetáculo de circo. Os Centros são casas de Caridade. Muitos tratamentos são efetuados nos planos físico, mental e espiritual, daí a necessidade de muita seriedade.

Muitas vezes podemos praticar a caridade sem estar no Centro, sem incorporar, ou sem usar roupas especiais, usando antes a intuição. Durante o processo intuitivo estamos ligados diretamente às informações contidas no espaço cósmico.

Na Umbanda do III milênio a intuição será a forma mais sutil da mediunidade a ser utilizada, pois ela independe de qualquer ritual e pode ser utilizada em qualquer circunstância. No processo intuitivo a pessoa pode ser auxiliada por seus mentores num nível tão elevado que só percebe a presença de seus mentores através da profundidade das mensagens.

As Ervas

Na Umbanda as ervas, além de usadas sob a forma de chás, são utilizadas como banho de descarrego e como amaci.

O processo de assimilação pelo organismo humano, dos componentes químicos das ervas, é semelhante no chá como no banho de descarrego. Na verdade, o maior orifício de nosso corpo não é a boca, mas o próprio corpo através de seus milhões de poros. Assim, as ervas, quando em água fervida, despertam suas potencialidades e, ao entrarem em contato com o corpo de uma pessoa, seus elementos químicos são absorvidos pelos poros e assimilados muito rapidamente pelo organismo.

As Guias

Geralmente são colares preparados pelas entidades espirituais num processo de magnetização, usando a energia do médium quando está incorporado. Assim, quando está sendo preparada, uma guia receberá a energia cósmica da entidade e a energia psíquica do médium. Quando um colar recebe essas energias, a energia contida em seus elementos (contas, sementes, etc.) é liberada, completando dessa forma sua capacidade de proteção ao médium.

O Camarim

Com os ebós, no III milênio não teremos. Este ritual não precisará acontecer em espaço especial, nem combinado com entrega de comida ao Santo. O Camarim é a busca de purificação que se faz no dia a dia, através da nossa reforma íntima.

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