sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Refletindo Sobre Melindres


Melindrar é estar suscetível ou sensível a coisas sem muita importância, ofendendo-se e magoando-se facilmente, por motivos insignificantes. O problema está justamente na parte em que se refere a coisas sem importância ou motivos insignificantes, isto é, qual o ponto de referência para podermos estabelecer um limite claro sobre o que é ou não importante? E é exatamente sobre esse ponto específico, que abordo para reflexão.

Primeiramente vamos alinhar a definição de ofensa, para logo em seguida definirmos a mágoa.

Ofensa é a lesão de fato, ou seja, corporal, ou lesão por palavras, ou seja, a injúria, o ultraje, o desrespeito por uma regra ou norma estabelecida e conhecida por todos dentro da mesma comunidade.

Quando apanhamos ou somos assaltados, ou quando alguém que amamos é espancado, assaltado ou assassinado somos, de fato, ofendidos. Sentimos, nesses casos, muita raiva, o que é natural, pois pelo próprio instinto de sobrevivência, ficamos em alerta, quando o perigo nos ronda. Da mesma forma nos ofendemos de maneira justificável, quando uma pessoa que nos conhece, nos julga injustamente.

Mágoa é desgosto, pesar, tristeza. São sentimentos que geramos, quando enfrentamos infortúnios ou desgraças, nem sempre provocadas por outra pessoa, mas sim, situações naturais da vida, a que todos nós, mais cedo ou mais tarde, estamos sujeitos.

Bem, excetuando-se as situações citadas acima, qualquer ofensa ou mágoa será um melindre. E o que está por trás do melindre? O orgulho e o egoísmo. Sim, encontraremos esses sentimentos dentro de nós, todas as vezes que nos magoarmos ou nos ofendermos facilmente.

Pensem comigo, quantas vezes nos ofendemos com alguém, que não nos cumprimentou? Foi melindre, pois a pessoa pode não nos ter visto, estar envolta com problemas imensos e imersa em sua própria dor, alheando-se de tudo o mais. É claro que pode ter fingido não nos ver, mas quem poderá ter certeza absoluta desse fato? Além disso, por quais motivos nos ignoraria? Pode ter sido por estar envergonhada por alguma situação e prefere evitar qualquer contato para não ter que enfrentar perguntas indiscretas, por exemplo, estar chorando e não desejar falar do assunto. Enfim, há uma série de possibilidades, que não pensamos num primeiro momento, pois o nosso orgulho fala mais alto do que o raciocínio, e egoisticamente, imaginamos sermos o foco do desprezo, sem ao menos nos dar ao trabalho de compreender e respeitar a pessoa em questão. Porém, vamos supor, que realmente a pessoa nos ignorou, de propósito, porque está contaminada por fofocas e injúrias ao nosso respeito. Então eu pergunto no que a mágoa nos ajudaria a resolver essa situação constrangedora? Em absolutamente nada, a não ser o fato de nos entristecermos e possibilitarmos o desenvolvimento de doenças em nossa alma e em nosso corpo. Mais produtivo seria conversarmos com a pessoa a respeito, e caso não seja possível o esclarecimento necessário, precisamos acreditar que a verdade sempre prevalecerá, e logo ela brilhará como a luz no meio das trevas, e não esquecermos, de que nunca somos vítimas, mas sim, devedores, com muitas falhas a resgatar.

O melindre ocorre quando nos sentimos ofendidos em nossos direitos, e também, porque acreditamos que nossos direitos sejam superiores aos dos outros, ou seja, por orgulho e egoísmo. Ao nos sentirmos melindrados, revelamos um imenso personalismo, e quanto mais importância nos damos a nós mesmos e aos nossos próprios sentimentos, mais egoístas demonstramos ser, pois não estamos preocupados com os sentimentos dos outros.

É preciso sempre se autoanalisar, com franqueza, para se perceber melindroso em diversas situações corriqueiras na vida, se queremos de fato evoluir. São várias as possibilidades, ora porque o outro não me ligou, ora porque o outro falou mais alto comigo, ora porque fui preterido para uma função que me considerava o melhor, ora porque o outro não consertou a pia, ora porque não me deu bom dia, ora porque não se despediu, ora porque não comprou o que pedi, enfim, são infinitas as possibilidades em que nos melindramos, e na maior parte das vezes, o outro não o fez por esquecimento, displicência, preguiça, distração, preocupação, irritação, vários fatores, que também estamos sujeitos a enfrentar. Por que não procuramos compreender primeiro? Por que o foco é sempre pessoal? Porque somos orgulhosos e egoístas. Temos que eliminar esses dois sentimentos malignos em nós, pois eles fazem muito mais mal a nós mesmos, do que aos outros. Evitaremos muito sofrimento, se buscarmos combater esses dois inimigos, que estão dentro de nós, bem como aceleraremos nosso crescimento espiritual.

O melindre revela fragilidade na alma, que não suporta a menor contrariedade. Não gostamos quando as coisas acontecem à nossa revelia. Somos tão controladores! Queremos controlar tudo a nossa volta para fugirmos do sofrimento, mas esquecemos de que não temos o controle de tudo, pois quem o tem é somente o Nosso Pai Maior, e se relaxarmos e entregarmos o leme de nossa vida em Suas Mãos, nós seremos muito mais felizes e menos estressados. O melindre estressa, entristece, fere, envelhece e adoece a nossa alma, por que insistir nisso?

Dentro de uma Casa de Caridade, onde se trabalha através da mediunidade, buscando amenizar a dor alheia, espera-se que as pessoas se relacionem com muito mais amor, do que fora dela, porém, também lá, podemos notar uma série de melindres. Vou citar os mais comuns de observarmos: Por que não posso atender ao médium que mais tenho afinidade? Por que as Entidades que o outro recebe são mais respeitadas que as minhas? Por que eu não incorporo e aquela pessoa, que não é melhor do que eu, já incorporo? Por que eu incorporo e ainda não atendo assistência, como aquele, que não é tão bom quanto eu, e incorpora a menos tempo que eu? Por que ele dá palestras e eu não? Por que é o outro quem dirige aos trabalhos e não eu, que sou tão iluminado? Por que aquela pessoa está sendo preparada para ser uma nova líder dos trabalhos e não eu, que estou muito mais pronto e trabalhando por mais tempo? Quantos julgamentos, quanta arrogância, tantas dúvidas e competições entre os trabalhadores, atrapalhando o ambiente, que deveria ser de firmeza, amor e luz. Quanto trabalho nós damos à Espiritualidade, que, com sua infinita paciência e compreensão, nos auxilia? E por trás de tudo isso, encontramos os personalismos e os melindres.

Todas as vezes que nos sentirmos ofendidos, magoados ou irritados, antes de reagirmos, precisamos nos perguntar as razões de estarmos nos sentindo assim. É preciso descobrir exatamente o que nos incomodou. Perceberemos que, na maior parte das vezes, exageramos os fatos, e dilatamos em nossa mente desequilibrada, o mal que nos tenham feito. Estas atitudes são melindres, carregados de orgulho ferido, que por si só, desaparecerão, se não dermos "pano para a manga", como se diz coloquialmente. Se não for só uma questão de orgulho, devemos buscar compreender a situação, de forma global, isto é, tentar analisar todos os fatos, de maneira racional, e depois nos perguntarmos se faríamos diferente, caso estivéssemos no lugar do outro, ou seja, nós precisamos pensar em todos os envolvidos e não somente em nós mesmos, assim não estaremos sendo egoístas. Será inteligente, deixar o orgulho de lado, e buscar o esclarecimento direto com os envolvidos, em um diálogo saudável, com respeito, e abertos para ouvir as possíveis críticas que advirem dessa conversa, e só assim, nós teremos tentado de tudo para manter a paz e o equilíbrio entre todos. Se o resultado for infrutífero, busquemos o equilíbrio interior, com a tranquilidade de quem agiu com amor e justiça, engolindo nosso orgulho, acreditando na Justiça Divina, que a seu tempo virá. Assim estaremos abatendo nosso orgulho, aprendendo a sermos menos egoístas e, com certeza, facilitando nossos aprendizados no futuro. Esta não é uma tarefa fácil, porque nos habituamos em diversas reencarnações, por séculos, a nos impor aos outros, porém, todo hábito pode ser modificado, desde que nos disponibilizemos para tal, com esforço e autocrítica constantes.

Sejamos honestos conosco mesmos, para avaliarmos o quanto nos melindramos em nosso dia a dia. Para o nosso próprio bem, busquemos eliminar aos poucos, e no dia a dia, esse hábito desagradável, que só nos revela o quanto ainda nós somos orgulhosos e egoístas. Vamos tentar sermos menos melindrosos? Evitaremos sofrimentos desnecessários! Já não nos bastam os problemas com os quais nada podemos fazer para evitar?

A mágoa e a irritação só provocam desequilíbrios emocionais e doenças físicas, que não precisamos viver, a não ser, que escolhamos, de livre e espontânea vontade, esse caminho. Trazemos esse terrível hábito, de controlar tudo, de querer subjugar os outros ao nosso bel prazer, de outras vidas, nas quais nos acostumamos a ter tudo o que queríamos, sem pensar no próximo, e às vezes, nessa mesma vida, por falta de limites, que deveriam ter sido nos dado, pelos nossos próprios pais, não importa. O que importa é eliminarmos, o quanto antes, tudo que nos impeça de evoluir! E que também sejamos exemplos dignos para nossos filhos, deixando-os aprender com as frustrações naturais da infância, sem superprotegê-los. Colocando limites em sua vida, desenvolvendo o respeito pelas diferenças entre eles e seus amigos, aprendendo a dividir e a permitir que a vontade dos outros tenha tanta importância, quanto a deles mesmos, combatendo, desde pequenos, o egoísmo e o orgulho, para que eles também não se transformem em adultos melindrosos! Abaixo o melindre!

Um comentário:

jessedavis disse...

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